Real Vivência [M] - Livro 3

sete.

Yan 💨

O bagulho com a Ohana foi foda pra caralho e ela meteu essa de amigo, foda.

Tinha tomado banho e tava lendo alguns bagulhos da prova de amanhã, cabeça cheia.

Olho a porta do quarto abrir e a Liz entrar com cara de choro, me fazendo colocar os livros e o notebook na cômoda.

Liz: Tá podendo falar ? — ela falou meio grossa como sempre.

— Uhum, senta aí. — aponto com a cabeça.

Liz: Que cara de bolado é essa? — ela sentou de frente comigo.

— Minha última prova amanhã. — minto sobre o real motivo. — fala aí o que foi.

Liz : Chateada Yan, tô parecendo uma criança de 12 anos com o pai me levando e buscando na faculdade — ela ficou me encarando.

— Ele é puxa saco seu, tá fazendo pro seu bem. — olho pra ela, negando. — Você é a princesinha dele, me fala, por qual motivo você se tornou isso que é agora?

Liz: Meu a forma que o pai falou comigo parece que eu tô drogada nível bizarro Yan, sério — ela negou — É que ele olha pra você e acha que eu vou ser igual, mais porra eu gosto de sair — ela bufou.

— o problema não é sair, e sim desrespeitar ele que fez de tudo por você. — nego. — você está viciada a esse nível mesmo.

Liz: Y não fala assim cara — ela engoliu o choro — é só bala cara.

— Te faz bem Liz? — nego. — Te da uma brisa de momento e quanto ao seu futuro? Quando você não tiver suas amiguinhas que só estão com você na hora da festa, pra desfrutar do bem e bom?

Vejo ela comece a chorar e puxo ela pro meu peito.

— Da um jeito na sua vida, no seu futuro. — olho ela, passando a mão no seu cabelo. — O pai e a mãe querem o seu bem, até a Ariel e eu.

Ela me abraçou e ficou chorando no meu peito, ela não era de chorar era foda pra isso acontecer.

Liz: Eu preciso me controlar Y, chegou no ouvido do pai, que eu acabei ficando com três caras louca de bala, ele nem tá olhando pra mim, falou que eu sou a decepção, preferia que ele tivesse me macetado na porrada — ela fungou — Ainda bem que tem você pra dar orgulho, se dependesse de mim tavam fodido, toda perdida.

— A mudança começa de você, ele te mimou demais. — rio fraco.  — Mostra que você quer mudar, faz sua faculdade e pensa no seu futuro, o pai tem orgulho de você, a mãe.

Liz: E você Yan ? Eu só te perturbo né? — ela sorrio de lado — As vezes só quero sua proteção, mas é só as vezes — ela rio fraco.

— Não vou proteger se você estiver errada. — falo sério. — Tenta mudar, antes que seja tarde.

Ela me soltou e limpou as lágrimas, balançando a cabeça.

Liz: Pode ser um irmão fofo uma vez ? Eu tô mal pra caralho Yan — ela levantou e me olhou com a cara inchada.

— Vem. — abro os braços.

Ela poucas vezes ficava desarmada das grosserias e rebeldia.

Ela deitou com a cabeça na minha perna.

Liz: Sabe quem é um folgado filha da puta? Aquele teu amigo Gangue, Dante aí como é o nome dele — ela me olhou.

— O Dante? — pergunto. — Porque ? — passo a mão no cabelo dela.