Real Vivência [M] - Livro 3

Cento e onze

Mica 🧜🏾‍♀️

Minha Maitê tinha casado toda linda toda princesa, tínhamos voltado para o Rio, daqui 10 dias era o casamento da Ohana e da Liz, e aqui estava uma correria terrível.

Hoje era dia do meu ultrassom pra vê se o bebê queria mostrar mesmo, pois todas as vezes tava de pernas fechadas.

O Ítalo tava todos os dias ligando pra Maitê, eles sempre foram um grude mas ele tá um belo avô babão, é uma coisa pro nosso bebê, uma coisa pro nosso netinho, um lindo.

Tava no carro com ele a caminho da clínica que batucava o volante ansioso, ele queria tanto um menino mas eu tava com medo de não vir.

— Tá nervoso né? — olhei pra ele.

Ítalo: muito amor. — ele falou sorrindo pra mim, voltando a atenção pra rua.

— Achei que a gente não ia viver isso mais amor, olha só 21 anos depois — passei a mão na barriga.

Ítalo: Mesma sensação de anos atrás, frio na barriga. — ele murmurou rindo.

— Vai chorar de novo ? por que eu vou — alisei o rosto dele rindo — se for menino já pensou no nome?

Ítalo: Pô amor, eu pensei no nome da nossa princesa. — ele murmurou baixo, já querendo chorar. — Maitê e Matheus sabe? Se você gostar.

Ele era todo chorão eu amava isso nele, sorri ao ouvir o nome.

— Eu gosto de Matheus vida, e se for garotinha ? — ele fez carinho na minha barriga.

Ítalo: Maya? — ele me perguntou, parando em frente a clínica sem tirar a mão da minha barriga.

— Eu amo sua criatividade nossos filhos só tem nome bonito por conta sua — ri descendo do carro esperando ele pegar meus documentos e minha bolsa — deixou a arma no carro né?.

Ítalo: Deixei madame. — ele riu, segurando minha bolsa e a pasta com os documentos, segurando minha mão com a mão livre dele.

Os anos se passou e o Ítalo se tornou um grande homem, mais nunca perdeu a essência de menino, até com as brincadeiras idiotas que eu surtava mas depois ria.

A minha médica cuidava da família Perrini inteira e sabia que todo mundo adorava ter filho aqui, principalmente as velhas por que as novas surtava.

Médica: Será que hoje vamos descobrir se é mais uma menininha ou um menininho da família Perrini? — ela já tinha me ajeitado na maca e aquele gel gelado me dava uma cócegas absurda — Temos um neném ou uma neném muito saudável aqui viu, porém é bem grande diferente da Maitezinha, tem alguém querendo mostrar o que é — o Ítalo segurava minha mão parecendo a primeira vez, nossos olhos tava cheio de lágrimas .

Ítalo: Fala logo mulher, tô ansioso. — ele riu, apertando minha mão fraco. — Maya ou Matheus?

Médica: Depois de 21 anos o príncipe de vocês veio, é o Matheus — ele tava todo aparecido hoje com as perninhas aberta, meu coração ficou cheio de felicidade, olhei pro Ítalo chorando baixinho.

Ítalo: Nosso menino amor. — ele deu risada, comemorando alto, vindo me abraçar. — Tenho que ligar pra Maitê. — ele beijou minha cabeça, ligando em vídeo pra ela, com os olhos cheios de lágrimas.

Era isso que fazia eu me apaixonar todos os dias por ele.

A Maitê atendeu toda empolgada por que sabia que era sobre o bebê.

Chamada de vídeo amor e filha 🤍

Maitê: É MENINO PAI? VOCÊ TÁ CHORANDO — ela falou alto toda de branco toda linda, o orgulho que sinto dela não tá escrito.
— Fala amor pode falar — limpei as lágrimas do meu rosto.
Ítalo: É o Matheus. — ele sorriu bobo, limpando o rosto. — Olha ele. — ele mostrou a imagem do monitor da médica. — Enorme, a médica disse que maior que você, mas nem conta tu era e ainda é anã. — ele disparou a falar.
Maitê: EU SOU IRMÃ MAIS VELHA DE UM MENINO NÃO TÔ ACREDITANDO, AMOR É MATHEUS — ela gritou pro Allan com voz de choro.
Allan: Felicidades sogro, vou abaixar seu salário porque vou ser pai. — ele gastou.
Ítalo: eu também vou ser, de novo se liga Allan.
Maitê: Pode tratar de aumentar o salário dele por que veio o boyzinho da irmã — ela falou rindo — olha a minha barriga tão querendo nascer por aqui maior loucura 8 meses, deixa eu vê meu irmão de novo.
Ítalo: Olha ai. — ele mostrou a ultra 3D, mostrando o rostinho.
— Filha a boca dele é a sua todinha — só ouvi os gritos da Maitê.
Maitê: Vai parecer mais comigo do que meu próprio filho ou filha — ela deu risada.
Ítalo: quando tá previsto pro seu neném nascer? — ele perguntou. — vai ser igualzinho você filha. — ele limpou o rosto, o tanto que ele é babão não está escrito.
Maitê: Pai no casamento da Liz pra frente o bonitinho ou a bonitinha pode nascer, mas programado mesmo tá pra dia dois de fevereiro, eu queria mas acho que vai vir a cara do Allan, mas eu vou ser babona igual você — ela riu.
Ítalo: Tá perto então. — ele sorriu. — Vou levar sua mãe pra comer, depois te ligo filha.
Maitê: Eu amo vocês três do tamanho do mundo ida e volta, beijo Dra.Leandra, mãe não come lanche não pode — ela falou rindo.

— Leandra a Maitê vai ter neném e eu não tô sabendo lidar com isso — estava me vestindo.

Dra.Leandra: Porque em? — ela deu risada.

— Por que você fez o parto dela e agora ela terá um parto, minha miudinha — funguei vendo ela carimbar minhas documentações.

Leandra: É assim mesmo, eles crescem. — ela sorriu, me entregando os documentos.

— Até mês que vem e qualquer coisa eu te ligo, ah nem preciso falar — ri saindo da sala vendo o Ítalo todo bobo.

Ítalo: Um moleque amor. — ele sorrio bobo.

— O sonho da nossa vida se tornou realidade, nosso casal nossos amores — sorri sentindo o carinho dele na minha mão, a gente tinha tentado por muitos anos engravidar novamente pois ele sempre quis dois filhos.

Ítalo: Maite e Matheus. — ele sorrio enorme. — Férias?

Olhei confusa pra ele parando próxima ao nosso carro.

— Férias? Sério ? A gente pode? — sorri boba.

Ítalo: Sério amor... da pra irmos pra qualquer lugar. — ele sorriu. — O morro vai ficar com um substituto, avisei o Allan e ele já mandou o moleque.

Abracei ele rápido sentindo que toda confusão de anos atrás foi valiosa pra gente ver o quanto a gente se ama, o quanto tudo que conquistamos até hoje foi valioso.

— Eu preciso pensar pra onde nós iremos, mas depois do casamento das nossas meninas né? E nosso ou nossa neta nascer — senti o beijo dele no meu pescoço.

Ele concordou, beijando minha cabeça.

— Te amo meu chorão — sorri pra ele.

Nosso relacionamento tinha brigas, desentendimento mas muito amor, carinho, risada e amizade, ele era o Ítalo o homem que eu amava era o meu novinho gato.