Capítulo dezessete.

681 94 23
                                    

Belisa.

Passei o dia fazendo uma faxina aproveitando que minha mãe foi lá pra minha avó paterna ajudar no almoço. Aliás é a única que mais vai lá com frequência, mas também ao mesmo tempo minha avó não simpatiza muito com as outras e tudo dela é minha mãe que resolve.

Não tinha ninguém em casa, então foi água pra tudo que é lado, antes de meio dia eu estava terminando de secar a cozinha. Tomei banho, me arrumei e fui almoçar lá. Eu ia ficar de Netflix em casa, só que minha meia irmã, a Isabela, estava lá falando que ia ter telão no Jurandir e ficou testando a minha fé até eu ir.

Terminei de ajudar na cozinha e fui pra casa, tomei outro banho porque suei igual panela de pressão. Vesti a baby look, a saia, calcei a rasteirinha, peguei o celular, o dinheiro e meti o pé. Encontrei Isabela no meio do caminho, Paula já tinha arrumado uma mesa, aí a gente se juntou e até aí tudo bem.

Paula: Tá muito patricinha com esse óculos, amiga. - bateu as mãos comigo.

Belisa: Ele tá é manchado, cara! - tirei do rosto.

Pra que eu tirei o óculos do rosto? Quando olhei pra frente, Roger tava lá todo cheio de sorrisinho e piscando o olho pra mim. Vou falar pra vocês, eu não queria não, mas depois da piranha me bater, falando que não ia deixar o Roger pra mim, tô fácil de ceder a vontade do querido só pra depois ela ficar sabendo e estrebuchar de ódio.

Não posso negar que foi gostoso o que rolou dentro do carro, mas não era uma coisa que eu morria de vontade. Mas ele todo gostosinho, de regata branca, boné virado pra trás mudou meus pensamentos.

Aí tinha aquele lance, meu pai, Rafinha, Poderosa, Raro e mas quer saber também? Foda-se!

O jogo começou, ao invés de limpar o óculos, eu consegui manchar ainda mais. Deixei pra lá, no intervalo eu vou no banheiro e jogo uma água. Até aí tranquilo, os caras xingavam pra caralho quando alguém errava o passe, ou mandava a bola pra puta que pariu.

Roger olhava pro telão atento e sua expressão que era de risinho, deu lugar a uma cara muito bolada. Me pergunto em off se ele faria aquela carinha me mandando ficar de quatro.

Zero a zero e intervalo. A vibe do Maracanã é uma delícia e vou tirar um dia pra ir. Não fui ainda porque o Rafinha é chato abeça, torce pro Fluminense e agora traficante é que não vai mesmo. Uó!

Paula: Litrão acabou, vou pegar mais. - falou levantando.

Belisa: Vou no banheiro limpar essa porrinha desse óculos aqui que o sol tá se pondo pro lado de cá. - levantei também - Fica de boa aí, Isa.

Isabela: Não parece, mas eu estou de boa.

Belisa: Agradeço. - sorri e segui andando.

Paula: Não sabia que tu se dá tão bem com a tua meia irmã, ela é esquisita.

Belisa: Efeito Verônica! Ela é maluca, tranca a menina em casa e vive fazendo a caveira dela pro meu pai. - comentei baixo.

Paula: Narcisista?

Belisa: Ainda é pouco pra ela, por isso que ele arrumou a Janine depois, além de ser safado. - revirei os olhos.

Rafinha: Oi Paula. - quase berrou, do nada.

Paula: Deixa eu falar com o querido aqui, vem. - me arrastou com ela.

Rafinha tava sentado do lado do Roger, a Paula passou pra falar com ele, mas não cabia outra pessoa então fiquei meio que de frente pra lateral do corpo dele.

Roger: E aí, Belisa.

Belisa: Opa. - respondi sem muito ânimo.

Roger: Vai pra onde? - falou entre dentes.

DO JEITO QUE A VIDA QUER 4Onde histórias criam vida. Descubra agora