Capítulo treze.

706 95 36
                                    

Belisa.

Queria mesmo saber onde foi que eu errei, se eu joguei pedra na cruz pra merecer levar na cara e pior levei por causa de macho. Nunca entrei dentro de uma boca de fumo, mas hoje eu entrei e entrei pra um desenrolo. Já previ merda depois da piranha gritar que quem mandava aqui era o irmão dela!

Alana: Eu quero falar com o meu irmão, BN. Quem manda na Penha é ele! - falou toda mandona.

BN: Não sei se tu sabe, mas isso aqui não é bagunça não, Imperador tá preso e na ausência dele quem manda sou eu. - rebateu na lata. Toma, sua arrombada!

Alana: Tá preso, mas não tá morto e tu não faz nada aqui se ele não der o ok.

BN: Será mesmo? - se aproximou dele - Do jeito que ele tá de cabeça cheia lá em Bangu, acho que não vai fazer muita diferença pra ele não.

Alana: Tenta a sorte, querido.

O tal BN respirou fundo e parecia contar até dez pra não esganar a Alana. A infeliz é a mesma que eu tive o desprazer de bater na traseira do carro dela.

BN: Se tu abrir a boca mais alguma vez pra me desrespeitar, eu vou fazer uma loucura. - falou agarrado nos cabelos dela com força e ao terminar de falar a soltou.

Sorri por dentro.

Alana: Meu pai vai saber de tudo! - passou a mão na cabeça.

BN: Agora fala o que foi que aconteceu. - olhou pra mim.

Belisa: Olha, não vim aqui arrumar problema com ninguém, vim só curtir o pagode e depois que eu troquei umas palavras com o Roger… - ela me cortou e começou a gritar igual maluca.

BN: CALA A BOCA, ALANA! - gritou e ela se calou - Continua, garota.

Belisa: Depois que ela me viu conversando com ele, ela começou a dar um show, falando que ele é dela e não sei o quê, por fim, deu um tapa no meu rosto e meu sangue ferveu de vez. Nunca levei um tapa do meu pai e nem da minha mãe, acho que isso tudo não tá certo!

Alana: Fala também que tu bateu na traseira do meu carro de propósito, fala!

Belisa: Não foi de propósito, você sabe disso e eu nem te conheço, cara.

O celular do tal BN tocou, ele atendeu e se afastou um pouco mais e parecia relatar o que estava acontecendo. Só tinha nós três dentro da salinha e então ele colocou no viva a voz e entregou na mão dela.

BN: Tu não queria falar com teu irmão? Pronto, solta a voz aí pra ele e se explica.

Pronto, agora me fudi porque ele vai ser a favor da irmã sempre!

Imperador: O que é que tá acontecendo aí, Alana? Será que nem eu preso eu tenho sossego contigo?

Alana: Irmão, me escuta, fica calmo que eu vou te falar tudo. - choramingou.

Imperador: Tu deixa pra tu choramingar pro pai, bora, vai falando que eu não tenho o dia todo.

Alana: Foi assim..  - começou a contar do jeito dela, eu ia falar, mas o BN fez sinal pra eu ficar quieta e assim ela foi falando, inclusive falou que eu bati no carro dela.

Imperador: Primeiro de tudo, teu carro tem seguro, não tem?

Alana: Tem sim, tu sabe.

Imperador: Aciona essa porra e paga a porra da franquia e em questão de caô aí no lazer, vou te falar que eu te conheço o suficiente pra saber que tu não é santa. - ela começou a chorar - Tá chorando por quê? Tu não tá apanhando… Tu vai é limpar a rua depois que o bagulho terminar.

DO JEITO QUE A VIDA QUER 4Onde histórias criam vida. Descubra agora