Maitê 🫀
Os dias foram se passando e só foi tristeza, fiz minhas provas, fui na médica o bebê já mostrou o sexo e eu não quis saber, não sem ele.
Ouvi a Ohana falando pro meu pai que ele tinha uma visita, dei meu jeito fiz um cadastro e eu iria vê ele, precisava ver ele.
A carteirinha chegava hoje, o que mais me causou ansiedade foi medo dela não chegar a tempo.
A visita dele era apartir das 10:00 da manhã, já tava trocada com as roupas que eu podia levar, fiz até o bolo de churros que ele pediu, aproveitei que todos estavam indo visitar os gêmeos que ainda estavam internadas e a Liz instável.
O porteiro do condomínio me ligou avisando que tinha chego, já tínhamos combinado que ele só avisaria pra mim, já estava tudo ajeitado no carro as comidas, bolo como era aceito no presídio que ele foi transferido.
Peguei o carro e fui pra lá, tinha uma fila não tão grande e elas me olhavam com deboche era um sensação horrível.
Me revistaram inteira, me fizeram tirar a roupa e tocaram em todos os lugares possíveis e impossíveis do meu corpo, uma humilhação horrível.
Engoli a seco peguei as comidas todas reviradas, que dor que me deu, peguei tudo e sai procurando ele no pátio, já tinha rodado lá diversas vezes e até risada eu ouvi, até que eu fui próximo de um guarda.
— bom dia, o senhor pode me ajudar? — as bolsas estavam pesadas.
Xxx: Se perdeu aqui gracinha? — ele sorriu debochado.
— Quero falar com meu esposo o Allan Sanches de Oliveira — falei dando um passo pra trás.
Xxx: Chama o vagabundo lá Vaz. — ele sorriu nojento pra mim. — A marmitinha de bandido vai ficar no pátio. — ele me empurrou fraco pro pátio aonde tinha vários presos.
Desviei a mão dele de mim me sentando num banco de cimento que tinha lá.
Coloquei as coisas na mesa e fiquei aguardando ele aparecer.
Olho ele vim, de cara fechada e com a algema nas mãos, cheio de hematomas no rosto e nos braços também.
Levantei ficando do lado da mesa ele não tinha esboçado um sorriso pra mim.
— amor — falei vendo o policial soltando as algemas dele e me medindo.
O policial soltou ele, dando um tapa nas costas dele, saindo em seguida.
Allan: Falei pra tu não vim Maitê, caralho. — ele negou, sentando na mesa bolado.
— Como você tá? — me sentei sem graça, olhando todos os hematomas.
Ele negou com a cabeça várias vezes, respirando fundo.
Allan: Não vem mais Maitê, escutou? Não é pra tu pisar mais aqui, primeira e última vez que tu vem.
— Eu já entendi Allan — esse tempo todo sem ele, aprendi a engolir o choro pra muita coisa, por que eu só escutava "para de chorar Maitê" e agora foi mais uma vez que engoli o choro, tirei as comidas colocando na frente dele — come pelo menos.
Ele bateu no banco do lado dele, pra mim ir.
Allan: Vem cá neném. — ele murmurou, sorrindo fraco.
Sentei do lado dele colocando minha cabeça encostada no seu ombro.
— Fiz o strogonoff que você gosta e o bolo de churros, remexido por que eles mexeram mas eu fiz tudo — puxei a blusa branca pra baixo, sentia alguns olhares das outras mulheres.

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Real Vivência [M] - Livro 3
Fanfiction+18 📍Morro da Pedreira - Rio de Janeiro. Quando somos crianças nossos pais desejam tantas coisas pra nós, mas quem conduz nossa vida é nós mesmos isso que é complicado. As vezes tão iguais ao mesmo tempo tão diferentes, nem sempre a mesma aparênci...