Capítulo sessenta e um.

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Belisa.

Acordei nos braços do mais surtado do mundo, fiquei admirando cada detalhe de seu rosto, principalmente aquela boquinha que consegue me levar pro céu sem precisar de um avião. Afinal, bom piloto é ele, não é? Roger dormia sossegado, mas mal sabia ele que o sossego acabaria quando tocasse o despertador do meu celular.

Roger: Desliga isso, Bebel. - falou baixo e me apertou nele.

Belisa: Eu desligo, mas tu tem que me soltar porque eu preciso trabalhar. - falei acariciando os cabelos dele.

Roger: Vai não. - afundou o rosto no meu pescoço.

Belisa: É? Tu comprou a clínica e eu não tô sabendo? - sorri e ele negou com a cabeça - Então pronto.

Roger: Casa comigo que eu te dou uma vida de rainha, te dou uma vida de esposa troféu só pra tu não ter que me deixar sozinho na cama. - me olhou e eu ri.

Belisa: Coitado de você! Tu quando vai voar, aí tu não pensa que eu vou ficar sozinha e pior em plena madrugada, né?

Roger: Penso e penso duas vezes antes de levantar da cama, mas aí eu lembro das fatura, lembro dos mimo da patroa e aí eu levanto.

Belisa: E eu tenho que levantar porque eu detesto ficar sem fazer nada e detesto mais ainda não pagar minhas coisas. - respirei fundo.

Roger passou a pagar meu cabelo, unha e tudo mais o que vocês imaginarem. Já briguei com ele por isso, mas tu me ouve? Mesma coisa ele. Diz ele que é neto do Falcão e não do Caio Castro.

Roger: Já te falei que eu dou os bagulho pra tu porque eu gosto de tu, não é na intenção de te diminuir. Eu sei que tu corre atrás do teu, que tu não gosta de depender de ninguém, mas eu quero e gosto de te agradar.

Belisa: Vamo mudar de assunto pra gente não brigar logo cedo.

Roger: Melhor, Bel. - me abraçou e me fez deitar por cima dele - Até porque prefiro tu sorrindo assim. - me roubou um selinho.

A gente ficou de preguiça mais uns minutinhos, depois levantamos e fomos tomar banho. No banho rolou uma safadeza pra gente começar bem o dia, nada melhor né? Depois do banho, vesti o uniforme do trabalho, arrumei a cama do Roger e me arrumei toda.

Enquanto isso Roger se arrumava e conversava com o Léo por telefone, dizendo que ia se encontrar com ele pra eles irem pra concessionária comprar o carro do Roger. Esse tempo todo ele tava pra cima e pra baixo com o carro dos pais dele que estava em nome de um laranja e ele queria ter o dele pra poder viajar tranquilo quando quisesse.

Errado ele não tá, claro!

Inclusive o assunto de nós ontem a noite era esse bendito carro, ele parecia criança que ganharia um brinquedo novo. Seus olhos brilhavam me mostrando os modelos que ele tinha pra escolher, ele se mostrava ainda indeciso, mas disse que quando chegasse lá, ele escolheria com mais certeza. Mas ainda me perguntou qual cor eu preferia, é mole?

Roger: Então tá bom, vou levar a Bel no trabalho e vou te buscar aí em Laranjeiras pra tu trazer o outro carro pra cá e depois eu te levo pro banco… Tá bom, irmão… Valeu. - desligou o celular e colocou o mesmo no bolso.

Belisa: Enquanto tu não comprar esse carro, tu não vai sossegar né?

Roger: E olha que nem foi o meu primeiro. - riu - O primeiro eu comprei no primeiro ano de aviação, comprei só um Civic.

Belisa: Só um Civic? Deixa eu adivinhar, um Civic G8, motor 1.8, 140 cavalos e flex. - olhei pra ele.

Roger: É isso aí, mas como é que tu sabe?

DO JEITO QUE A VIDA QUER 4Onde histórias criam vida. Descubra agora