Imperador.
Nunca respirei tão aliviado depois de entrar em casa como hoje, papo reto! Ver que a minha mulher, minha filha, minha mãe e o resto da família estava lá pra mim não tinha preço. Tava todo mundo em choque quando eu entrei, nego chorando pra tudo que é lado por causa da minha situação física que não estava das mais bonitas.
Caroline: O que foi que fizeram com você, meu amor? - alisou meu rosto e me deu um selinho demorado.
Imperador: Além de apanhar igual bicho, nego também me deixou com fome e sede. Sei nem como eu tô vivo ainda, era pra eu tá no condomínio fechado. - brinquei.
Gabriela: Tu não brinca com coisa séria, meu filho.
Davi: Vaso ruim lá quebra? Quebra nada. Imperador já passou por cada uma que já era pra esse moleque ter morrido a muito tempo. - apertou minha mão - Tio te ama!
Imperador: Titio cuida. - dei risada e ele negou com a cabeça.
Sheron: Senta aqui pai, não era nem pra tá em pé ainda. - me fez sentar no sofá.
Imperador: Seu pai ainda sou eu. - brinquei e me sentei no sofá - Eu ainda mando em você.
Sheron: Saudades, inclusive! Mas por enquanto, o senhor vai me obedecer pra ficar totalmente recuperado e passar mal comigo no baile funk.
Imperador: Quem dera que a vida tivesse feito você daquele tamanho miniatura pra sempre. - alisei o rosto dela e olhei pra Carol que me olhava com os olhos brilhando.
Gabriela: Eu te procurei, entrei lá e nada. Só tinha suas coisas na cela, mas o filho da puta disse que tu tinha fugido e claro que eu não acreditei.
PH: E aí, criminoso. - desceu as escadas - Tá melhor?
Confesso que olhar e ouvir a voz do meu pai depois que tudo passou não tava maneiro pra mim não. A vontade era de sair no soco com ele, aliás, eu paguei o preço da irritação dele e por causa dele tô aqui com um puta furo na barriga. Se fosse uma das minhas irmãs no meu lugar, ele pensaria um milhão de vezes antes de dar as ordens dele.
Deus que me perdoe, mas eu tava boladão com ele.
Imperador: Se não melhorou, vai melhorar… O que é uma pena pro senhor. - olhei serinho pra ele.
Gabriela: Meu filho… - meu pai a interrompeu.
PH: Deixa, Gabriela. - fez sinal pra ela - O moleque tem razão e tá no direito dele. Eu não planejei isso e jamais ia querer te ver de baixo de sete palmo de terra, se é o que tu tá imaginando.
Imperador: Tô mermo! - falei alto e geral me olhou.
Fabrício: Vai começar tudo de novo. - falou baixo e bateu com a palma da mão na testa.
Imperador: Começar o quê? Quem começou foi ele! - apontei pro meu pai - Eu faço meus bagulho e eu mermo sustento, sempre foi assim e foi assim que nego me ensinou.
PH: Olha o respeito.. - me alertou.
Imperador: Eu tô todo quebrado, passei fome, passei sede e só não morri porque Deus não quis. O senhor pensou o quê? Que a vida é um morango? Que ia passar batido? Enquanto o senhor tava em Madrid ou seja lá na casa do caralho, dormindo bem, comendo bem, eu tava preso, tava apanhando por bagulho que eu não fiz. Sei nem se eu vou enxergar com essa porra desse olho, o senhor tá vendo meus pulso todo marcado, meu tornozelo? Eu tava amarrado, tá legal? - gritei no final, tava até ofegante.
Caroline: Procura se acalmar, as coisas não vão se resolver assim. - apertou meu ombro - A gente entende que tu tá nervoso, sabe que a situação que você viveu é delicada, mas agora você tá aqui com a gente. - virou meu rosto delicadamente.
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DO JEITO QUE A VIDA QUER 4
FanfikceFabiana e Murilo morreram e seus familiares se afastaram após uma briga. Será que um dia a família Falconi volta a ser como antes?