Capítulo 7.1

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Jake

Assim que acordei senti que alguma merda grande estava para acontecer. Peguei meu celular no criado ao lado da cama e verifiquei minhas mensagens e chamadas.

Nenhuma ligação.

Nenhuma mensagem.

Nenhum correio de voz.

Dei de ombros para a maldita sensação, afinal poderia ser somente a porra da minha ressaca. Sabia que não devia ter bebido tanto ontem, mas tinha dias que você só precisava encher a porra da cara e cair morto na cama.

Me estiquei, alongando todos os meus músculos doloridos e agradecendo a qualquer Deus que não havia caído na lábia de nenhuma daquelas cadelas do clube do meu irmão. Porra como eu odiava aquelas vadias!

Eu entendo o apelo de um motoqueiro, as mulheres gostam dessa coisa do couro, o cromado das motos, o motor vibrando entre as pernas, a emoção da estrada, mas eu não fazia parte daquele mundo. Ajudava Luke as vezes claro, mas nunca quis me filiar ao maldito MC.

Gostava de ficar na minha, ter meu espaço, meu canto, controlar minha vida e Deus me ajude se eu aguentaria ouvir as ordens do meu irmãozinho a porra do dia todo. Não mesmo caralho!

Me levantei da cama, franzindo o nariz para o maldito cheiro no quarto. Abri as janelas, me arrependendo imediatamente quando o clarão me atingiu em cheio.

— Filho da puta! — me virei, sentindo a cabeça latejar e puxei toda a maldita roupa de cama do colchão, indo direto para a lavanderia e lavando toda aquela inhaca. Aproveitei e tirei minhas roupas, franzindo o senho para aquela mistura de cheiros horrorosa que só um bar te proporcionava. Jogando-as no cesto fui direto para a cozinha programar a cafeteira antes de tomar banho.

Assim que sai da cozinha a porta da casa se abriu e meu irmão Luke entrou feito um foguete. Parando assim que me viu.

— Porra cara! Cubra seu lixo! Eu não preciso ter essa merda de visão logo cedo.

— Desculpe se meu pau é mais impressionante que o seu irmãozinho. Não se sinta ofendido. Tenho certeza que você sabe trabalhar com o que tem.

— Idiota!

— Franguinho. — provoquei, mas Luke sabia que ele era tudo mesmo isso. Meu irmãozinho era maior que eu. Não de tamanho, eu era um filho da puta alto, mais de um e noventa, mas Luke não era tão mais baixo assim, tinha um e oitenta e alguma coisa, mas o desgraçado era puro músculo. Quase duas vezes mais largo que eu.

— Vem aqui que eu vou te mostrar o franguinho. — Disse flexionando o peitoral, me fazendo revirar os olhos.

— Você pode ser o fodido Pres do seu MC garoto, mas vai ser pra sempre aquele franguinho magricela para mim. Então baixa a crista e me diz que diabos fez você vir aqui tão cedo? Ainda mais depois de ontem. É quase um milagre te ver acordado tão cedo.

— Eu preciso da sua ajuda. — Seu semblante se tornou serio e vi Luke se transformar no temido e respeitado Presidente do MC.

— Mas que diabos Luke. Que raios aconteceu agora? Não! Quer saber, não me conta ainda. Me deixe tomar um café pelo menos primeiro. Minha cabeça esta me matando.

— Vai tomar a porra de um banho seu porco, você esta fedendo. Eu faço um café decente enquanto isso.

— Por isso que eu te amo. — corri até ele e lhe dei um abraço apertado e um beijo molhado na bochecha.

— Deus! Sai pra la porra! Você esta roçando esse lixo em mim caralho! — Me empurra, limpando a bochecha e fazendo uma cara de nojo, mas um sorriso desponta levemente no canto dos seus lábios. Como eu amo a porra desse garoto.

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