três.

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Yan 💨

O bagulho mais errado que eu fiz nessa porra foi vim pra esse baile, a Ohana tinha saído com aquele vapor e eu tava aqui olhando essa porra lotada.

O camarote era pior que lá em baixo, Liz sumiu como sempre deve estar atrás de droga.

Olhei o relógio e marcava duas e meia da manhã, coloquei as mãos no bolso e desci pra ir embora, otário pra caralho tá maluco se foder.

Dante: Cara feia da porra. — desvio o olhar do chão, olhando pra ele, fazendo toque.

— Paciência tá zero hoje, milagre tu colando aqui — encarei o povo passando.

Dante: Renata tava tonteando a mente fiote. — ele gesticula com a mão, levando o copo na boca com a cara séria.

— Tá pegando a maluca ? — mexi a chave do carro no dedo.

Ele nega, rindo de lado com a cara séria ainda.

Dante: tá loucão caralho? — ele me olha. — tô memo. — ele coça a cabeça.

— Tu brotando na Pedreira sabia que tinha buceta no meio, vou partir tô bolado pra caralho, jaé — faço toque com ele e aperto a chave na mão.

Dante: jaé fiote. — ele faz joia, mandando dedo em seguida e sai do meu campo de visão.

Sai do baile com a cara fechada, pegava mais mina do asfalto do que aqui do morro, minha cabeça tava longe.

Ouço meu celular tocando e levo minha mão no bolso já na rua de trás do baile.

Ligação on 📱
— Colfoi Dante .
Dante: se liga, tá ligado a mina lá que tu não fode nem sai de cima? — ele fala alto, por cima do barulho do fundo.
— Hm quê que tem ? — entrei no carro, encostando a cabeça no banco.
Dante: Caralho, deitei o maluco no soco papo dez. — ele fala animado, raramente ele ficava assim.
— Tá onde caralho ? A Ohana tá contigo? — falei bravo.
Dante: A malucona, tá aqui drogada. — ele fala tranquilo.
— Onde caralho manda o papo do lugar que tô indo aí — liguei o carro.
Dante: Pode fazer peneira do maluco ai Romão. — ele gargalha. — No beco do baile, cola aqui, fui.
— Jaé — desliguei o carro e fui em sentido ao beco do baile.

Ouvi os tiros e entrei na viela saindo no beco, a Isa tava sentada olhando pro nada.

Dante: Que foda caralho! — ele grita, rindo. — tá pouco, pipoca mais o maluco.

Cheguei perto dela e vi que ela tinha chorado.

— Ei, olha pra mim. — ergo a cabeça da Ohana, vendo ela distante.

Ohana : Yan me leva embora — ela falou enrolado.

Ajudo ela levantar, segurando seu corpo.

Ohana: Me leva pra sua casa por favor — ela falou baixinho — Eu não tô legal — ela grudou em mim.

— Vou te levar pra casa, calma. — seguro ela em mim, indo pro carro.

Ohana: Tá tudo doendo Yan — ela falou baixo — protege eu — ela falou meio bêbada meia drogada.

— tá tudo bem, tô aqui. — olho pra ela, sentindo o peito doer de ver ela dessa forma.

Coloco ela no carro, passando o cinto. Entro em seguida, começando a dirigir.

Ela ficou em silêncio no carro, parecia que tava longe pra caralho, parei na porta de casa.

Ohana: Fica comigo — ela falou embolado.

— fico. — tiro ela do carro, entrando em casa e subindo direto pro meu quarto segurando ela. — Vou te por na água, tá bom?

Ela balançou a cabeça e sentou no chão do meu quarto.

Ohana: Espera um pouquinho eu não aguento, meu corpo tá estranho — ela falou suando bastante.

— Vou te por lá e você senta no chão. — olho o rosto dela, a ajudando a levantar.

Ohana: Tira meu vestido Yan, você não tem problema — ela falou se segurando em mim.

Tiro o vestido dela, colocando ela no box,deixando na água gelada.

— Senta ai no chão, vou pegar roupa da Liz pra você.

Ela balançou a cabeça ficando de calcinha e sutiã em silêncio se sentando no chão do box debaixo d'água.

Vou no quarto dá liz e pego um conjunto de calcinha fechado la pra ela e um shorts de pijama, voltando pro quarto separando uma blusa minha.

Ela tava sentindo a água cair no rosto dela parada olhando pra nada.

— Acabou? — pergunto, segurando a toalha.

Ela estendeu a mão pra mim.

Ohana: Me ajuda, não olha meu corpo — ela falou baixinho.

Nego com a cabeça, enrolando ela na toalha.

— Consegue se vestir? — coloco a roupa na pia.

Ohana: Talvez amor — ela falou baixo e me olhou nos olhos — me dá um beijo — ela falou um pouco lento.

Nego com a cabeça.

— Vem deitar, você não tá bem. — seguro a mão dela.

Ohana: Você não quer me dá um beijo? Todo mundo quer me dá um beijo Yan — ela falou meio tonta depois de se trocar.

— não com você assim. — levo ela pra cama.

Ela consentiu deitando na cama e me olhou.

Ohana: Yan?

— Hm? — me sento na cadeira do quarto.

Ohana: Não fica longe de mim — ela falou de olhos fechados

— Estou a uns 20 passos de você, pode dormir de boa. — murmuro, olhando ela se cobrir.

Ohana: Yanzinho dorme comigo — ela bateu a mão no travesseiro, só ela me chamava assim.

Me aproximo deitando do lado dela, depois de ligar o ar.

— Pode dormir agora. — beijo a testa dela.

Ohana: Eu fiz merda? — ela sussurrou de olhos fechados.

— não pô. — passo a mão no cabelo dela.

Ohana: Minha cabeça tá doendo e meu corpo também — ela chegou pra perto de mim — você tá bravo, eu te conheço.

— porque você é burra pra caralho. — murmuro negando.

Ela riu fraca e abraçou minha cintura.

Ohana: Yan sua sinceridade é incrível — ela cheirou meu travesseiro — tá com seu cheiro.

— porque é meu né Ohana, vai dormir tô bolado com você. — viro pro outro lado.

Ohana: Meu Deus Yan, vou dormir no quarto da Liz — ela se sentou na cama e tombou pro outro lado.

Puxo ela pro meu peito, abraçando seu corpo.

— dorme Ohana.

Ela puxou a coberta pra gente e se ajeitou no meu peito.

Ohana: Não gosto de você assim comigo, mais não vou sair daqui, você tem o melhor carinho do mundo — ela jogou a perna em cima de mim.

Passo a mão no cabelo dela, fazendo carinho e beijo sua testa vendo ela fechar os olhos.

Eu podia ser o maior otario, mas ela era prioridade.

Real Vivência [M]  - Livro 3 Onde histórias criam vida. Descubra agora