Cento e um

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Ohana 🫦

A Maitê ligou chorando desesperada que o Allan tinha sido preso, a gente se juntou e foi todo mundo pra Minas, e eu peguei o caso pra defender, jamais ia deixar alguém tentar ferrar o boy da minha prima.

Chegamos na casa dela a bichinha tava arrasada devastada, dei banho na Duda e peito pra ela dormir que ficou toda chatinha pela estrada.

Dante: Da pra tirar os bagulho. — ouço a voz dele lá embaixo, com o padrinho.

Desci com a Duda no colo olhando meu padrinho, Dante e Yan na sala.

— Preciso falar com vocês — falei sentando no sofá

Caos: Desenrola, feinha. — ele me olhou, passando a mão no cabelo.

— Me desenrole vocês, o que podem achar do Allan primeiramente, preciso saber pra chegar na delegacia estando dentro da ficha dele, quem vocês pagam dentro da milícia ? — olhei vendo meu tio Ítalo chegar.

Dante: O patente alta mermo, milhões tá estranho esse bagulho. — ele levou a mão na cabeça, pensando.

Caos: Ele não tem passagem, se ligou? Ficha na polícia e nem bagulho nenhum.

— Calma perai — nego com a cabeça tirando a Duda do peito, me ajeitando — segura ela aqui amor, se ele não tem passagem, qual foi o mandado de busca então? a Maitê disse que eles não falaram, mas ela tá nervosa.

Yan: Pode ter sido armado. — ele colocou a duda no colo, fazendo ela dormir.

Dante: Não sei pô, estranho pra caralho logo depois que ele voltou.

— Isso foi situação planejada, mas já tenho um ponto positivo pro nosso lado, não tem motivo da busca, segundo tentaram revistar a Maitê — falei anotando no celular — amor sabe me dizer se ele tem algo fictício no nome dele, preciso comprovar renda desse luxo todo.

Yan: Aqui ele é empresário. — ele me mostrou uns papéis, que nem vi que havia trago.

Peguei os papéis analisando as possibilidades.

— Tudo absolutamente tudo legalizado, imposto de renda lançado né? — encarei o Yan.

Yan: eu que fiz tudo da empresa pra ele. — ele me olhou.

— Então eu vou pra delegacia, preciso falar com ele, preciso ver qual processo tão colocando nele, consegue segurar ela Yan? — olhei pra ele com ela no colo.

Ele concorda com a cabeça.

— Vocês todos menos o Yan, fiquem atentos ao celular vocês todos estão armados, pode ser que no momento que eu bater na delegacia eles apareçam aqui, é de praxe deles fazer isso, então pra não piorar a situação atenção — levantei rápido chamando o Yan pro quarto.

Ele subiu atrás de mim com a nossa filha.

Yan: Conta o que você não quer falar na frente deles amor. — ele sentou na cama, pondo a duda no meio da cama.

Respirei fundo colocando o casaco, viro encarando o Yan.

— Devem ter prova de algo, alguém da facção deve ter dado a cabeça dele amor, eu vou entrar numa briga muito grande, mais vou tirar ele — com ele eu não precisava ser forte ou fria .

Yan: Você é a melhor advogada que tem. — ele se aproximou, beijando meu rosto. — não tenho dúvidas que vai conseguir, o restante da briga eles resolvem...

— Eu preciso entender quem fez isso amor, eu vou conseguir mas vai ser uma briga longa eu acho — abracei ele olhando a Duda.

Yan: Eles vão pagar pra tirar as fichas, se tiver... o comando não pode ficar sem o chefe pelo que meu pai está falando, passaria pro sub.

Semicerrei os olhos abri o notebook.

— Quem é o sub? sabe me falar? — falei descendo rápido pra sala.

Yan: Algum parente da Karine, tio algo assim. — ele fala me olhando. — Roberto Reis, algo assim.

Voltei pra sala vendo todos os homens da família juntos.

