DO JEITO QUE A VIDA QUER 4

Capítulo cinquenta e oito.

Fernando.

Dia de domingo no Alemão, a casa dos meus avós foi reaberta pra gente se reunir como antigamente. As garotas deram uma geral na casa, a gente ficou com a parte de cima e os outros pelo quintal, piscina e tudo mais. Deu um trabalho da porra, mas logo estava tudo limpo novamente.

Já fazia muitos anos que ninguém entrava aqui, então ficou tudo da forma que os donos deixaram e quando notei a presença de uma dedeira do meu avô com as iniciais da minha avó na mesa de centro, eu viajei nas memórias.

Só saudade, pô.

Flashback on.

Vinte anos atrás.

MK: Que cara é essa, rapá? Parece que caiu de boca numa buceta azeda. - sentou do meu lado no sofá.

Fernando: Minha mãe brigou comigo, vô! Roger que quebrou o vidro da janela e eu que levo a culpa. - olhei pra ele.

MK: Quem liga pra essa porra? A firma é milionária, depois tua vó manda botar outro no lugar. - beijou minha cabeça - Tira essa cara de buceta e vai procurar o que fazer pra se divertir, que hoje é dia de festa e é proibido nego ficar bicudo.

Fernando: Vô, o que é buceta? - olhei pra ele curioso.

MK: Vou te explicar, bora ali em cima que eu vou te mostrar. - levantou do sofá.

Eu subi as escadas com o meu avô até o quarto dele, ele ligou a tv e eu sentei na beira da cama. Ele mexeu no celular e espelhou o vídeo na tv e diminuiu o volume. Era tudo muito estranho, tinha um homem e três mulheres tudo sem roupa. Uma delas estava lambendo a outra.

MK: Isso é uma buceta, moleque e essa morena tá chupando a buceta da loira. - apontou na direção.

Fernando: Isso é nojento, ela faz xixi por aí. - fiz careta.

MK: Buraco do xixi é diferente do buraco que nós mete. Isso te parece nojento porque ninguém te explicou, aliás nem era pra eu te explicar agora, mas eu não sei se eu vou viver o suficiente pra ensinar a vocês não passar vergonha. - me olhou - Daqui uns anos, pernas femininas vão se abrir pra tu igual porta destrancada porque tu é meu neto, é um Falconi e nós que é a mídia a mais de cem anos.

Fernando: Tá dizendo que eu vou fazer isso? - apontei pra tv.

MK: Se Deus quiser, fazendo até melhor que isso. Eu tô te mostrando essa parada só pra tu tomar de exemplo, mas sexo vai muito além do que tirar a roupa e meter o pau na buceta da gostosa. Entendeu, moleque? Tem que apreciar a gata da cabeça ao pé, a boca, o pescoço, a nuca, peito, barriga, pernas, os pés, as costas, a bunda… Todos os quatro cantos do corpo dela. Não pode ser rápido demais, não precisa ter pressa, a não ser que ela esteja querendo muito que você meta ou seja mesmo uma rapidinha.

Fernando: Vô, eu não tô entendendo nada.

MK: Mas vai entender! - sorriu - Vou voltar do início e te explicar passo a passo do que é o sexo e as mulheres e depois você vai me agradecer mesmo que em pensamento. Ah, não conta pra ninguém, se não a sua mãe e sua avó vão me matar.

E naquele dia eu passei a entender que ele e a minha vó estavam transando no sofá quando a gente chegou.

Passei a entender o que era sexo e o que era fazer amor que diante das palavras dele, eram duas coisas distintas. Ele me ensinou onde ficava o grelinho, me ensinou o que tinha que fazer com ele, sobre como usar a língua, me ensinou sobre penetração e uso de camisinha com as piranhas. Até um tal de sexo anal, ele falou, tá?

MK: Outra coisa que não se deve ignorar, se ela tirar a roupa e estiver de lingerie, você elogia e não tira, só bota assim de lado e fode ela todinha. Entendeu, Fernandin?