Capítulo 17.1

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— Mas que diabos! Serio que vai ficar irritado por causa disso? — ri sem qualquer graça — Você ja foi menos sensível querido. O que esta acontecendo?

— Você vai querer a porra da tatuagem ou não? — digo mostrando o esboço que havia feito enquanto me atormentava. Não era meu melhor trabalho, mas assim que colocasse em sua pele eu lapidaria até que ficasse perfeito. Não importa o quanto ela não merecesse algo tão bom e belo em seu corpo, nunca entregaria um trabalho de merda.

— Claro. Você é um idiota, mas é um puta artista. Não vou deixar sua merda me impedir de ter uma bela tatuagem, eu lutei com unhas e dentes por esse horário e não vou perde-lo por nada.

— Bom. Ja volto. — Digo saindo da sala fumegando até o deposito. Me sento na cadeira, o rosto entre os joelhos e respiro fundo, precisando acalmar minha merda ou acabaria destruindo a porra do lugar.

— Ei! Tudo bem por aqui? — Benny pergunta entrando e fechando a porta rapidamente atrás de si. Não obtendo resposta ela se ajoelha em minha frente, descendo sua cabeça até olhar entre minhas pernas. — Ai esta você. Que diabos aconteceu?

— Só cansado. — ela cerra seu olhos me analisando atentamente.

— Aquela vaca...  o que diabos ela falou ou fez? Eu posso demorar a me levantar daqui, mas quando eu conseguir... acho bom ela correr. — diz irritada me fazendo rir.

— Oh querida, tenho certeza que sim. Eu não iria querer estar no seu caminho.

— Não mesmo! Agora me diz, que diabos aconteceu? Eu podia sentir sua raiva da entrada.

— Só Annete sendo Annete.

— Sinto muito, se meu cérebro não estivesse tão maluci com essa gravidez eu teria percebido quem ela era pelo telefone e não teria agendado.

— Acho que foi um mal necessário B, você viu aquela troca estranha entre Estefano e ela? Acho que ela pode ser uma boa fonte para saber que diabos anda rolando por ai, só vai ser difícil fazer ela abrir a boca.

— Eu vi e não gostei. Meu maridinho tem muito que explicar quando eu chegar em casa. Agora quanto a faze-la falar... isso é fácil. Deixa comigo. Só preciso ir ali na cafeteria rapidinho.

— Tudo bem! Só tome cuidado e pelo amor de Deus não caia. Se você morrer seu marido me mata e eu vou atrás de você nas profundezas do inferno para te matar de novo.

— Querido o único a descer aqui de nós dois é você. Eu sou um anjo.

— Lucifer também era.

— Idiota! Agora me ajude aqui. — Mal a levantei e Benny saiu gingando rapidamente para fora me deixando ali sozinho e confuso. Me sentei no banco apoiei uma caixa no colo e comecei a lapidar melhor a tatuagem antes de passar para o estêncil. Não demorou vinte minutos para deixar tudo conforme queria e sabia que ela iria gostar. Com o estêncil pronto e impresso voltei a sala sendo surpreendido por Annete completamente nua sob a maca.

— Espero que não se importe, estava quente demais. — disse me olhando sobre os ombros.

— Eu não me importo. Mas não se esqueça que a sala não tem porta então...

— Ah! Eu não ligo para isso, tenho muito orgulho do meu corpo.

— Vamos começar então — disse ignorando seu comentário e me aproximando dela — Fiz algumas mudanças, o que acha?

— Uau Jake! Era exatamente isso que queria. Eu amei o primeiro esboço, mas esse...

— Fico feliz que tenha gostado. Agora se vire e vamos começar essa belezinha.

Eu escolho você!Onde histórias criam vida. Descubra agora