Sentir novamente o corpo da dona Fátima daquele jeito teve um novo impacto sobre mim e me fez perceber que eu não estava nem perto de entender o que se passava em sua cabeça.
Todas as desculpas e histórias que eu havia criado em minha mente depois da sessão de terça feira foram descartadas de uma só vez conforme meus dedos deslizavam pra cima e pra baixo num ritmo lento criando uma pressão leve sobre seu clitóris.
Dona Fátima manteve sua mão junto da minha, gentilmente segurando-a posicionada ali e coordenando o movimento dos meus dedos conforme sua vontade.
Ela claramente queria aquilo. Mas e eu?
Abri meus olhos para contemplar a situação e vi dona Fátima deitada diante de mim.
Seus cabelos loiros espalhados, seus olhos fechados e seus lábios vermelhos entreabertos.
Sua respiração movendo seu peito, lentamente balançando seus seios firmes e os mamilos rígidos dentro do sutiã.
Sua pele lisa, arrepiada na barriga, braços e pernas.
Sua mão sobre a minha por cima da calcinha preta tão pequena que mal cobria o sexo.
Aquela era uma visão e tanto.
Depois da sessão da terça feira e de tudo o que eu tinha pensado também havia chegado a várias observações em relação a mim mesmo e meu papel naquilo tudo.
Havia concluído que talvez fosse realmente melhor se a coisa toda não se repetisse.
O motivo?
Bem... Apenas para me poupar de por em palavras, respondam em seus próprios pensamentos:
Como vocês chamariam alguém que satisfaz sexualmente outra pessoa em troca de dinheiro?
Pois é... Exatamente... Você entendeu...
Talvez a coisa toda não lhe pareça tão problemática e também é verdade que eu não estava exatamente desconfortável com a parte prática.
Mas posso dizer que a imagem que tive a meu próprio respeito depois de pensar no assunto não se encaixava como um reforço positivo para minha auto estima.
Eu tinha dezesseis anos e ainda sofria com dilemas amorosos sem sequer ter dado meu primeiro beijo.
E assim, se até terça feira passada eu ainda ansiava por repetir a experiência, agora, apesar de excitado, me perguntava se não seria melhor parar o que estava fazendo e deixar de atender dona Fátima pra sempre.
Esse exato pensamento percorria minha mente quando, ironicamente, o dilema foi resolvido da maneira mais simples possível.
Dona Fátima se moveu na maca e com a mão livre alcançou a parte de baixo da sua calcinha afastando-a para o lado. Então pegou meu dedo indicador e o deslizou por toda a extensão da fenda entre os grandes lábios, partindo do clitóris para baixo.
Quando finalmente chegou onde queria ela o forçou ali e senti os lábios cedendo, se abrindo e meu dedo se molhando na entrada quente de sua vagina.
Foi o suficiente para que eu percebesse de imediato que independente do quanto minha razão julgasse aquilo como errado, minhas emoções determinavam que eu não poderia estar em melhor situação.
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Por trás do toque
NonfiksiGabriel é um garoto tímido de dezesseis anos que empurra a vida com a barriga evitando pensar sobre o futuro. Tudo estaria ótimo se não fosse por seus pais decidindo que já é hora dele começar a trabalhar e assim, influenciado por sua melhor amiga N...