Capítulo trinta.

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Roger.

Mal pisei no Parque União e o Índio veio pra cima de mim com sangue no olho. Dei sorte porque Rafinha e meu pai entraram no meio e me rebocou pra casa. Aliás, nós quatro fomos pra casa porque minha mãe tava lá e tava me esperando.

Até me assustei quando vi tia Jaque do lado da tia Safira conversando, ela me olhava sem esboçar nenhuma reação e isso me pegou.

Belisa tava desesperada com razão, só conseguia falar que não tinha culpa, não sabia como tinha ido parar no twitter e eu tava doido pra botar a mão em quem fez isso com nós dois. Não tive tempo de investigar, nem raciocinar direito, mas claro que eu não ia deixar o bagulho por isso mesmo.

Índio: Qual dos dois vai começar a falar primeiro? - falou brabão - Tudo isso que tá acontecendo é responsabilidade de vocês dois e a falta de vergonha na cara também.

Safira: Marcelo! - o repreendeu com o olhar.

Jaqueline: Falou o santo. - revirou os olhos e se sentou.

Roger: Eu mermo, Índio! Quem vai resolver esse bagulho aí sou eu, pô. - dei uma pausa - Negócio é o seguinte.. - Belisa me cortou.

Belisa: Roger, deixa… - tocou na minha camisa.

Roger: Fica calma, agora é comigo essa parada. - olhei pra ela e sequei a lágrima do rosto dela - Parada é o seguinte! Eu e a Belisa nós tamo ficando já tem alguns dias, desde que eu voltei, eu me interessei nela e por ironia do destino aconteceu.

Índio: Aconteceu, eu sei o que aconteceu, filho da.. - meu pai o cortou.

Raro: Tu não vai querer terminar essa frase dentro da minha casa, papo reto… Não vou te entender legal não. - abriu olhão.

Poderosa: Pois é, se tu achar de me chamar de puta de novo, eu vou esquecer que eu sou madrinha do teu filho e não vai ficar legal pra tu não. - se bolou e se aproximou do Índio ficando cara a cara com ele.

Safira: A gente tá aqui pra resolver isso em família, ainda nós somos uma! Deixa Roger falar o que ele tem pra falar e daí a gente vai tomar providência. Tudo isso aqui é muito sério, é criminoso e eles que são as vítimas. - se meteu entre o Índio e a minha mãe - Fala, Roger.

Roger: Valeu tia! - olhei pra ela e desviei o olhar pro Índio de novo - Eu sei que nego vai me julgar pelo que já passou, mas tem uma diferença enorme aí. Levei Belisa pra Angra comigo, ela nem queria ir, mas eu insisti e ela acabou indo. Nunca fiz nada contra a vontade dela, que fique bem claro e quando ela se acalmar eu sei que ela vai dizer a mesma coisa. A gente tava queimado de cachaça ontem, aconteceu do clima esquentar e a gente partir pro sexo, mas jamais eu mandaria filmar e muito menos jogar na internet pra geral ver. Eu sou sujeito homem, pô, não fecho com safadeza não! Assim como geral aqui presente, eu quero encontrar o real culpado e que a justiça seja feita por nós dois. Quanto a Belisa, isso é assunto meu e dela! Nós tamo ficando e ninguém tem nada com isso. Te respeito Índio, mas é o que eu tenho pra te falar.

Índio: Vou acreditar em tu, moleque, mas tô de olho! Não criei filha pra mim não, mas bagunça ela não é e que fique bem claro pros dois que até pra loucura tem que ter limite. - desviou o olhar pra Bel que chorava - Tu também viu, postura foi pra puta que pariu!? Te dou uma vida de princesa e tu me faz essa parada aí.

Safira: Marcelo! - falou alto.

Belisa: Pai.. - ele a cortou.

Roger: Coé, Índio! Ela não teve culpa não. - cortei por cima.

Índio: Eu quero nome de quem tava lá nessa parada, tu vai me dar e nós vamo atrás de quem fez. - olhou pra mim.

Roger: Faço questão, pô!

DO JEITO QUE A VIDA QUER 4Onde histórias criam vida. Descubra agora