Trinta e oito

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Maratona Bia triste 5/15
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Ohana 👄

Um mês havia se passado e não tínhamos nenhuma notícia do meu padrinho, tava tudo revirado de cabeça pra baixo.

A Ariel não sabia o que era dormir uma noite completa, dormia pouco, comia pouco, tinha ficado doente diversas vezes, tipo agora ela tava queimando de febre.

Minha madrinha tinha emagrecido absurdamente, ela só comia por conta do neném, ela tava cada dia mais transtornada chegava a dá dó da maneira que ela tava, a casa deles já não tinha mais nada por que ela tinha quebrado tudo nos surtos dela.

Tinha dado banho na Ariel e tava com ela enrolada na toalha mamando no meu peito.

Yan: Amor? — ele apareceu com a Analua no colo.

A Ariel e a Analua tava praticamente morando comigo e com o Yan.

— Vida — sorri fraca alisando o cabelinho da Ariel que tinha enfim apagado.

Yan: Dante falou que já descobriu onde Liz está. — ele murmura baixo, colocando a mão na testa da Ariel. — Ela ainda tá quente, nada do meu pai?

— Graças a Deus uma notícia boa vida — falei sentindo um alívio ao saber — Abaixou amor, ela chegou a beirar 40° é o quarto banho dela só hoje, ela pediu tete eu dei, ai ela apagou, Dudinha tá mexendo demais hoje — sorri pra Analua com a chupeta na boca — O Cauê me disse que nenhuma notícia burburinho nada na delegacia.

Yan: Amor ele não foi levado pra delegacia, cadeia. — murmurou, pondo a Ana no chão. — Deve estar preso em algum lugar, pô.

— Tá bom Yan só que eu vou ir atrás dele em todos os cantos — falei grossa — ai desculpa amor me perdoa, mas eu tô tentando — falei baixo.

Ele nega, me olhando sério e respira fundo.

Yan: Tá certa Ohana. — ele sai do quarto.

Tava todo mundo exausto, eu tava extremamente cansada, tanto fisicamente quanto psicologicamente, mais sei que ele tá também.

Levantei liguei a tv colocando no desenho pra Analua.

— Senta aqui minha gatinha — chamei ela com a mão que veio pra perto de mim, ela subiu na cama e deitou toda sonolenta — vou fazer seu tete tá bom ? — ela só balançou a cabeça.

Troquei a Ariel rapidinho e voltei ela pro peito que tava acalmando ela.

Desci pra fazer o tete da Analua e ele tava sentado no sofá com as mãos na cabeça.

Yan: Não sei mais o que fazer, caralho. — olho ele falando sozinho com a voz de choro. — Da um sinal Deus, tô cansado pra caralho, fiz o possível e o impossível....

Suspiro fundo vendo o quão ele tava exausto com toda situação, ele tava carregando o mundo, tava trabalhando cuidando da minha madrinha, anoite ia atrás do meu padrinho e tentava fazer tudo por mim, quando chegava a Ariel ainda queria ele.

Fiz a mamadeira da Analua e me sentei do lado dele.

— Vai da certo amor só não podemos desistir — peguei na mão dele.

Yan: Eu já procurei no Rio de Janeiro inteiro. — ele murmurou cansado. — Angra... — ele falou pensativo. — ANGRA, Ohana e se ele estiver lá?

— YAN DO CÉU — falei alto assustando a Ariel — desculpa bebê da tia desculpa — balancei ela novamente pegando no sono.

Yan: Seria óbvio porque é área de encontro de bandidos amor. — ele fala, suspirando cansado. — Só pode ser lá, só pode amor eu tenho certeza que é. — ele levanta, andando de um lado pro outro.

— Primeiro se acalma segundo avisa meu pai, o tio, o Orion, mas não avisa a madrinha se não ela vai querer ir — falei rápida.

Ele pega o celular, fazendo várias ligações seguidas, falando rápido e logo desligou.

Yan: Marquei pra eles virem aqui pô. — ele coça a nuca. — É mais perto da estrada pra eles irem. — ele murmura, procurando alguma coisa.

— Tá procurando o que amor ?

Yan: A cópia da chave da casa do meu pai de Angra, fica junto com as minhas chaves.

— Tá dentro da sua gaveta lá em cima amor, mais eu não aguento buscar não — sorri cansada pra ele, a barriga já tava grande com a Ariel no colo impossível ficar subindo e descendo.

Yan: te amo amor. — ele beijo minha testa, pegando a mamadeira da minha mão e subiu correndo.

Ele tava tão alucinado pelo sumiço do meu padrinho que nem se deu conta que entramos no 8 mês da gestação e ultimamente eu estava exausta, mais não enchi ele com isso, ela tá no forninho isso que importa.

— Ela tá dormindo ou assistindo ? — ouvi os passos dele.

Yan: dormindo, nem quis a mamadeira. — ele voltou, girando a chave nas mãos.

— Ajeitou ela na cama? Se não ela cai amor — eu tava 100% mãe das três, e todos os cursinhos pra ser mãe eu peguei um intensivão de 1 mês.

Yan: Está no meio da cama, com os travesseiros ao redor e o colchão no chão. — ele me olhou, sorrindo.

— Tá bom então — tirei a Liz do peito e ela resmungou — se você não me amar quando crescer eu juro que te maceto garotinha — falei colocando o peito na boca dela novamente.

Yan: Acostumando ela ficar pendurada no peito amor, quando voltar minha mãe que vai sofrer. — ele ri, passando a mão na minha barriga olhando o celular. — Tenho que ir, eles estão lá e minha mãe está indo aquela teimosa.

— Vai querer voltar a ficar comigo, já virei mãe de 3 então tá bom — ri — vai vida, te amo e cuidado tá? — sorri cansada mas sabia que a madrugada seria longa, por que logo a Analua acordaria e a Ariel dormiu.

Só queria meu padrinho bem, as duas terrorista eu levava numa boa.

Real Vivência [M]  - Livro 3 Onde histórias criam vida. Descubra agora