Capítulo 14.1

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Com todos satisfeitos e prontos para partimos, seguimos até o carro esperando enquanto os caras roubam algumas placas e trocam pelas nossas. Todos olhamos ao redor tomando conta e quando finalmente podemos respirar mais tranquilos, partimos rapidamente.

Estávamos a uma hora do nosso destino quanto Luke entrou em contato

— Tiger. — diz atendendo o telefone e colocando a chamada no viva voz.

— Onde vocês estão?

— Perto.

— Ótimo, também estamos. Tenho algumas descobertas para compartilhar. Se mantenha atento por que a coisa esta mais complicada do que imaginávamos e Jeff acabou de me ligar. Ganhamos um pouco de tempo graças a merda de recepção no celular, mas não vou poder demorar muito para retornar, por mais que o filho da mãe mereça.

— Certo. Vamos apressar as coisas aqui. — diz simplesmente e desliga a chamada.

— Serio? — pergunto para ele incrédula.

— O que?

— Vocês ja ouviram falar de oi, tudo bem e tchau? Essas três palavrinhas onde você inicia e termina uma conversa.— Tiger revira os olhos rindo.

— Somos práticos, não perdemos tempo com essas coisas.

— Isso não é ser pratico é ser mal educado. Sabe como é difícil fazer Emma não repetir o tanto de palavrão que vocês dizem perto dela? Ela soltou um porra outro dia do nada enquanto brincávamos. Eu não sabia se ria, brigava ou enforcava vocês.

— Oh merda! Desculpa porra! Eu nunca parei para pensar nisso, ela sempre foi tão boa, nunca repetiu nada, então... — diz sem graça me fazendo rir.

— Sem problemas, eu nem vou pedir que tentem diminuir o palavreado na frente dela por que é gastar energia atoa. — digo dando de ombros.

— isso é um fato. — o cara de pau ri.

— Eu desisto de vocês. Agora é serio Tiger, se o Kill levar minha filhinha de novo pra escolher placas para ele roubar eu vou furar as bolas dele com um picador de gelo.

— Caralho Emilia! — ele geme cruzando as pernas em uma dor fantasma pelo amigo.

— Eu to falando serio. Ela vê vocês fazendo isso e acha que pode pegar o que quiser sendo dela ou não. É difícil para ela entender quando eu digo que não pode, que é feio, mas vocês fazem e não acontece nada. Crianças aprendem copiando o que veem.

— Eu sei, isso foi uma merda fodida. Gunter já resolveu isso. Não vai se repetir, prometo.

— O que ele fez?

— Você não vai querer saber. — diz com um sorriso diabólico nos lábios.

— É... as vezes a melhor escolha é a ignorância — Rio e me aconchego a janela apreciando a paisagem.

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Minha pele coçava em antecipação. Duas ruas, faltavam somente duas ruas para que chegássemos ao nosso lugar seguro e eu finalmente pudesse respirar aliviada pela primeira vez em muito tempo.

Bem... isso foi até virarmos a esquina e sermos surpreendidos por um bando de motociclistas. O lugar estava pouco iluminado, mas acreditava ter contado uns dez homens parados ali, nos olhando com enormes sorrisos de merda, como se já tivessem ganhado essa porra.

Não mesmo seus bastardos!

— Caralho! Se abaixa Emilia! — Tiger diz parando o carro uns bons metros de distância dos idiotas.

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