Alana.
Atacante mal chegou e foi pra boca. Diz ele que tinha umas coisas pra resolver pessoalmente e quando chegasse a gente ia conversar sobre o meu irmão. É, infernizei pra ele me contar os detalhes e querendo ou não eu também tinha a história da agressão que o Kaíque sofreu na escola.
Fiz o almoço, tudo fresquinho porque não faz minha cara comer comida requentada e se eu não como, imagine o pestinha e o peste mor? Fiz strogonoff de carne, salada, batata frita e coquinha. Fiz feijão também, mesmo não combinando eu não sei viver sem comer feijão.
Tudo influência da minha vó. Ela amava um feijão e brigava se não fizesse feijão pra ela! Podia ser a comida que fosse, ela comia feijão primeiro nem que fosse só com farinha. Se ela estivesse viva, ela ia amar conhecer o Kaíque e brigaria comigo por chamá-lo de pestinha.
Atacante: O cheiro aqui tá bom. - entrou pela porta da cozinha e eu me assustei.
Alana: Que susto, cara! Não entra assim não. - botei a mão no peito e soltei o prato em cima da mesa.
Atacante: Tá devendo, Alana? - me olhou desconfiado.
Alana: Tô e advinha quem não me pagou ainda? - forcei um sorrisinho e ele riu.
Atacante: Fica light, vai. - deu uma pausa - Cadê o Kaíque?
Alana: Foi guardar os brinquedos na caixa dele, mas ele já tá quase pronto pra ir pra escola. É só ele almoçar, escovar os dentes e vestir a camiseta da escola. - falei colocando a comida do Kaíque num prato.
Atacante: Tá, eu vou lá dar um cheiro nele e vou tomar banho pra comer que eu tô é doido de fome.
Alana: Manda ele vim almoçar, já evita de eu ter que gritar por ele.
Atacante: Já é. - deu um beijo na minha cabeça e foi lá pra dentro.
Até estranhei o gesto carinhoso, considerando que a única pessoa que demonstrava carinho por mim nesses últimos tempos foi o Kaíque mesmo. Meu celular tocou e eu até estranhei porque era número desconhecido.
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Alana: Alô?
— Senhorita Alana Andrade de Carvalho Falconi?
Alana: A própria, quem deseja?
— Meu nome é Sandra, eu sou do escritório do doutor Adriel Furlan e o motivo do meu contato com você é sobre a leitura do testamento da sua tia, Keila Trajano de Carvalho. A senhorita é uma das partes incluídas no testamento dela e é necessário que a senhorita esteja presente. A senhorita poderia comparecer às 15 horas de hoje?
Alana: Eu tenho mesmo que comparecer? Primeiro que o corpo nem foi enterrado ainda e deduzo que a minha mãe vai comparecer e sinceramente não tô com a menor vontade de comparecer.
— Sua presença é necessária, senhorita.
Alana: Tudo bem, então eu vou.
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Eu já estava sabendo da morte da tia Keila, inclusive fiquei triste, mas por mim eu só iria prestar alguma homenagem depois que ninguém da minha família estivesse lá. Eu queria evitar qualquer tipo de humilhação, queria evitar confusão e transtorno com a minha presença.
Kaíque: Peste. - bateu na minha bunda, chamando a minha atenção pra ele.
Alana: Oi, pestinha.
Kaíque: Tá no mundo da lua é? Eu tô te chamando um tempão, não é pai?
Atacante: É, senta aqui Kaíque. - puxou a cadeira pra ele - Aconteceu alguma coisa?
Alana: A secretária de um dos advogados da minha tia Keila acabou de me ligar, ela morreu e vão abrir o testamento antes mesmo de enterrar.
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DO JEITO QUE A VIDA QUER 4
Fiksi PenggemarFabiana e Murilo morreram e seus familiares se afastaram após uma briga. Será que um dia a família Falconi volta a ser como antes?