Jake
Três dias depois...
Finalmente Emma estava tendo alta, o medico havia acabado de deixar os papeis e sair, quando as enfermeiras apareceram para se despedir da pequena e nos informar que todos os registros de Emma haviam misteriosamente desaparecido, assim como as gravações dos dias em que estivemos aqui.
Maldito Estefano, merecia a porra de um beijo esse filha da puta!
Agradeci as duas mulheres a minha frente com a porra de um sorriso aliviado no rosto. Menos um problema.Enquanto conversávamos um pouco sobre os cuidados pós-operatórios de Emma, olhei bem para uma das mulheres. Porra! Esse rosto não me era estranho. Parecendo notar minha atenção excessiva a mulher se aproximou um pouco mais.
— Você deve estar se perguntando de onde me conhece? — diz com um sorriso tímido.
— Porra, sim! Desculpa a encarada, mas a gente se conhece de onde?
— Você e seu irmão me ajudaram a... — diz meio sem graça e eu a interrompo, ela não precisava reviver aquilo.
— Isso! Porra, bom saber que as coisas estão dando certo para você. Fico feliz com isso.
— Eu que agradeço por tudo. — diz toda timidamente e me abraça. Levo um susto no inicio, mas retribuo o gesto.
— Não tem que agradecer, não mesmo porra. — bato em suas costas — Só de saber que você esta bem e se mantendo firme, já é a porra de um agradecimento. Espero que você esteja conseguindo conquistar tudo que sempre desejou e principalmente que esteja feliz.
— Sim, Sim, eu estou. — se afasta e limpa rapidamente os olhos. — Aqui — diz me estendendo um pequeno pedaço de papel — Esse é meu número e o de Clara, se precisarem de alguma coisa, qualquer coisa mesmo e só nós ligar que nós ajudaremos com tudo.
— Pode deixar. Valeu pela ajuda. — guardo o papel no bolso e sua amiga se aproxima depois de conversar com Emma e Emilia.
— Tudo certinho com a pequena, então já podem ir. Nós já desligamos as câmeras, vocês tem uns dez minutos para sairem sem problemas.— sorri e eu aceno — Só preciso que você pegue a cadeira de rodas para ela, ali fora comigo. É uma regra do hospital, sabe como é.
— Sem problemas. Vamos lá! — elas se despedem e saímos.
— Prontas? — Pergunto assim que entro no quarto, congelando no lugar ao ver Emilia. Que diabos de carranca era aquela? — O que foi? Aconteceu alguma coisa? — Olho para Emma em busca de algo errado, mas ela estava perfeitamente bem brincando com seus ursinhos — Ooook então — ignoro a fera e vou até Emma — Sua altera, sua carruagem esta a sua espera — faço uma leve mesura que fez Emma dar uma linda e doce risadinha — pego sua mãozinha e a beijo imitando a porra daqueles príncipes dos desenhos que ela tanto amava. Ela enruga seu narizinho divertida com minha palhaçada e com um doce sorriso ergue deus dois bracinhos. E eu pego minha coisinha mais preciosa nos braços e a coloco com todo cuidado na cadeira.
— Partiu casa! — digo animado, comemorando como o inferno a liberdade desse lugar. Pego as as malas que Bennie havia feito para nós no caminho no mesmo instante que Emilia. Nossas mãos se tocam, presas na mesma mesma alça. Ficamos nos encarando por um tempo, e rio, me divertindo com seu mal humor. Inferno de mulher confusa. Cansado e precisando sair daqui rápido, dou um leve puxão, ela tenta segurar, mas eu arqueio uma das sobrancelhas em desafio e ela bufa, soltando-as enquanto me olha com assassinato nos olhos. Sorrio e ela se agacha ao lado da cadeira de Emma, evitando meu olhar.
— Esta tudo bem mesmo meu amor?
— Eu estou bem mamãe. — da um beijo em sua bochecha e puxa Emilia para um abraço — Eu te amo.
— Também te amo. Um muitão beeeeeeeeeeem grandão! — Emma sorri e Emilia lhe da um rápido beijo antes de se levanta e finalmente saímos dessa porra de lugar.
Assim que saímos do quarto os seguranças que Estefano se aproximam e nós escoltam cuidadosamente até o carro. Odeio essa merda, mas não é só minha vida em risco aqui, então deixo que façam seu trabalho.
Seguimos em um silêncio até em casa, teria sido desconfortável se eu não estivesse atento ao redor em busca de qualquer merda, mas como estava, ignorei o que quer que estivesse acontecendo naquela cabeça maluca da Emilia e foquei em chegarmos em casa em segurança.
— Hum... Legal sua amiga ter nós ajudado — Emilia solta do nada. Olho para ela com uma sobrancelha erguida, completamente confuso.
— O que?
— Sua amiga, a enfermeira? Do abraço? — Não consigo segurar o riso.
— O que?
— Inferno Emilia! — rio mais ainda — Isso é ciúmes?
— O que? É Obvio que não! Por que eu teria ciúmes de você? Mal te suporto na maioria dos dias.
— Bem... É o que parece. — provoco.
— Só nos seus sonhos querido — cruza os braços sobre o peito. — Quer saber? Esquece. Só estava tentando puxar assunto — Um silencio de merda se instala e porra, meu sorriso é tão grande que sinto a porra do meu rosto doer.
— Ela não é uma amiga — digo, não fazendo a maldita ideia do porque, afinal ela não tem nada haver com a minha vida — É uma das mulheres que ajudei Luke com seu programa. Nem todas saem, algumas chegam a cidade, gostam e decidem ficar, se sentem mais seguras sabendo que o MC esta por perto. Não são muitas, mas a enfermeira era uma... Mas que porra é essa? — grunho quando avisto varias motos paradas ao redor da minha casa. Meu corpo se retesa e estou pronto para sair dali quando reconheço a moto do fodido do meu irmão.
Acelero.
— O que? O que esta acontecendo? — Emília pergunta, olhando ao redor assustada.
— Não é nada, só o imbecil do meu irmão. Eu vou matar aquele filho da puta!
— Você sabe que são filhos da mesma mãe certo? — pergunta toda engraçadinha. Me viro olhando para irritado, mas a bruxa apenas ri e da de ombros. Estaciono o carro de qualquer jeito na entrada e saio.
— Fica aqui, ja volto.
— Por que? — claro que ela não iria ser um ser humano do bem e me obedecer sem criar problemas — O que esta acontecendo? Por que tem tanto deles aqui?
— Até onde sei nada — digo em uma mistura de cansaço com irritação — mas não se preocupe que já já eu descubro, só preciso dar uns cascudos no meu irmãozinho primeiro.
— Ah pelo amor de Deus! — reclama, mas a ignoro e saio.
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Continua...
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Eu escolho você!
RomanceEmilia amava tudo que contasse uma historia, não importava se vinha em forma de livros, pinturas, musicas ou um vaso sanitário da década de 20. Ela amava imaginar a historia por trás de cada coisa e foi assim que saiu de uma minúscula cidade no Bras...