Ohana 🫦
As últimas três semanas foram difíceis, primeira ele desacordado e as duas ele não se lembrando de mim, maravilhoso.
Eu tava recebendo umas mensagens malditas que eu presumia ser da vagabunda loira da Carolina.
Desde do dia que ele me pediu pra ir embora, não fui mais vê-lo até pra minha saúde mental mesmo.
Meu pai me forçou ir lá pra jantar já que minha mãe tava sem vontade de fazer comida, o que não era algo tão diferente.
Peguei alguns artigos que eu precisava revisar, a área criminal me encantava num grau, que se eu um dia pegasse um caso eu ganharia sem dúvida.
Tava sentada na sala lendo meus artigos, evitando lembrar que o meu namorado tava lá em cima sem me conhecer, lágrimas ? eu já não tinha mais, só um vazio absurdo, as noites tá difícil, e todos tem visto isso no meu rosto, e olha que tento disfarçar.
Liz: Acorda piranhinha grávida. — ela estrala os dedos na frente do meu rosto. — Como está meu sobrinho!? Já descobriu o sexo?
Olhei pra ela me ajeitando no sofá.
— Tô no meu mundinho criminal, piranhinha tia do meu bebê — sorri pra ela — Já da pra saber, mas não quis, era pra gente fazer o chá, mas ele assim nem vou fazer nada, a gente descobre no nascimento — sorrio fraca.
Liz: Vamos fazer sim! — ela me olha, semicerrando os olhos — Aquele panaca que lute, ficou sabendo não que meu pai ergueu ele na porrada esses tempos atrás? — ela deita em cima de mim, passando a mão na minha barriga.
Nego arregalando os olhos.
— Pelo que ? Yan nunca apanhou na vida — lembro que eu senti o primeiro vibre na barriga.
Liz: Aquele dia você foi embora, tá maior roxo na cara dele. — ela ri. — ele respondeu meu pai levou só uma na cara.
Puxo o cabelo fraco e dou risada.
— Não ri dele sua feia, muito doido responder o padrinho — ouço o barulho dele na escada cumprimentando minha mãe e pai.
Liz: Ele e meu pai está maior pé de guerra. — ela me olha.
Sorrio fraca sentindo o cheiro dele tentando disfarçar.
— Eu não queria causar isso sério, falando nisso vou para minha casa — começo a guardar minhas coisas.
Liz: Tá louca? Se ele quiser quem sai é ele. — ela faz cara de óbvio.
— A casa é dele amiga, e ele nem comigo ele fala, eu fico mal e o bebê sente, não quero isso — guardo os artigos na bolsa.
Sinto o cheiro dele mais forte e ele aparecer.
Yan: Ah, oi. — ele acena pra mim com a mão. — O caos está te chamando Liz.
— Oi Yan — falo vendo a Liz sorrir pra mim.
Liz: Eu já volto, não vai embora. — ela beija minha testa, passando a mão na minha barriga. — O chá revelação vai ser daqui dois dias, faz o exame.
Nego com a cabeça vendo o Yan se sentando no outro sofá
— Mais Liz eu não quero não — vejo ela me deixando falar sozinha.
Yan: Foi mal pelo outro dia lá. — ele coça a cabeça, me entregando uma caixa com meu bombom favorito.
Olho surpresa a caixa de bombom, pego e sorrio.
— Ah tá tudo bem Yan — abro a caixa de bombom — E desculpa pelo nariz, não tá dando pra não vê — faço careta.
Yan: já passou. — ele fala incomodado.
Ele se sentia incomodado comigo e isso me feria tanto, mais não queria que ele apanhasse novamente.
— Você fala pra Liz que eu tive que ir embora? — levanto rápido sentindo minha cabeça rodar — Obrigado pela caixa de bombom, um ótimo presente pra uma grávida — sorrio soprando tentando evitar que alguém notasse.
Yan: Eu.. aviso. — ele sorri fraco pra mim. — até. — ele acena, passando na minha frente, andando rápido.
A vontade de chorar foi grande o bastante pra me fazer chorar ali mesmo, ele não se importa nem com a gravidez, tá tão difícil.
Caminho até a Liz e meu padrinho e sorrio fraco.
— Eu vou embora, tô um pouquinho enjoada tá? e Liz faz o que você quiser com isso tá — tirei minha aliança colocando na mão dela — Ele não vai voltar, e padrinho não precisa bater nele, pelo menos ele tá vivo, vou pra casa, amo vocês — falo sorrindo segurando o choro.
Meu padrinho me olha negando, me puxando pro abraço dele.
Caos: Tu tem eu pô, o pessoal todo jaé? — ele beija minha cabeça. — Vamo fazer aquela parada de descobrir o que é o bebê, a criança não tem nada haver com o otario do Yan.
Liz: Vai ser daqui dois dias pai!
— Você já descobriu padrinho — fungo soltando um sorriso fraco — tô sem cabeça pra organizar qualquer coisa gente, e era uma coisa que queríamos fazer juntos — Não se desespera ohana não se desespera ohana, eu falava pra mim mesma.
Liz: Vou fazer pra você, relaxa. — ela me olha. — Só faz o exame, o restante deixa comigo!
— Eu fiz hoje por isso vim aqui — sorrio com a cabeça baixa tirando o envelope lacrado do resultado — É o sexo .
Meu padrinho pegou rápido da minha mão, virando de costas e abrindo, lendo e fechando de volta, me olhando sem esboçar nenhuma reação.
Caos: Faz a parada bonitona Liz. — ele beija minha cabeça, puxando o cabelo da liz. — Amo tu piolhenta.
— A gente te ama padrinho e vovô — sorrio fraco — Amiga — encosto na Liz segurando o choro.
Liz: Não chora. — ela limpa meu rosto. — Você vai amar, eu juro.
— Eu confio em você — sorrio pra ela — dorme comigo hoje se tu não for ficar com teu ficante, tá doendo demais hoje tipo mais que todos os outros dias — engulo seco vendo meu pai de longe me encarando.
Liz: Claro que durmo com você. — ela beija meu rosto. — Vamos, vou ir com você pra sua casa ja.
— Se quiser eu durmo com você aqui, meus pais não cozinha e fazem barulho de manhã — olho pro Yan passando atrás de mim mexendo no celular — E eu sei que você fica brava com barulho de manhã.
Liz: então dormimos aqui em casa. — ela sorri pra mim pegando o celular e me mostrando a mensagem.
— Posso subir tô com as costas doendo — menti — Eu tô bem obrigada por perguntar pode responder amiga — pego minhas coisas subindo pro quarto da Liz que era uma coisa muito louca, rosa até dizer chega.
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Real Vivência [M] - Livro 3
Fanfiction+18 📍Morro da Pedreira - Rio de Janeiro. Quando somos crianças nossos pais desejam tantas coisas pra nós, mas quem conduz nossa vida é nós mesmos isso que é complicado. As vezes tão iguais ao mesmo tempo tão diferentes, nem sempre a mesma aparênci...