Yan 💨
O bagulho mais errado que eu fiz nessa porra foi vim pra esse baile, a Ohana tinha saído com aquele vapor e eu tava aqui olhando essa porra lotada.
O camarote era pior que lá em baixo, Liz sumiu como sempre deve estar atrás de droga.
Olhei o relógio e marcava duas e meia da manhã, coloquei as mãos no bolso e desci pra ir embora, otário pra caralho tá maluco se foder.
Dante: Cara feia da porra. — desvio o olhar do chão, olhando pra ele, fazendo toque.
— Paciência tá zero hoje, milagre tu colando aqui — encarei o povo passando.
Dante: Renata tava tonteando a mente fiote. — ele gesticula com a mão, levando o copo na boca com a cara séria.
— Tá pegando a maluca ? — mexi a chave do carro no dedo.
Ele nega, rindo de lado com a cara séria ainda.
Dante: tá loucão caralho? — ele me olha. — tô memo. — ele coça a cabeça.
— Tu brotando na Pedreira sabia que tinha buceta no meio, vou partir tô bolado pra caralho, jaé — faço toque com ele e aperto a chave na mão.
Dante: jaé fiote. — ele faz joia, mandando dedo em seguida e sai do meu campo de visão.
Sai do baile com a cara fechada, pegava mais mina do asfalto do que aqui do morro, minha cabeça tava longe.
Ouço meu celular tocando e levo minha mão no bolso já na rua de trás do baile.
Ligação on 📱
— Colfoi Dante .
Dante: se liga, tá ligado a mina lá que tu não fode nem sai de cima? — ele fala alto, por cima do barulho do fundo.
— Hm quê que tem ? — entrei no carro, encostando a cabeça no banco.
Dante: Caralho, deitei o maluco no soco papo dez. — ele fala animado, raramente ele ficava assim.
— Tá onde caralho ? A Ohana tá contigo? — falei bravo.
Dante: A malucona, tá aqui drogada. — ele fala tranquilo.
— Onde caralho manda o papo do lugar que tô indo aí — liguei o carro.
Dante: Pode fazer peneira do maluco ai Romão. — ele gargalha. — No beco do baile, cola aqui, fui.
— Jaé — desliguei o carro e fui em sentido ao beco do baile.Ouvi os tiros e entrei na viela saindo no beco, a Isa tava sentada olhando pro nada.
Dante: Que foda caralho! — ele grita, rindo. — tá pouco, pipoca mais o maluco.
Cheguei perto dela e vi que ela tinha chorado.
— Ei, olha pra mim. — ergo a cabeça da Ohana, vendo ela distante.
Ohana : Yan me leva embora — ela falou enrolado.
Ajudo ela levantar, segurando seu corpo.
Ohana: Me leva pra sua casa por favor — ela falou baixinho — Eu não tô legal — ela grudou em mim.
— Vou te levar pra casa, calma. — seguro ela em mim, indo pro carro.
Ohana: Tá tudo doendo Yan — ela falou baixo — protege eu — ela falou meio bêbada meia drogada.
— tá tudo bem, tô aqui. — olho pra ela, sentindo o peito doer de ver ela dessa forma.
Coloco ela no carro, passando o cinto. Entro em seguida, começando a dirigir.
Ela ficou em silêncio no carro, parecia que tava longe pra caralho, parei na porta de casa.
Ohana: Fica comigo — ela falou embolado.
— fico. — tiro ela do carro, entrando em casa e subindo direto pro meu quarto segurando ela. — Vou te por na água, tá bom?
Ela balançou a cabeça e sentou no chão do meu quarto.
Ohana: Espera um pouquinho eu não aguento, meu corpo tá estranho — ela falou suando bastante.
— Vou te por lá e você senta no chão. — olho o rosto dela, a ajudando a levantar.
Ohana: Tira meu vestido Yan, você não tem problema — ela falou se segurando em mim.
Tiro o vestido dela, colocando ela no box,deixando na água gelada.
— Senta ai no chão, vou pegar roupa da Liz pra você.
Ela balançou a cabeça ficando de calcinha e sutiã em silêncio se sentando no chão do box debaixo d'água.
Vou no quarto dá liz e pego um conjunto de calcinha fechado la pra ela e um shorts de pijama, voltando pro quarto separando uma blusa minha.
Ela tava sentindo a água cair no rosto dela parada olhando pra nada.
— Acabou? — pergunto, segurando a toalha.
Ela estendeu a mão pra mim.
Ohana: Me ajuda, não olha meu corpo — ela falou baixinho.
Nego com a cabeça, enrolando ela na toalha.
— Consegue se vestir? — coloco a roupa na pia.
Ohana: Talvez amor — ela falou baixo e me olhou nos olhos — me dá um beijo — ela falou um pouco lento.
Nego com a cabeça.
— Vem deitar, você não tá bem. — seguro a mão dela.
Ohana: Você não quer me dá um beijo? Todo mundo quer me dá um beijo Yan — ela falou meio tonta depois de se trocar.
— não com você assim. — levo ela pra cama.
Ela consentiu deitando na cama e me olhou.
Ohana: Yan?
— Hm? — me sento na cadeira do quarto.
Ohana: Não fica longe de mim — ela falou de olhos fechados
— Estou a uns 20 passos de você, pode dormir de boa. — murmuro, olhando ela se cobrir.
Ohana: Yanzinho dorme comigo — ela bateu a mão no travesseiro, só ela me chamava assim.
Me aproximo deitando do lado dela, depois de ligar o ar.
— Pode dormir agora. — beijo a testa dela.
Ohana: Eu fiz merda? — ela sussurrou de olhos fechados.
— não pô. — passo a mão no cabelo dela.
Ohana: Minha cabeça tá doendo e meu corpo também — ela chegou pra perto de mim — você tá bravo, eu te conheço.
— porque você é burra pra caralho. — murmuro negando.
Ela riu fraca e abraçou minha cintura.
Ohana: Yan sua sinceridade é incrível — ela cheirou meu travesseiro — tá com seu cheiro.
— porque é meu né Ohana, vai dormir tô bolado com você. — viro pro outro lado.
Ohana: Meu Deus Yan, vou dormir no quarto da Liz — ela se sentou na cama e tombou pro outro lado.
Puxo ela pro meu peito, abraçando seu corpo.
— dorme Ohana.
Ela puxou a coberta pra gente e se ajeitou no meu peito.
Ohana: Não gosto de você assim comigo, mais não vou sair daqui, você tem o melhor carinho do mundo — ela jogou a perna em cima de mim.
Passo a mão no cabelo dela, fazendo carinho e beijo sua testa vendo ela fechar os olhos.
Eu podia ser o maior otario, mas ela era prioridade.
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Real Vivência [M] - Livro 3
Fanfiction+18 📍Morro da Pedreira - Rio de Janeiro. Quando somos crianças nossos pais desejam tantas coisas pra nós, mas quem conduz nossa vida é nós mesmos isso que é complicado. As vezes tão iguais ao mesmo tempo tão diferentes, nem sempre a mesma aparênci...