Capítulo 8.1

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Assim que saímos do banheiro demos de cara com um homem barbudo bem mal encarado. Não olhei muito para ele, apenas pedi desculpas e tentei contorna-lo para sair, mas o homem se deslocou para minha frente impedindo meu caminho. Quando o contornei de novo ele novamente se móvel me impedindo de seguir em frete, irritada olhei para o homem e senti meu corpo inteiro gelar.

— Eu te conheço. — Ele disse se aproximando de mim e Emma.

— Você deve estar enganado.

— Mamãe... — Emma se agarrou mais forte a minha mão.

— Acertaram as duas em cheio hein! — O cara riu apontando meu rosto e se aproximando ainda mais — Que inferno! Tenho certeza que conheço essa porra de cara. Vou ter que mante-las até descobrir essa merda. — Ele se aproximou, seus olhos nojentos varrendo todo o meu corpo enquanto sua mão avançada tentando me segurar. Dei um passo para trás no mesmo momento que uma mão surgiu e torceu a mão do sujeito em suas costas o fazendo grunhir.

— Que porra você acha que esta fazendo? — Gunter grunhiu no ouvido do homem.

— Mas que inferno cara! Eu só estava batendo um papo com a vadia.— Gunter torceu mais seu braço fazendo o homem gritar.

— Não fale com ela! Não olhe para ela! Nem se quer respire perto dela idiota! — Sua voz soou mais assustadora do que já era, fazendo Emma se esconder atrás de mim. O homem deu uma ultima olhada em nos duas e se virou correndo quando Gunter soltou seu braço. Ele olhou por mais um momento para o idiota antes de se virar para nos.

— Tudo certo? Ele fez alguma coisa?

— Não, ele só nos parou do nada, dizendo que me conhecia. — engoli seco — Será que ele reconheceu nos duas?

— Não sei, mas acho melhor sairmos daqui rápido, o filho da puta é de um MC então com certeza não esta sozinho. — disse olhando ao nosso redor — Que tal uma carona pequenina? Você já esta cansada do chatão do tio Kill? — Gunter se abaixou, tentando ficar na altura de Emma enquanto falava. Quando minha pequena não foi direto para ele como de costume eu percebi como aquilo machucou o grande homem e seu corpo todo se enrijeceu. — Me desculpe doce Emma eu não queria ter te assustado. O tio só não queria que aquele homem mal fizesse algo com você e sua mãe. — Ele continuou olhando para ela, mas Emma não se mexia. Quando seus ombros caíram e ele estava pronto para se levantar e sair, Emma saiu de trás de mim e se jogou em seus braços, abraçando fortemente seu pescoço.

— Obrigada tio Gun, ele queria levar a gente. Eu não quero ir com ele. Ele me da medo.

— Ninguém vai levar vocês pequena. Eu prometo. Agora que tal largar o bostão do Kill e viajar na minha moto? Ela tem o banco muito mais confortável que a dele, então seu popo não vai ficar dolorido. — Emma riu em seu pescoço e Gunter a abraçou fortemente, levantando-a com ele. Meu coração derreteu com o carinho e quando nossos olhares se encontram eu agradeci a ele silenciosamente. Ele estendeu sua mão e saímos o mais rapidamente daquele lugar.

Quando chegamos até as motos, a conversa divertida que parecia estar rolando morre. Algo no rosto de Gunter deve ter alertado a todos, por que seus olhos varrem todo o estacionamento ao nosso redor.

Gunter coloca Emma no chão e toma um pouco bruscamente demais a mochilinha que Kill segurava, o homem reclama, pronto para uma briga, mas eu me aproximo e passo meu braço por sua cintura falando baixinho com ele.

— Acho que ele precisa disso querido. Emma ficou com um pouco de medo dele e acho que isso deixou ele bem chateado.

— Porra! Que diabos aconteceu lá dentro? Por que a pequena ficaria com medo dele?

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