Real Vivência [M] - Livro 3

Quarenta e quatro

Maratona Bia triste 11/15
+5

Liz 🌪️

Tinha recebido alta do hospital mas meu pai ainda tava internado com a dona Pietra cuidando dele lá.

Tava na casa do Dante e a Analua tava toda minha amiga, muito princesinha.

— Quer o cabelo preso ou trança? — tinha dado banho nela agora tava penteando o cabelo dela.

O Dante tinha se tornado muito meu amigo, e o mínimo que eu podia fazer era cuidar da Analua que não era nem um trabalho.

Analua: Nalu quer trança txia. — ela me olhou, com a mamadeira na boca.

— Tá bom — fiz duas tranças no cabelo dela que era super lindo — prontinho minha gatinha, mostra pro seu pai — levantei do sofá, indo pra cozinha que ele tava lá.

Analua: Olha papai, txia que fez na Nalu. — ela deu uma voltinha, com o vestidinho rosa.

Ele virou, colocando à colher na panela e analisou ela de cima a baixo.

Dante: Feia pra caral... caramba — ela colocou as mãos na cintura, fazendo bico pra chorar.

— Seu pai é um feioso que tá com inveja dá suas tranças, vem cá — estendi a mão pra ela.

Fazia 15 dias que eu só vestia moletom e camisas gigantes, me sentia protegida e segura dessa forma, ainda sentia muitas dores e tava cheia de cicatrizes.

Analua: Tira mamae, Nalu tá feia. — ela pulou no meu colo, começando a chorar.

Olhei pro Dante assustada com o "mamãe" dela, peguei ela no colo.

— Você tá linda meu amor, é que seu pai é um bobo, fala Dante que você gostou — encarei ele séria.

Ele coçou a cabeça, respirando fundo e virou com as mãos na cintura igual ela fez, com um bico enorme.

Dante: Tu tá linda Dante Júnior, tô te deixando ciente, gatona pra porra tá ligada? — ele murmurou, emburrado.

Bati na boca dele de leve fazendo ela soltar um sorriso.

— Gatona pra caramba né Dante? — segurei o riso — fala pra ele que a gente vai assistir desenho.

Dante: Pra caramba mermo. — ele virou de volta, mexendo na panela.

Analua: Papai, vai assistir princesas com Nalu e mamãe, Nalu feliz. — ela bateu palmas, descendo do meu colo e segurou nas pernas dele.

Ele detestava desenho enquanto eu adorava assistir desenho com ela.

— Seu papai tá fazendo o nosso papa, vem minha gatinha — ela era uma menina apaixonante, e foi diferente ela me chamando de mamãe, foi fofo, mas e o Dante tava receiosa da reação dele.

Analua: Papai não vai? — ela me olhou triste, vindo atrás de mim.

— Ele vem sim amor não fica triste — abracei ela dando beijo na bochecha dela — senta aqui que eu buscar seu pai tá bom? — ela sorrio passando a mão no meu rosto.

Deixei ela sentadinha no sofá assistindo abraçada com uma girafa que a Ohana deu pra ela.

Apareci na cozinha e vi o Dante com a cara fechada.

— Dante eu não pedi pra ela me chamar de mãe — sei que era um negócio chato pra ele, e não queria chatear ele jamais.

Dante: Só não chatear a Dante Júnior, tá ligada? — ele falou, de costas pra mim, desligando o fogo. — E se tu não se sentir incomodada e pa, tá suave.