Capítulo 29.1

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— Nossa Emilia! Me desculpa! Porra! Foi tão insensível e fútil da minha parte.

— Para com isso! Toda a mulher se preocupa com isso em algum momento e o nosso corpo muda muito com a gravidez, é normal se sentir insegura com isso. Mas não deixe a opinião das pessoas ou um determinado padrão de beleza determinar como se sente com seu corpo. Você tem que se amar como é, se aceitar. Se algo te incomoda vá atrás e resolva isso, mas faça por você não pelos outros. Por que uma coisa que eu aprendi é que não importa o que a gente faça, nunca vamos agradar as pessoas. Então para quer sofrer por uma aceitação que nunca vai vir?

— Oh Emilia — Betanie pula em mim com seu barrigão entre nós e me da a porra de um abraço tão apertado que dói, me fazendo soltar um leve gemido de dor. — Você é uma mulher incrível. Não deixe o que aconteceu no seu passado atrapalhar o seu futuro. Não deixe aquele desgraçado fechar seu coração ou interferir nas suas decisões. Você fez o que precisava. Você foi forte, corajosa, determinada, uma porra de guerreira e uma mãe maravilhosa para aquela menininha. Você é foda e pode enfrentar qualquer coisa e saiba que você não precisa passar por nada disso sozinha. Além daqueles quatro motoqueiros gigantes, conte comigo, para qualquer coisa. Se você precisar de uma amiga, um ombro amigo, um ouvido para desabafar ou até mesmo a porra de uma ajuda para esconder um corpo, eu vou esta aqui pronta para te ajudar com a pá na mão, a qualquer hora em qualquer lugar, só chamar que eu to lá. — ela se afasta me olhando nos olhos e eu vejo as lagrimas rolando por seu rosto, sentindo meus próprios olhos arderem de emoção.

— Ah não mulher! Nada de chorar ou eu choro também. — fungo em meio a uma risada sem graça — Muito obrigada por suas palavras, serio, é bom ser lembrada as vezes do quão forte você é, mesmo quando o mundo parece querer te provar o contrario.

— Você é tudo Emilia, menos fraca. E se for preciso eu vou repetir isso todos os dias para você até entrar nessa sua cabeçinha. — cutuca minha testa de leve me fazendo rir.

— Obrigada! Amigas então? — pergunto limpando uma lagrima fujona.

— Claro! Mas oh garota! Você não sabe onde se meteu me aceitando como amiga — Betanie ri alto me fazendo rir junto.

— Oh céus! Não me faça me arrepender disso — brinco rindo.


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Com tudo arrumado a festa finalmente havia começado. Eu estava morrendo por dentro por saber que eu teria que agradecer o idiota por tudo isso mais tarde. Ele e Betanie haviam feito um trabalho excelente, eu não podia negar.

A decoração estava toda em preto, roxo e branco, lotada de pequenas caveirinhas aqui e ali. Emma ficou enlouquecida vendo cada detalhe depois que montamos tudo e Betanie deixou ela finalmente ver o resultado.

Os caras haviam retirado todos os moveis da sala, deixando somente a tv e uma pilha enorme de desenhos animados, os favoritos de Emma. Por todo o chão havia colchonetes espalhados, para as futuras sessões de desenho que estavam por vir. A comida estava maravilhosa, havia cachorro quente, cupcakes, macarrão com queijo, salgadinhos, docinhos e tudo mais que uma criança e um bando de marmanjos pudessem querer, em uma quantidade absurda. Mas independente de toda a beleza da decoração e o sabor maravilhoso da comia, todos estavam felizes e se divertindo juntos. Por hoje todos concordamos em esquecer o amanha e aproveitar o hoje. Não haveria tristeza do que estava por vir pela frente, só haveria felicidade, amor e muitas brincadeiras.

Minha pequena estava no paraíso, brincando, conversando, contando historias e se divertindo com todos ali. Ninguém ficava de fora de nada, ela queria todos juntos e assim o fizemos, exceto por Benny, que em seu atual estado de gravidez não podia participar de todas as brincadeiras, então ela se tornou nossa fotografa oficial, registrando todos os momentos.

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