Capítulo oitenta e cinco.

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PH.

Meu coração acelerou quando a notícia que Alana tinha sido sequestrada se confirmou. Porra, tinha esperança dela sei lá ter metido o louco e ido pra outro lugar, desviado a rota de casa, qualquer coisa menos isso. Falta de aviso não foi né? Eu disposto a voltar atrás nas paradas que eu falei de ruim pra ela, disposto a retomar minha relação com ela, agora descubro que minha nega foi sequestrada.

Falcão: Tá, tudo o que nós tem é que ela foi sequestrada de fato. Agora vamo botar a cabeça aqui pra raciocinar, quem foi e por causa de quê.

Poderosa: Filha e mulher de bandido, na minha visão tem alemão envolvido e o que não falta pra gente é gente querendo ver nós tudo em baixo de sete palmo de terra.

Ayla: Ô tio, o que não falta por aí é motivo! - se sentou - Histórico de inimizade, ela tem e fácil.

Imperador: Tu também tem e olha só, ninguém nunca te sequestrou. - forçou um sorriso, mas tava boladão.

Atacante: E quem é que aguenta essa mulher? Ninguém quer mulher chata não, cumpade.

Filho da puta tem seus defeitos, é abusado, tá muito afoito achando que pode me peitar, mas já deu pra entender que de fato ele é doido pela minha filha.

Corolla: Qual foi, Atacante? O caminho não é esse e ofender minha mulher vai te trazer problema, para com isso aí. - me olhou sério.

Atacante: Se eu te falar qual é o caminho, nós vamo se estressar. Coisa de maluco, Alana correndo perigo e essa daí com uns papo de tilt, de doidona. Que se foda o que Alana já fez, o problema não é esse, entendeu?

Imperador: Difícil, mas Atacante tá certo e eu sou mais ele nessa parada. O tempo de esculachar já passou, Alana não foi santa, mas será que só dá pra ver a porra do erro dela? Ah, não fode.

Ayla: Não tô focando em erro de ninguém, mas não dá pra passar a mão na cabeça dela, sabendo que um tempo atrás ela vivia de mancada. A gente nunca soube cem por cento do que ela aprontou e por onde ela andou. Nova Holanda e Parque União foi só a pontinha do iceberg. - falou séria - Tem coisa que não cai no esquecimento!

PH: Vamo acabar com esse negócio de ficar falando de passado de Alana, acabou, ficou pra trás e o que importa é o que vem daqui pra frente. - falei decidido - Outra coisa, bora meter o pé pra boca porque isso é assunto de nós e tá cheio de gente aqui. - olhei pro Atacante que não demorou a levantar.

Atacante: Até agora não entendi a troco de quê esse povo todo tá aqui, mas concordo que isso é assunto nosso.

Falcão: Esse povo que tu tá falando é a família da tua mulher, quando tu pensou em alisar aquele rostinho, nós já beijava o rosto dela daqui. Outra coisa, nós é o problema, mas nós também é a solução. - parou do lado do Atacante e abriu um sorrisinho de deboche. Falcão é foda, irrita até manequim de loja - Toda vez que alguém dessa família se fuder, pode ter certeza que o resto vai chegar junto. Sabe como é, ordens da minha mamãe.

Poderosa: Se tu tá achando a família da Imperatriz grande, espera a família da Baronesa voltar pro Rio de uma vez. - olhou pro Atacante e olhou pra mim - É isso aí, o resto da família Carvalho tá voltando pro Rio, inclusive os filhos da Ísis e ó, querem o controle do Chapadão.

Falcão: Achei que o caô era só na família da mãe, mas pelo visto o povo da tia Diana também tão pronto pro caô. - respirou fundo.

PH: Ainda. - revirei os olhos. Um problema de cada vez.

O povo foi saindo e eu fui lá na cozinha porque Gabriela tava lá, me dava maior aperto no peito ver ela daquele jeito. Chorando, desesperada e eu me sentia mais culpado ainda, a dor só aumentava a cada minuto que passava. Eu sei que eu podia ter resolvido isso antes, mas eu também tava no meu direito de ficar bolado… Foi foda!

PH: Tô indo buscar nossa filha de volta. - me aproximei da Gabriela e a abracei forte.

Gabriela: Toma cuidado, por favor, traz nossa filha de volta, mas fica vivo também. - acariciou meu rosto.

PH: Eu sempre volto pra tu. - sequei as lágrimas do rosto dela.

Dei um beijo na minha mulher e meti o pé pra rua. O quadrado tava montado e fui de escolta com mais de vinte pra boca, um dos caras que vieram com o Atacante entregou o celular dela pra ele e eu tomei logo da mão dele pra procurar algo que levasse a gente pra algum ponto.

Atacante: Tu nem a senha dela sabe, para de loucura e me dá essa porra. - falou mais calmo.

PH: Tu me subestima muito, isso sim, tem muito o que aprender comigo. - falei enquanto digitava a data do aniversário do Imperador e não é que desbloqueou?! - Aí, conheço a filha que eu tenho, pô.

Passei a madrugada vasculhando tudo que era mensagem no celular da Alana, mas não achei nada que pudesse levar a gente até onde ela tá. Parti pra oração, não teve jeito.

DO JEITO QUE A VIDA QUER 4Onde histórias criam vida. Descubra agora