Capítulo 22.1

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— Tudo bem! Mas não pode gritar um com o outro. O papai sempre gritava e a mamãe diz que gritar é feio.

— Sua mãe é muito esperta.

— A mais esperta de todas as mamães. E ela também conta as melhores historinhas.

— Serio? Por que você não me conta uma.

— Hum... Deixa eu pensar. — Ela coloca o dedinho na bochechinha e pensa... pensa... pensa... — Ixi! Eu não lembro — da uma risadinha fofa.

— Tudo bem — rio — Será que um dia ela me deixa ouvir uma com você? Eu adoro historias.

— Acho que sim, mas tem que perguntar ela.

— Combinado. Posso te pedir uma coisinha? — ela sacode a cabeçinha aceitando — Quando sua mãe acordar ela ainda vai estar bem fraquinha, então você precisa ir com calma com ela. Ela não vai conseguir brincar por muito tempo, nem se esforçar ou falar demais. Então se quiser uma historia, tem que ser uma bem pequenininha, igual você — bato um dedo de leve em seu narizinho e ela ri.

— Eu não sou pequenininha tio! Eu já sou uma mocinha grande.

— Não acredito! Como eu não vi isso?! — brinco rindo, quando um vento frio nos atinge e Emma da uma leve estremecida — Que tal entrarmos agora? Esta começando a ficar friozinho demais aqui para você e temos que ver como esta a sua mãe.

— Ta bom! — Ela pula do meu colo e me entrega o casaco. — Obrigado tio.

— De nada florzinha, mas vamos deixar isso até você entrar em casa ok?! —digo colocando o casaco sobre seus ombrinhos de novo. Andamos até a porta e quase solto a porra de um grito quando me deparando com uma Emilia pálida feito um papel enrolada em um lençol.

— Quem diabos é você? E o que esta fazendo com a minha filha? — pergunta ofegante, mal se aguentando em pé.

— Mas que porra você pensa que esta fazendo fora da cama mulher? — digo avançando quando vejo suas pernas tremerem e seu corpo começar a desabar.

— Me solta! Corre Emma! — Emilia diz me batendo ou tentando, por que esta tão fraca que mal sinto seus golpes.

— Da para sossegar caralho! Você vai acabar se machucando mais do que já esta!

— Me solta! Socorro! Corre filha! — Emma solta uma risadinha.

— Você é tão bobinha mamãe! Esse é o tio Jake, ele esta cuidando de você, não precisa ter medinho dele. E você dona mamãe, não deveria estar fora da cama. — diz seria colocando as mãozinhas na cintura. Deus! Que coisinha mais fofa.

— O que? Tio Jake? Mas... Oh merda! Você! Essa voz! Eu conheço você!

— Sim dona encrenca. Eu mesmo, o cavalheiro que quis tentar ajuda-las e você soltou os cachorros em cima.

— Seu filho da...

— Epa! Epa! Epa! Temos uma florzinha aqui, olha a língua. — Emilia fecha os olhos, respirando pesadamente. — Mas que merda mulher, você não deveria ter saido da cama.

— Tio, acho que a mamãe machucou. — Emma aponta assustada para o braço da mãe e o lençol cobertos de sangue.

— Oh merda! Você arrancou o acesso! Por Deus Emilia! Você merecia a porra de uns bons tapas na bunda viu! Você por acaso não se lembra do que aconteceu caralho?!

— Não pode bater na mamãe — Emma diz com o senho franzido.

— É só jeito de falar pequena, juro que não vou bater na bunda dela, por mais que ela mereça. — sussurro essa parte, olhando rapidamente para Emilia e vendo seu revirar de olhos.

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