Capítulo cinquenta e cinco.

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Atacante.

Deixei a dona encrenca em casa e levei meu filho pra cortar o cabelo. Kaíque foi o caminho todo falando da peste, que ia pedir pra ela fazer batata frita com calabresa pra ele e mais um monte de coisa. No começo eu era contra ele chamar ela assim, briguei com os dois, mas tu acha que deu jeito? Deu nada!

Alana continuou dando ousadia pra ele e o apelido deles pegou. No começo fiquei com receio dela não cuidar bem do moleque, até porque Alana era foda-se pra tudo. Quem sabe das caminhadas dela, na época que o PH passava a mão na cabeça dela, sabe pô!

VT: E aí, parceirinho. - fez um toque com o Kaíque - E aí, mano! Tranquilo? - o cumprimentei.

Atacante: E aí, tem como deixar na régua? - sorri de lado e baguncei o cabelo do Kaíque.

VT: Tem pô, tá maluco? Corto o cabelo dele desde menorzinho, já recusei alguma vez?

Atacante: Não.

Kaíque: Pai, eu quero que faça um desenho aqui. - apontou pra própria cabeça.

Atacante: E tu quer fazer o quê aí? - ajudei o Kaíque a sentar na cadeira.

Kaíque: Aquele assim. - apontou com o dedo pro papel de parede de uma das paredes do salão que tinha umas cabeças desenhadas.

Atacante: Pelo menos não quer aquele que a cabeça fica parecendo um abacaxi. - dei risada - Faz aí, VT.

VT: Já é, piquezinho de bandido mal.

Me afastei e deixei o cara fazer o trampo dele. Simplesmente era o melhor do Jorge Turco e também não é qualquer um que encosta no cabelo do meu filho.

Me sentei e fiquei olhando a vida dos outros no Instagram assim por cima. O certo era nem ter pra não correr o risco de polícia me rastreando, mas eu sou muito low profile como diz a Alana.

Paz terrível na mente até dar caô com ela no salão. Tive que deixar o Kaíque cortando cabelo e subir pra resolver. Tava rezando pra Alana não ter culpa no cartório, pra eu não ter que dar disciplina nela. Gosto muito daquele corpinho moreno sem hematoma e se ela continuasse na linha, ela ia continuar andando assim e levando vida de rainha.

Mandei ela de volta pro salão depois de desenrolar, fiquei olhando ela andando rebolando pra me provocar e a vontade foi pegar ela pelos cabelos e levar pra casa pra fuder ela todinha. Filha da puta, devassa num nível que deixa qualquer homem louco.

Dentinho: Tu tá muito estranho, tem que ver se tu não tá doente.

Atacante: Tá maluco? - olhei pra ele escaldado.

Dentinho: Eu não, mas tu tá! Parece que tá paralisado na morena. - deu um risinho.

Atacante: Eu não, mas meu piru paralisa durão quando vê aquilo sem roupa. - respirei fundo.

Pará: Achei que tu ia dar uma coça nela pra servir de exemplo pra geral. O certo era aplicar nas duas.

Dentinho: Mas ele aplicou, pô! A piroca nas duas. - falou rindo e eu cerrei os olhos na direção dele.

Atacante: Ysla mereceu a coça que tomou da Alana e a coça que tomou agora, tava enchendo minha cabeça pra caralho. É bom que ela para de correr atrás de mim, chata pra caralho, tomar no cu!

Dentinho: Tu que deu condição pra piranha, te falei que isso ia acontecer e agora tá dando pra Alana e vai dar ruim.

Pará: Alana é filha do homem mais poderoso do comando, eu só vejo vantagem. - me olhou.

Coitado de mim se eu for depender da Alana pra ter alguma moral com o PH. O cara não quer nem ouvir o nome dela, que dirá fazer qualquer coisa pra outra pessoa em consideração a ela.

DO JEITO QUE A VIDA QUER 4Onde histórias criam vida. Descubra agora