Antes de começar a escrever, estava pensando e cheguei a conclusão que não saberia como classificar a sucessão de eventos desse dia.
Eu peguei o elevador até o andar, desci no hall, toquei a campainha e assim que Dona Fátima abriu a porta, me agarrou e puxou pra dentro.
Ela fechou a porta com pressa, me encostando contra a parede logo em seguida e forçando sua língua pra dentro da minha boca num beijo agressivo. Senti gosto de vinho e sua mão passando me segurando pelos cabelos.
Dona Fátima mordeu meu lábio inferior e depois se afastou tomando ar, mas ainda me mantendo contra a parede com uma das mãos bem no meio do meu peito.
- Dona Fát...
- Shhhh. – e colocou o dedo em frente aos lábios enquanto com a mão livre desabotoava sua camisa.
"O que esta acontecendo?" – me perguntei mentalmente e olhei ao redor, temendo que houvesse mais alguém ali, mesmo sabendo que dona Fátima devia ter se livrado de Rebeca e das empregadas.
Foi só então que percebi a musica alta e achei curioso não ter notado isso assim que desci do elevador.
Direcionei então meu olhar para a mulher na minha frente que me encarava como um predador.
Seu comportamento estava longe do que eu classificaria como normal e me perguntei quantas taças de vinho ela havia tomado.
Dona Fátima terminou de abrir a camisa e baixou um lado do sutiã expondo o seio volumoso.
- Abre a boca. – mandou e novamente me agarrou pela cabeça e pelos cabelos, me puxando pra junto de si.
Eu apenas obedeci, abrindo a boca e sentindo minha língua tocar seu mamilo durinho.
Ela gemeu e de olhos abertos a vi suspirar mordendo o próprio lábio.
-Chupa forte! – e agarrou uma das minhas mãos que logo em seguida levou para debaixo de sua saia.
Ela já estava sem calcinha e sua vagina se abriu encharcada para o meu dedo num gemido alto.
Eu obedeci, chupando mais forte seu seio e enfiando um dedo para dentro dela de uma só vez, mas não sem me sentir culpado.
"O que eu estou fazendo?" – pensei, lembrando de Bianca e de tudo o que eu sentia por ela. Pensando nos meus pais e na história da amante...
E ainda assim, ao mesmo tempo, percebia meu pênis se ouriçando e endurecendo dentro da minha calça.
Era como se meu corpo e minha mente brigassem. Minhas emoções pareciam um oceano em tempestade no qual eu tentava navegar dentro de um barquinho a remos.
Se eu dissesse que não queria, o que aconteceria?
Se eu simplesmente parasse?
Eu queria parar?
O que eu queria afinal?!
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Por trás do toque
Non-FictionGabriel é um garoto tímido de dezesseis anos que empurra a vida com a barriga evitando pensar sobre o futuro. Tudo estaria ótimo se não fosse por seus pais decidindo que já é hora dele começar a trabalhar e assim, influenciado por sua melhor amiga N...