Real Vivência [M] - Livro 3

Cento e dezesseis

Liz 🌪️

Dois meses do meu término com o Dante passou, não estava sendo fácil a falta das crianças e o sentimento que eu tinha por ele também, o Yan e a Ohana adiaram o casamento deles por que disse que não teria clima para fazer casamento por conta de mim, e eu ainda tentei convencer eles.

A Jade e o Ravi tinham completado três meses, meus pais estão me ajudando, aliás a babá dos meus irmãos ajuda com os dois, ontem tive um dia pra mim, mudei o cabelo clareei os fios, fiz tatuagem, fiquei só meu pai me proibiu voltar antes das dez da noite, que ele cuidaria das crianças de boa e fez.

Minha saudade do Bernardo e da Ana tava absurda eu via algumas fotos deles, mas vê-los pessoalmente não, e isso me fazia chorar bastante.

Tinha dado banho nos gêmeos e tava fazendo alguns croquis de algumas clientes, quando meu pai mandou eu descer por que o Dante tava na frente, desci rápido e ele tava com a cara fechada do lado de fora.

— Fala — encarei ele com a mesma cara que ele tava pra mim.

Dante:tenho nada pra falar com tu não, desce Analua Mendes. — ele falou grosso e bolado pra ela, que desceu rápido.

Abaixei vendo ela vir me abraçar rápido chorando, levantei rápido com ela no colo.

— O que aconteceu com ela? — ela deitou a cabeça no meu ombro.

Ana: Mamãe tá linda — sorri ouvindo ela.

Dante: Batendo na professora, mordendo amigo, fazendo birra, respondendo os outros. — ele falou seco.

Passei a mão no rosto dela olhando de lado.

— Eu te falei que eles tinham rotina Dante, deixa ela ficar comigo então — falei encarando ele.

Dante: Tô bem ligado na rotina deles e ela não vai ficar com tu, vai Analua fica com a Liz e eu vou esperar no carro. — ele foi andando, pegando o Ber no banco e sentou lá.

Neguei vendo mais uma vez ele ser infantil, dei um passo pra trás fazendo ela olhar pra mim.

— O que foi fala pra mamãe, por que você tá mordendo seus amigos, você não é assim filha — limpei o rosto dela.

Ana: A professora só fica com Nalu porque ela quer o papai. — ela fungou. — Menino falou que cabelo da Nalu é feio, que Nalu não tem mamãe.

— Mais o cabelo da Nalu é lindo mamãe não sempre disse isso? a dona dos cachinhos mais lindo desse mundo, deixa ele falar sozinho, mais não pode bater que é feio viu? — fiz cachinhos no cabelo dela com o dedo — Claro que você tem mamãe, olha eu aqui como você não tem, eu vou pedir pro seu pai de trazer você uma vez na semana ou eu te busco na escola o que você acha? — olhei pra ela desviando ele olhando a gente no carro.

Ana: Papai não quer que Nalu fica com mamãe. — ela soluçou. — papai quer professora de baba. — ela segurou meu braço, soltando e saiu correndo pra dentro de casa, me fazendo virar e ver que ela viu meu pai com a Ariel.

Solto um sorriso pra Ana ela tava triste era visível e o Dante não ver isso me irrita, bati no vidro do carro fazendo ele descer o vidro sem me olhar.

— A gente precisa resolver isso por que tá atingindo a Analua Dante — o Bernardo ouviu minha voz abrindo os olhinhos rápido.

Dante: Resolver o que exatamente? — ele perguntou olhando o celular na conversa com uma mulher, desligando e me encarando.

— Ela sente minha falta, você gostando ou não, e isso tá prejudicando ela no colégio, ela tá ficando agressiva, respondona contigo já dá pra vê, ela pode não morar comigo, mas eu quero ver ela nem que seja na frente da escola, tão falando que ela não tem mãe cara — o Ber ficou me olhando e esticou a mãozinha.