Capítulo vinte.

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Belisa.

Deitei de conchinha pra dormir com o moreno já passava das quatro e quarenta da manhã. Eu amo dar, mas sei que vou me fuder é no trabalho morrendo de sono!

Dormi até sete e meia, Roger ainda dormia pesado e eu estava com a buceta e as pernas doloridas. Mas com jeitinho levantei e acordei o bofe até porque ele disse que ia me levar pro trabalho e olha que hoje eu estava mais perto do que nunca.

Roger: Tu não vira essa bunda pro meu lado de novo que eu vou acabar te comendo de novo. - passou por mim, já vindo do banheiro só de toalha e bateu na minha bunda.

Belisa: Isso dói, seu puto. - passei a mão onde ele tinha batido.

Roger: Passou a madrugada toda gemendo e pedindo tapa e agora fica com esse cu doce. - me olhou de olhos cerrados - Ai Roger, vai, soca seu filho da puta! - me imitou e eu comecei a rir.

Belisa: Cala a boquinha, a culpa foi do vinho.

Roger: Vinho né? Sei e eu sou virgem. - negou com a cabeça - Bora, nós vamo tomar café ainda.

Belisa: Acho que não vai dar tempo não.

Roger: Qualquer coisa é engarrafamento na Brasil, mas tu vai tomar café comigo sim.

Belisa: Tu tá muito mandão pro meu gosto, se orienta em bofe.

Roger: Bofe é meu piru, bagulho de viado. - me puxou pelo cabelo e me trouxe pra perto dele.

Ali a gente se beijou de novo, coisa leve e bem tranquilinha. A gente saiu do motel e ele parou numa padaria, a gente tomou esse bendito café e de lá ele me deixou no trabalho. Me despedi dele com direito a beijo na testa que ele me deu, desci do carro e ele foi embora.

Paula: A noite foi boa, bicha? - veio da copa com uma xícara de café.

Belisa: Eu tô destruída, amiga. Tomei um chá de pica insano! - coloquei a bolsa dentro do móvel que fica atrás da minha cadeira e me sentei na minha cadeira.

Paula: Tá porra! - deu risada - Então escuta essa aqui pro teu lance continuar escondido, teu irmão bateu lá em casa. - falou baixo e eu abri olhão.

Belisa: Mentira. - botei a mão na boca - E aí? Tu falou o quê?

Paula: Diz ele que foi na NH buscar um bagulho, mas conheci a cara do caô na hora! Falei pra ele que tu saiu mais cedo porque hoje era teu dia de abrir.

Belisa: E ele comprou esse caô?

Paula: Falei que a Dani te ligou e mandou tu ir, repete essa história pra ele e o resto eu me garanto. - sorriu safada.

Belisa: Tu botou meu irmão na tua cama não foi? - liguei o computador.

Paula: Quem disse que só tu pode se divertir? Tô uma seda hoje! - riu e abriu o sistema dela - Me conta, como foi?

Belisa: Foi gostoso! Ele me levou pra comer um japa, a gente conversou, tomei um vinho e aí né…

Paula: Tu jantou pra ser jantada depois! - riu.

Daniele: Posso saber o motivo que as mocinhas tanto riem? Se não perceberam, tem paciente na sala. - disse chegando com o mau humor de sempre.

Belisa: Tô rindo pra não chorar com esse sistema abençoado. - menti e digitei minha senha.

Daniela: Belisa, você conhece a política de cabelo molhado, não conhece?

Belisa: Sinceramente, não. É proibido? - me fiz de sonsa.

Daniele: Não é proibido… - a cortei.

Belisa: Ótimo, isso significa que eu tenho chuveiro em casa e que eu tomei banho.

DO JEITO QUE A VIDA QUER 4Onde histórias criam vida. Descubra agora