DO JEITO QUE A VIDA QUER 4

Capítulo trinta e um.

Roger.

Nem só de paz vive o homem e eu tive a certeza quando eu recebi uma ligação da empresa que eu trabalho a fim que eu apareça no escritório pra dar esclarecimento. Não disseram o motivo, mas com certeza é por causa do meu vídeo fodendo com a Belisa.

Eu não tava mais bolado, eu tava era puto de ódio pô! Falei com a Belisa só por telefone, ela cismou que não queria ver ninguém, tá cheia de vergonha e não quer sair de casa. Ela só não contava que a ex patroa dela fosse querer conversar com ela, então ia ter que sair nem que fosse na marra.

📲 Bel

Roger: Eu vou sair daqui a pouco também, fui chamado no escritório e aí é caminho.

Belisa: Vou nada! Falei pra Luíza que eu tava com enxaqueca.

Roger: Vou te buscar aí na tua porta e ninguém vai falar nada. Se falar, é bala, pô!

Belisa: Roger, para de teimosia.

Roger: Teimosa é tu! Já aconteceu a merda já, Bel. O vídeo já saiu do bagulho e daqui a pouco nós cai no esquecimento desse povo.

Belisa: Até parece que tu não sabe o que é o Parque União quando alguém roda no drone.

Roger: E eu não devo pra esse povo não, Belisa! Ninguém vai pagar tuas contas e muito menos as minhas. - falei tranquilo - Nós manda tomar no cu e já era.

Minha fatura mais barata não saía por menos de sete mil por mês. Se sou eu quem pago, vou me preocupar com opinião de quem? Isso mesmo, a minha própria.

Belisa: Tu só fala isso porque não é tu quem tão chamando de puta. - respirou fundo - Pelo contrário, tão exaltando suas habilidades sexuais.

Roger: Já li mais de trinta comentários me chamando de irresponsável, de escroto, insano, filho da puta, playboyzinho, ordinário, traficante, nojento e fora os outros comentários carinhosos. A gente sabe que não teve culpa, era um momento íntimo e quem fez isso vai levar o dela.

Belisa: Já sabem quem foi?

Roger: Não, tá na mão do hacker. - menti.

Se eu falasse pra Belisa que tem dedo da Alana, ela era capaz de sair de casa e subir o Alemão pra pegar ela pessoalmente na porrada. A ordem da minha mãe, era deixar baixo por enquanto porque tio PH tava pra chegar ainda hoje.

Belisa: Então vou me arrumar e resolver isso logo, vou aproveitar e resolver umas coisas no centro.

Roger: Tá, dependendo da hora que acabar eu vou te buscar onde tu estiver.

Belisa: Tá bom, bofe. Até já. - ouvi a risadinha dela no fundo.

Roger: Bofe é meu piru, Belisa.

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Ela desligou na minha cara e eu neguei com a cabeça. Tomei um banho, me arrumei, comi umas frutas pela manhã, não tinha mais ninguém em casa, peguei a chave do carro e meti o pé.

Passei na casa da Belisa, enquanto ela se arrumava eu ainda conversei com o Índio que logo foi pra rua e esperei por ela uma vida. Mas também, quando veio valeu a pena… Se eu não estava com vontade de ir pro escritório, quando eu vi a Belisa de calça jeans toda apertadinha, aí eu tive certeza que eu não queria ir.

É difícil ser um homem de compromissos olhando pra essa demônia de cabelo cacheado.

Deixei ela na frente do antigo trabalho e fui pro escritório. Chegando lá tomei um chá de cadeira de quarenta minutos até a executiva fazer o favor de botar as caras e a secretária avisar pra ela que eu estava lá.