quatorze.

654 44 3
                                    

Yan 💨

Passou uma semana desde a descoberta da gravidez dela e que eu seria pai.

A notícia já é mais suave pra mim, já aceitei e o amor que a gente começa sentir pelo bebê é surreal, mesmo com eu queimando os divertidamente da cabeça todo dia.

Olho novamente as papeladas da minha mesa, assinando elas e carimbando com cuidado pra não ter erros.

Ouvi bater na porta e meu avô apareceu.

TF: Tá ocupado? - ele falou olhando a mesa.

- Pode entrar pô. - coloco os papéis de lado. - Alguma coisa errada?

TF: Vim te apresentar a nova estagiária, não vai dá pra você ficar fazendo isso não - ele apontou pros papéis e olhou no relógio - vou aparecer aqui uma vez ou outra agora, vou começar a deixar os negócio com você.

- Estagiária? - pergunto, vendo ele concordar. - Não quero briga com minha mulher por isso não. - gesticulo com a mão, arrumando os papéis por ordem.

Ele ri negando com a cabeça.

TF: É indicação a menina, a Regina fez a entrevista, falou que ela é dedicada - ele foi pra porta - Briga vai ter, tua mulher é Perrini - ouvi ele rindo.

- Só caô pra cabeça. - dou risada, negando vendo ele sair, olho o celular vendo a mensagem da Ohana.

xxx: Licença, Yan Perrini ? - a voz dela interrompeu a minha leitura da mensagem da Ohana.

- Toda, entre e fique a vontade. - olho a mensagem do meu avô. - Carolina Guerra!? - pergunto, mais afirmando.

Ela assentiu com a cabeça e entrou me estendendo a mão.

Carol: Isso, o Thomas falou com você, sobre meu estágio ? - ela olhou me olhando.

Estendo a mão, sem dar muita intimidade soltando em seguida.

- Fui informado sim, sua mesa é do outro lado. - aponto com a cabeça. - acredito que já foi notificada do que fazer, certo?

Olho o celular tocando e pego ele, olhando pra mulher a minha frente.

Carol: Foi sim, licença - ela foi pra mesa e começou a colocar as coisas dela lá.

Volto a atenção pro celular, gravando o áudio pra Obama.

- Vou levar amor.. prometo que não vou esquecer a banana com mel e farinha láctea que você quer. - dou risada. - Eu te amo, você não vai morrer de vontade por esperar duas horas. - encerro o áudio, enviando e volto a ler e assinar as papeladas.

Carol: Desejo de grávida? - ela falou mexendo no computador.

- É, isso aí mesmo. - coloco o óculos só pra ler mesmo, acabando de assinar eles.

Carol: Você não gosta de falar né? - ela me olha - Só pra eu saber e não te incomodar mesmo.

- Não muito, quem trabalha conversando? - pergunto, sem abusar no tom de seriedade.

Ela balançou a cabeça e virou pra frente do computador.

Carol: Tá bom, desculpa - ela começou a ler uns contratos que tava na mesa do lado.

Termino de assinar os documentos e levanto pondo na mesa da estagiária, voltando pra minha com celular na mão.

Na ligação com a Oha 🤍.

Ligação On.
- Quer que eu peça pra alguém comprar as coisas pra você? - pergunto, segurando a risada. - não tem sentido o bebê querer comer algo comprado pelo pai amor....
Ohana: Ué vida claro que tem, você vai demorar ? - ela falou toda manhosa.
- Já acabei aqui, vou sair jaja, está aonde quer que te busque, esta casa?
Ohana: Sai da faculdade e fui no shopping rapidinho, mais agora tô na minha casa amor - ela ficou em silêncio - Quero amor.
- Passo ai e te levo pra comer, depois de te ajudo no resumo da sua faculdade..
Ohana: Tá bom vida, vou tomar um banho e dormir um pouquinho, te amo.
- eu amo vocês amor, fica com Deus e se cuida direitinho.

Ouço ela murmurar um " fica com ele" e desligar a chamada, me fazendo rir.

Carol: O Sr quer que eu leve na sala do Sr.Thomas esses papéis? - ela baixou com voz mediana, sem me olhar.

- Deixa em cima da mesa. - aponto com a cabeça.

Ela balançou a cabeça e voltou assinar e carimbar, em silêncio.

Carol: O Sr já vai quando eu sair eu fecho a sala? - ela interrompeu o silêncio.

Fico calado, pensando e balanço a cabeça confirmando.

- Acabar suas coisas os papéis de hoje você já pode ir embora. - junto as coisas, guardando.

Ela coçou a garganta e me olhou receiosa.

Carol: Desculpa falar de novo, o Sr Thomas falou pra você fazer meu horário - ela falou rápido

Concordo com a cabeça pegando a planilha de horários, marcando que o horário dela seria a hora que entro até a hora que saio.

- Está no seu e-mail. - falo, guardando o notebook.

Ela balançou a cabeça e sorrio fraco.

Carol: Então já vou, até amanhã e obrigada pela oportunidade - a voz dela tava trêmula era engraçado.

- Até amanhã Carolina Guerra. - aceno com a cabeça, vendo ela sair.

Era engraçado ver as pessoas com medo de mim, o Monteiro mais carinhoso que tem.

Real Vivência [M]  - Livro 3 Onde histórias criam vida. Descubra agora