Capítulo setenta.

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Dafne.

O dia na casa do Imperador foi voando igual galinha correndo de cachorro, nós bebeu até umas cinco da tarde pra poder descansar pra terminar de ferver lá no Parque União. Fiquei assistindo série com as meninas até pegar no sono e só acordei quando o Imperador chegou bagunçando com a Carol.

A noite chegou, nós foi tomar banho e começar a se arrumar. Era Alana fazendo minha make, depois eu peguei no cabelo da Sheron pra pranchar e quase tive uma tendinite quando peguei nos cabelos da Alana. Ainda tinha a Marina e a Mariane, mas a Sheron pegou no cabelo das duas e elas se ajudaram nas makes lá. No fim das contas, o bonde estava lindo e prontas pra causar horrores.

Cheguei lá no PU e já fui logo me sentindo em casa, baile lotadasso do jeito que a gente gosta. Eu parecia vereadora em ano de eleição, falei com meio mundo de gente e inclusive com os trafica. Sempre fui amiga desse pessoal já pelas possíveis proteções que a gente ganha e olha que já era incluso ao meu sobrenome mais pesado.

É difícil ser uma Carvalho Falconi, amor, é pra quem pode e não pra quem quer.

Nós foi pro reservado, já é de lei nós tá lá quando tá pelos acessos porque a Poderosa recebe bem a gente abeça, deixa forte mesmo. Me bati com o Índio que tava lá. Bofe tava com cara de bicho do lado de uma das mona que era fiel dele.

Aliás das amantes, vamo falar a verdade né? Fiel dele mesmo era a Safira, inclusive, máximo respeito pra ela porque o resto é amante e a bola da vez era a tal de Verônica. Quando eu olhei pra trás, entendi o lance da cara de bicho do Índio, era a Alana.

Eu entendia o lado dele de pai, mas se a própria Belisa estava conseguindo ficar no mesmo ambiente que a Alana sem reclamar, não era ele que ia ter que falar um a sobre, não é? A garota já foi cobrada, meu tio quase que mata ela, já passou e tá na hora de parar com essa porra.

Dafne: Tá com problema, Índio? - levantei a sobrancelha. Queria que ele falasse um a pra ver se eu não ia ligar pra Poderosa.

Verônica: Querendo arrumar confusão, querida? - me encarou no deboche.

Dafne: Claro que não, mas se teu marido não para de olhar pra nós, aí nós tem que ver qual é o problema. - sorri e pisquei pra ela.

Índio: Nenhum. - disse sério - Mas se andar fora da linha, nós arruma rapidinho e não tem Poderosa que livre o pescoço de certa gente.

Verônica: Se tivesse corrigido do jeito que era pra corrigir, isso não acontecia.

Alana: Tá falando comigo, querido? Não precisa disfarçar não! Eu aprontei, reconheci e assumi as consequências. O problema é quando nego apronta e continua fingindo santidade e pior é quem bate palma. - abriu os dentes.

Senti que ele queria matar ela ali mesmo, mas acabou que ele ficou calado e só guiou. A outra ficou com cara de cu plantada, sozinha com as amigas dela lá porque ele foi pro meio dos macho. Pedra preciosa que se livrou, é cada coisa que a gente tem que ver que dá vontade até de ser cega e ter a memória removível igual meu avô.

Quem vem puxando o bonde, tropa do Poderoso, quem vem puxando o bonde, Poderoso, Poderoso..

Pra quem não sabe, Poderosa proibiu montagem com o nome e o vulgo dela, mas liberou que falassem do marido dela usando o vulgo de Raro ou Poderoso.

Aquecimento tava por conta do DJ e nós começou a descer uísque, gelin e red bull. Couro tava comendo abeça e nós lá embrazando, mas paz que é bom? Falconi desconhece, mas deixa estar. Verônica tá testando meu anjo, toda hora solta papinho no ouvido da colega e me encara, faz cara de deboche e dá risadinha. Sou palhaça agora nessa porra? Sou não.

DO JEITO QUE A VIDA QUER 4Onde histórias criam vida. Descubra agora