Atacante.
Tudo resolvido em São Paulo, acordo com os caras firmado e agora é só meter o pé de volta pra casa. Entrei no carro com os caras e pegamo a estrada, vim no banco de trás pra não dirigir mesmo, tá maluco, um trânsito da porra na Presidente Dutra, já fiquei logo puto.
O celular tocou e era o Pará. Deu o papo que a Alana atravessou os bagulho pro Chapadão, deixou o dinheiro com ele e voltou pra casa a pé e me perguntou o que eu ia fazer com a picape. Já não entendi legal não, comprei a porra da S10 pra ela não andar a pé e ela me dá uma dessa?
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Pará: E eu faço o que com o carro, pô? Tá aqui largado e a chave ela quase tacou na minha cara.
Atacante: Trava o carro e deixa aí mesmo, quando eu chegar eu resolvo essa parada! Alana tá com problema?
Pará: Pelo que eu ouvi do mano, o problema é com a família dela, o mano falou que o pai dela brotou e deu tapão no rosto dela e faz sentido que ela chegou chorando e escondendo o rosto.
Atacante: PH bateu nela? Que porra é essa? - aumentei o tom de voz, já me bolei.
Pará: Sei não, o que eu sei é o que eu tô te falando.
Atacante: Já é, daqui a pouco eu tô aí.
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Era só o que me faltava acontecer mesmo, dali eu já fiquei muito puto pô. Nem eu que tô bancando ela de tudo, tô batendo que dirá PH que largou ela na rua. Alana pode até não ser uma flor que se cheire, mas a partir do momento que ele declarou que não a tinha como filha, não era nem pra ter olhado pra ela, imagina encostar. Só que essa parada aí, não vai ficar assim não, pô.
Quando eu cheguei no Jorge Turco, o primeiro que eu vi foi Kaíque descendo pro campinho com a Ellen e o filho dela. Parei pra falar com meu moleque e ainda dei um dinheiro pra ela levar os moleque pra tomar sorvete, açaí, sei lá. Eu só precisava ter um particular com a Alana.
Fui informado que ela tava em casa, já subi cego pra lá e quando eu entrei em casa procurei por ela, mas só a encontrei deitada na nossa cama e ela tava chorando.
Atacante: Cheguei morena. - me fiz de doido e me deitei na cama ao lado dela. Ela nem se mexeu, mas eu ouvi a respiração pesada dela - Tá chorando por cadiquê?
Alana: Nada. - falou tentando disfarçar e eu a fiz virar pra mim e a abracei.
Atacante: Quem nada é peixe, mulher. - acariciei o rosto dela - Quem foi que fez isso aqui contigo?
Alana: Eu mesma! Surtei e eu me bati, foi isso.
Atacante: E eu sou coreano, né? Nasci ontem. - afastei o cabelo do rosto dela - Eu te deixei forte, bem soltinha fim de semana, tu tava feliz que tava com as tuas primas lá e hoje eu te encontro assim?
Alana: Tá... Foi o meu pai. - voltou a chorar de novo - Eu fui levar a carga que tu mandou, chegando lá encontrei o Fernandinho que resolveu virar bandido. Meu pai e meu tio chegou lá do nada, foram tirar satisfação com ele e meu pai aproveitou pra me falar umas coisas na intenção de me humilhar, rebati e ele deu um tapa no meu rosto. Enfim, nada fora do padrão dele.
Atacante: É? Então ele vai é me ouvir. - ia me levantar e ela segurou meu braço pelo pulso.
Alana: Não faz isso, deixa pra lá! Foi só um desentendimento, birra do meu pai, mas não precisa ir brigar com ele.
Atacante: Tá na hora de alguém parar teu pai! Tu fez merda, mas porra... Tu mudou e mudou pra caralho. A tua família toda já viu tua mudança e só ele nessa palhaçada.
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DO JEITO QUE A VIDA QUER 4
FanfictionFabiana e Murilo morreram e seus familiares se afastaram após uma briga. Será que um dia a família Falconi volta a ser como antes?