Troca de serviços

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Quando ambos terminamos de nos satisfazer, dona Fátima afastou seu corpo de mim deixando meu pênis sair por completo de dentro dela com um ultimo gemido.

Depois apenas nos sentamos dentro da água, um de frente pro outro, nos encarando em silêncio até ela esticar suas pernas na minha direção e exigir sua massagem nos pés.

Ela se recostou relaxada, as costas e a cabeça apoiadas na borda da banheira, os olhos fechados e um ar de satisfação no rosto enquanto a água agitada batia em nossos corpos e eu gastava um bom tempo apertando cuidadosamente cada um dos seus pés e pernas.

Não houve conversa a respeito do que havia acabado de acontecer, apenas silêncio e um bocejo que dona Fátima soltou preguiçosamente.

Quando terminei, ela apontou onde estavam as toalhas e me mandou tomar uma ducha para tirar o sabão do corpo. Durante todo o tempo ficou me observando através do vidro do box enquanto eu me lavava.

Engraçado como mesmo depois de tudo o que havíamos acabado de fazer, lá estava eu envergonhado de tomar banho na frente dela.

Assim que acabei, ela saiu da banheira e disse que eu já podia me vestir. Foi sua vez de entrar no chuveiro e também tive minha cota de voyeur, mas ao contrário de mim dona Fátima não parecia se incomodar nem um pouco com meu olhar, pelo contrário, era como se gostasse.

Eu queria poder dizer que saímos da sala de banho da mesma forma que entramos, mas isso não seria verdade.

Usávamos sim as mesmas roupas.

Eu em meu uniforme branco e ela em seu roupão de seda azul.

Mas no que se refere a mim, pelo menos, não me sentia mais o mesmo.

Sentia como se algo tivesse ficado para trás e por mais que não soubesse o que isso significava, tinha certeza que logo iria descobrir.

Seguimos dali para a sala de massagem e vi dona Fátima indo até uma das prateleiras onde pegou sua bolsa.


- Dona Fátima... – comecei dizendo, me sentindo mal ao perceber que ela se preparava para me pagar.

- Você vai dizer que eu não preciso te pagar? – ela se antecipou sem sequer olhar para mim e com um tom sério de voz.

- Sim. – mas fui completamente ignorado.


Ela separou o dinheiro e segurou as notas entre seus dedos se aproximando de mim.


- Eu estou te pagando, Gabriel, por que não quero que você tenha a ideia errada. – e lá estava a dona Fátima séria e altiva que eu conhecia. Mesmo com o coque desfeito e só de roupão, aquela mulher sabia como se impor. Era até difícil de acreditar que ainda minutos atrás ela estava xingando e gemendo daquele jeito pervertido. – Quero que você aceite esse dinheiro sabendo que a nossa relação não é outra senão profissional. Você é meu massagista e eu sou sua cliente. Nada além disso.


Aquilo foi bem direto, preciso e fácil de compreender.

Acabou sendo até mesmo engraçado já que até aquele momento eu não havia pensado na coisa toda por esse lado.

Para mim dona Fátima me pagava como parte do teatro e do risco que ela mesma corria ao se aproximar sexualmente de mim. Algo como uma forma extra de me convencer a não falar nada para ninguém e de me motivar a continuar atendendo suas necessidades.

Nunca havia passado pela minha cabeça que ela pudesse ter receio de que eu começasse a vê-la de outra forma senão como cliente, assim como também nunca havia passado pela minha cabeça a ideia de vê-la de outra forma senão como cliente.

Por trás do toqueOnde histórias criam vida. Descubra agora