Mandei mensagem pra um amigo meu da polícia perguntando do Roberto Reis, e logo ele respondeu que pagaram pra limpar a ficha dele completa semana passada, ou seja check.

— A mando de quem eu já descobri — falei baixo evitando a Maitê ouvir.

Ítalo: Como assim Ohaninha? — meu tio me olhou confuso.

Caos: Quem foi o filho da puta? — ele falou baixo, com as gêmeas no colo.

Dante: Maior cara de traidor no comando pô, 20 foi pra vala mais deu em nada, maior caô.

— Semanas atrás Karine foi humilhada, a vinda deles foi caótica, com todo respeito padrinho — olhei pra ele — soltaram fotos íntimas deles, tudo isso tem dedo da Karine, porém a sucessão da hierarquia da facção é de um tio né? — o Yan fez que sim — da Karine, fui atrás do nome dele e adivinhem? Ele pagou uma grana altíssima, pra basicamente limparem a ficha dele de tudo, tinha artigo 155, 157, 33 e o mais pesado 121, que brincando passava de 40 anos de privado — falei convicta.

Caos: Qual o caô do Allan? — ele me olhou bolado.

Neguei com a cabeça.

— Ai é que tá, ainda não levaram ele pra nenhuma delegacia — falei pesada — Meu receio é não levarem.

Caos: como assim não levaram? — olho meu padrinho transtornado, começando a ficar sem ar.

Otto: Caos caralho, da as gêmeas — vi meu pai pegar a Aurora e a Alice do colo do meu padrinho.

Yan: Pai — o Yan deu a bombinha pra ele — respira pai.

— Até agora não deu entrada em nenhuma delegacia padrinho infelizmente.

Ele negou, levantando com dificuldade, indo pra cozinha da forma que dava.

— Estou aguardando um parecer da onde ele está — mexi no celular novamente esperando uma mensagem.

Maitê: Como assim ele não foi pra delegacia nenhuma? — ela apareceu no topo da escada, com a Liz vindo atrás.

Neguei com a cabeça, respirei fundo.

— Mai vai descansar um pouquinho amiga — respirei fundo tentando disfarçar.

Olho ela negar com a cabeça várias vezes.

Liz: Vem Tetê, vamos lá pra cima. — ela segurou a mão dela.

Maitê: Não mente pra mim só isso, onde ele tá? você não sabe né? — ela me olhou segurando a mão da Liz.

Olhei na sala e abaixei a cabeça negando.

— Mais eu não sei ainda Mai, talvez eles estejam levando ele pro Rio, por isso não chegou em nenhuma delegacia ainda — falei tentando contornar a situação, olhei pra Liz.

Liz: Maitê vem, vamos a Ohana sabe o que está fazendo. — ela murmurou baixo.

Maitê: Só não mente pra mim por favor — ela falou com voz de choro.

A Maitê sempre foi a mais chorona, a mais neném, a mais princesinha e por mais geladeira que eu fosse, tava me doendo.

A Liz levou ela pro quarto e eu respirei fundo.

— Eu vou atrás dele nas delegacias da redondeza, hospital se não encontrar, já vou encarquerar eles, pois tiraram ele daqui 05:00 da manhã, amor me dá seu carro — pedi a chave pra ele.

Yan: Toma cuidado. — ele murmurou baixo. — quer que meu pai vá junto?

Ele era muito fofo todo preocupado comigo, ele não curtia eu dentro de delegacia por conta de ser tão destratada como mulher mas eu não ligava, confiava no meu trabalho e engolia qualquer um.

— Não precisa meu amor, eu chegar com o padrinho é pior, eu vou só, mas vou falando contigo — selei nossos lábios.

Ele fez carinho do meu rosto, concordando.

Yan: Qualquer coisa me liga, certo? — ele sussurrou pra mim.

Real Vivência [M]  - Livro 3 Onde histórias criam vida. Descubra agora