Capítulo 42

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Emilia

1 mês depois

Eu havia acordado com um mal pressentimento, uma queimação horrível no peito, que chegava a doer fisicamente.

Tentei dizer a mim mesma que não devia ser nada, apenas mais uma das minhas paranóias, mas a medida que o dia se passava mais essa sensação ruim se apoderava de mim.

Não ajudou que Emma estivesse quieta demais desde que acordou. Tentei anima-la com alguns jogos, brincadeiras, historias, filmes, mas nada funcionava. Minha pequena só queria ficar agarradinha ao meu lado, então assim fizemos. Mas a medida que as horas se passavam Emma se tornou cada vez mais inquieta. Seu pequeno corpinho se agitando, tremendo ao meu lado com uma febre inexplicavelmente alta aparecendo do nada. 

Enquanto procurava desesperadamente um antitérmico nas coisas de Jake, Emma se contorcia no sofá partindo meu coração a cada gemido de dor que deixava escapar. Amaldiçoei cada maldito armário e gaveta que abria não encontrando a porra de um remedio de dor sequer. Inferno! Onde diabos Jake poderia esconder a porra dos remédios?

Minhas mãos tremiam enquanto abria a ultima porta do armário só para encontra-lo vazia. Mal havia me virado para verificar Emma quando minha pequena soltou um grito tão agoniado de dor que aquele maldito som ficaria gravado na porra da minha alma para sempre.

Congelei por um maldito instante, sentindo aquela dor em meu peito triplicar, queimar, me tirando todo o ar. Então corri... quase não chegando a tempo de segurar seu corpo enquanto se erguida e vomitava ao lado do sofá.

Segurei seu corpinho tremulo e suado com uma mão, enquanto prendia seus cabelos com a outra, esperando ela vomitar tudo que fosse preciso. Sua pele queimava contra a minha, parecendo aumentar assustadoramente a medida que os minutos se passavam. Nesse momento eu já estava em completo pânico. ela nunca havia ficado tão mal assim, nunca. 

Quando Emma finalmente termina seu corpinho tomba exausto sobre o meu, não penso duas vezes, seguro ela contra meu peito e corro até o banheiro, pegando o telefone sem fio no caminho. Cada fibra do meu ser treme com puro terror e meus dedos instáveis erram o maldito número varias vezes até que finalmente consigo acertar e ligar.

Coloco o telefone sobre o ombro e espero ansiosamente a voz de Jake aparecer do outro lado da linha, enquanto isso limpo Emma, tirando a roupa suja de seu corpinho mole e a colocando embaixo do chuveiro gelado. Ela reclama a cada instante, seu corpinho se arrepiando de frio, mas é a única forma de ajuda-la no momento. Converso com ela a todo instante, pedindo desculpas, perguntando o que ela esta sentindo, mas minha pequena não consegue falar, apenas gemer de dor.

Amaldiçoo quando a chamada cai na caixa postal.
Respirando fundo ligo novamente, segurando fortemente Emma sobre a água fria. Ela se contorce tentando fugir de mim enquanto chora, mas mesmo sobre a água gelado seu corpinho não esfria. O telefone toca uma, duas, três vezes ate que mais uma vez Jake não atende a merda do celular.

— Mas que inferno! — amaldiçoo pensando no que diabos posso fazer agora. Não sei o número de mais ninguém e verdade seja dita não faço sequer ideia da porra do nome do studio de tatuagem para sequer tentar ligar para lá. Porra!

— Mamãe... — Emma geme, seus dentinhos tremendo de frio.

— Eu sei meu amor, mas a mamãe tem que fazer isso. Temos que abaixar essa febre querida. Vai ficar tudo bem a mamãe promete. — digo fazendo um leve carinho em seu rostinho enquanto seguro seu corpinho um pouco mais sobre a agua gelada.

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