Capítulo trinta e três.

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Poderosa.

Lavei minha alma assistindo meu padrinho descer a porrada na irresponsável sem a gente nem precisar mandar nada, não vou mentir não, sorri aliviada porque a casa dela caiu finalmente. Demorou, mas esse dia chegou.

Ninguém ousou se meter a favor da Alana e nem mesmo a mãe dela. Quanto mais Alana pedia perdão, mais o meu padrinho batia nela e era pra machucar mesmo. Ele arrastou ela pra rua, na frente dos moradores e num ato de puro ódio dele, ele rasgou a roupa da Alana completamente.

Paulo Henrique é a prova viva que nem sempre a idade interfere em alguma coisa, no final das contas idade é só um número.

Jaqueline: Meu Deus, já tá bom.. Ele vai matar a Alana, Gabriela. - botou a mão no rosto chorando.

Gabriela: Ela tá colhendo o que plantou, tia! - respirou fundo e falou entre soluços abraçada no meu pai.

Poderosa: Isso não é nem o começo do que a gente sabe sobre ela, madrinha. Se ele sentar com a gente um dia todo, eu conto coisa que até vocês duvidam.

Índio: Foi ela que tinha um caso com o Carlos da NH e levou um cacete da Desirée? - abriu o bocão do nada.

Raro: Cala a boca, Índio.

Gabriela: Minha filha teve um caso com o teu irmão? - abriu olhão.

Poderosa: Infelizmente, madrinha.

Falcão: A história tá se repetindo, tô vendo tudo de novo. - falou sem tirar os olhos da cena.

Patrícia: Comadre, ela ainda é sua filha! Ela tá errada, mas não é assim… - falou pra minha madrinha, já estava chorando também.

Gabriela: Foi ele que fez isso, comadre! Eu tentei ensinar com o amor, mas ela preferiu a dor.

Patrícia: Falcão faz alguma coisa! - sacudiu meu pai.

Falcão: A filha é dele, eu não posso fazer nada.

Patrícia: A cena tá se repetindo, Matheus, ele vai fazer a mesma coisa que vocês fizeram com a Yasmin na época do seu pai. A morte não redime ninguém, ela tem que viver pra arcar com as consequências dos erros dela.

Poderosa: A senhora tá lembrada que por causa dela, ele bateu no meu rosto? - olhei pra minha mãe.

Patrícia: Se ela morrer, não vai conseguir tirar o fato que ele te bateu, Babi!

Poderosa: A morte ainda é pouco pra ela.

Alana: Para, pai. - gritou tentando cobrir os peitos e a buceta.

PH: Não adianta tu te cobrir não, Alana! Tu não queria se exibir nua pra todo mundo ver? Então, pô! Tô matando tua vontade. - a empurrou pra longe dele.

Alana: Para com isso, pai, por favor. - se encolheu quando foi jogada no chão.

PH: Sabe o que é pior de tudo isso? É ter certeza que tudo isso tu fez por causa de um piru que não te quer nem pintada de ouro. - pegou ela pelo braço de novo e lá foi mãozada na cara.

Alana apanhou por essa e por todas as outras que ela apanhou e só não morreu na mão do meu padrinho porque meu pai foi lá tirar ela da mão dele.

PH: Sabe quando é que eu vou te perdoar por isso, Alana? Nunca. - falou alto.

Alana: Pai… - choramingou fraca no chão.

PH: Não me chama de pai, Alana, teu pai morreu! Igual tu morreu pra mim. - berrou - De hoje por diante, tu vai tomar no cu sozinha, tu não vai contar comigo pra nada. E se tu brechar no Complexo, tu vai morrer.

DO JEITO QUE A VIDA QUER 4Onde histórias criam vida. Descubra agora