Alana.
Ih caralho, tem alguém aí que não solta meu anjo. Tudo de desgraça que podia me acontecer, já aconteceu e eu nem vou me perguntar se tem mais, porque tudo pode acontecer e comigo a chance de piorar é de 99,9% de acontecer.
Um dos homens encapuzados me tirou de dentro do porta malas pelo cabelo, me jogou dentro de um barraco o outro veio logo me amarrando e me tacando numa cadeira. Eu tava nervosa? Tava, mas tinha que tentar manter a calma pra entender onde é que eu tô pisando e por isso eu me mantive em silêncio. Ser cria de bandido tem dessas coisas, tem que ser calculista!
Alana: Tá, alguém vai me falar que porra é essa ou eu vou ter que adivinhar? - falei olhando pros dois que tava parado na porta me encarando.
— Cala a boca, piranha. - um deles falou - Quando achar que for a hora de tu saber, tu vai saber porque tá aqui.
Alana: Com certeza não foi por causa da minha beleza de rosto e muito menos pelo brilho dos meus olhos. - abri um sorrisinho de lado. Pode falar que a mamãe é qualquer coisa, menos feia.
Tomei um chá de cadeira ali cerca de mais de uma hora, tempo o suficiente do meu reloginho da “eipô”, como diz o meu pestinha, fazer o serviço dele de deixar registrado a minha última localização que vai ficar visível no meu celular. Só me resta rezar pra ver se vão usar a inteligência pra me achar igual quando fizeram pra descobrir quem explanou Roger e Belisa na piscina lá em Angra.
— E aí, Alana. - entrou outro homem totalmente encapuzado e diferente dos outros, esse fez questão de tirar o capuz pra me olhar e eu confesso que dessa vez eu me surpreendi. - Vocês mete o pé, se eu precisar eu aciono.
Alana: Você? - levantei a sobrancelha surpresa e ri de nervoso - Não pode ser, cara! Tu não tem inteligência pra fazer tudo isso sozinho, tem alguém por trás de tu, certeza.
WL: Que isso, morena! É até um vacilo tu falar isso assim na minha cara, depois de tudo que nós vivemos, gostosa. - sorriu igual um psicopata e se sentou na minha frente.
Alana: Digamos que eu acredite que você me sequestrou sem que ninguém te diga o que tinha que fazer, eu tô aqui a troco de quê? - perguntei impaciente.
WL: Eu tive que te buscar pra saber até quando tu vai continuar do lado do otário do Atacante. Tá na cara que ele não é homem pra você.
Alana: Pra você com certeza não é mesmo. - sorri e ele me deu um tapa na cara que meu rosto virou com tudo, até me arrancou um gemido de dor. - Caralho, que mão pesada. - murmurei baixo.
WL: Tu não aprendeu nada com a vida que tu levou, não é não? Continua achando que pode sair falando o que dá na tua língua sem medir consequência dos teus atos.
Alana: Falar a verdade dói pra tu? - levantei a sobrancelha - Tu nunca teve importância pra mim, foi só umas ficadas sem compromisso.
WL: Tu também não tem pra mim, fica tranquila! Tu tá aqui por outro motivo. - alisou meu queixo - Teu pai é o alvo, mas teu namoradinho, teu tio pode ir de brinde.
Alana: Patético. - paguei de brabona, mas no fundo eu gelei. Tá maluco, não gosto nem de imaginar uma coisa dessa acontecendo. Quando dei por mim, a lágrima já tava rolando no rosto.
WL: Mas não fica triste não, tu vai junto com ele pra não deixar ninguém triste, princesa. - me olhou da cabeça aos pés - Mas antes a gente pode reviver o que a gente viveu nas antigas! - filho da puta, escroto.
Alana: Tu pode tentar o que quiser, não vai pegar nem meu pai e muito menos meu marido. Se pegar, te garanto que tu não entra no Jorge Turco e muito menos no Alemão. - falei convicta - Tu não sabe mesmo com quem tá mexendo.
WL: Teu pai tá fazendo muita merda no comando, papo de querer botar Fernandinho de chefe no Alemão. Quem que é Fernandinho no crime? Não passa de playboy, tá metendo marra só porque matou verme.
Alana: Então teu problema não é comigo, é com Fernandinho e a inveja que tu tem dele. - dei risada - Nós não é de nada se não mexer com nós, mas se mexer, nós prova que esse sangue que corre nas nossas veias é veneno.
WL: É brabona? Tu tá aqui e não pode fazer nada, bandidinha, tu não é de nada, tu só fala e eu não gosto de quem muito fala. - debochou e eu ri.
Alana: Tá bom, vai achando que a vida é um morango e vê se aprende a fazer as coisas direito.
— Tu tá batendo papo com essa piranha por quê? - o outro entrou - Tá na hora de esculachar.
Alana: Péssimo te rever, bofe.
É como eu suspeitava, o real mandante do meu sequestro estava acima do WL, aliás muito acima de qualquer suspeita. Se eu contar, ninguém nem acredita, vagabundo não tem limite e muito menos pensa.
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DO JEITO QUE A VIDA QUER 4
FanfictionFabiana e Murilo morreram e seus familiares se afastaram após uma briga. Será que um dia a família Falconi volta a ser como antes?