Capítulo vinte e dois.

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Belisa.

A vida da assalariada é feita de lutas e mais lutas, Deus é testemunha que eu me segurei horrores, mas não deu! Dani passou duas semanas testando a minha fé depois que a dona Luísa veio e deu umas broncas nela.

Hoje ela passou dos limites e veio brigar comigo por um serviço que nem meu é. Na clínica tem uma equipe só pra cuidar da limpeza, ocorreu de um paciente vomitar e ela me ordenar que eu limpasse alegando que quem mandava lá era ela, um monte de coisa!

Mona, não fiquei calada não e o resultado foi uma demissão. Fui linda pro RH e depois de liberta daquele inferno, fui direto pro advogado porque eu ia botar no pau, mas não pela empresa e sim pela Dani! Vamo ver se ela fica mais um mês trabalhando também.

Roger parece que pressente e começou a conversar comigo enquanto eu esperava pelo advogado. Uma cachorrada sem fim e juro que só essa peste pra me fazer rir uma hora dessa.

📲 Roger

R: Tem jeito da gente se encontrar hoje?
Não precisa ir pro motel não, apesar da vontade insana que eu tô de fuder essa tua bucetinha.

B: Para de ser safado, cara!
Não vou sair contigo porque eu vou resolver umas coisas e a noite eu vou pro supermercado com a minha mãe.
Mas qualquer dia a gente pode ver o que acontece.

R: Fim de semana vou te sequestrar então.
Meus primos agitou uma casa de praia lá em Angra e tu vai comigo.

B: O jeito que tu decide as coisas por mim é diferente, tu é cheio dos querer.

R: Sheron disse que ia te convidar, tô só adiantando o convite, filhinha.

B: Tu sabe se eu quero ir?

R: Mas vai, pô!
Com nós não tem essa de não ir.

B: Se manca, garoto.

R: Aí, vou entrar no cemitério, vim deixar umas flores pra minha bisavó junto com a minha mãe, depois vou te acionar.

B: Tá bom, depois a gente conversa.

📲

O advogado me chamou e eu comecei a explicar a situação, eu tinha várias provas contra ela tudo no meu celular e como ela gerencia a empresa, então reflete na empresa também. Ele me garantiu ser causa ganha, então botei o processo pra frente.

De noite fui pro supermercado com a minha mãe e tava tudo pela hora da morte, mas mesmo assim as compras do mês lá de casa é sempre grande. Deus abençoe que mantenha assim por muitos e muitos anos!

Safira: Do jeito que as coisas são, é bem fácil deles passarem a mão na cabeça dessa mulher abusada. - colocou vários pacotes de café no carrinho.

Belisa: Não sei, mas tentei né? Que empresa gosta de tomar processo por causa de funcionário?

Safira: Tem razão, mas ainda tô com medo dessa mulher fazer alguma coisa contra tu depois.

Belisa: Deus é maior, mãe. - empurrei o carrinho.

Fiz as compras com a minha mãe, passei as compras no caixa, dei uma parte pra ajudar ela e claro que ela negou até o fim né e quase me bate. No fim guardei o meu dinheiro e nós fomos pra casa.

Minha mãe foi dirigindo, ela viu meu pai na esquina do Batata e parou pra falar com ele. Advinha quem tava na mesa com ele, o Raro e outro cara lá que eu não conheço? Isso mesmo, a peste do Roger que já me olhou com sorrisinho, mordendo o lábio e os caralho.

Ah, filho da puta!

[...]

Onze e meia da noite, meu pai dormindo na casa da Janine quase na divisa do PU com a NH, Rafinha pela casa da Paula e minha mãe maratonando série trancada no quarto e eu largadona na minha cama é o resumo da noite. Eis que meu celular vibra e era o safado me ligando.

Esse bofe não me esquece, que ódio.

📲 Roger

Belisa: Oi, insuportável.

Roger: Coé, tô aqui na esquina da tua casa, desce aí.

Belisa: Garoto, tá maluco? - dei um pulo da cama e fui até a janela.

Roger: Tô nada, tô sem sono mesmo e aí achei que tu podia me colocar pra dormir.

Belisa: Ridículo. - comecei a rir e ele piscando os faróis na esquina.

Roger: Vamo só conversar mermo, não dá em nada.

Belisa: Sabe que se alguém ver vai dar caô pra gente.

Roger: Devo pra ninguém não, desce aí pô!

Belisa: Te odeio, mas tô descendo.

Roger: Se quiser desce de baby doll de oncinha, quero ver se tu é braba igual uma onça.

Belisa: Ridículo.

📲

Troquei o baby doll por uma roupa de ficar em casa mais decente e mais confortável pra pular o muro porque nem fudendo eu ia sair pelo portão. Só de abrir, essa porra já faz um escândalo do caralho e aí seria inevitável não ter a minha mãe me fazendo um interrogatório de onde eu tava indo aquela hora.

Deu um trabalhinho, mas eu pulei o muro, na rua tinha ninguém e corri até o carro, entrei e bati a porta devagar pra não chamar atenção. Ele ligou o carro e deu ré estacionando na parte mais escura da rua e desligou o carro.

Roger: E aí, tá mais calma? - alisou minha perna como quem não queria nada, foi se aproximando e me dando um cheiro no pescoço seguido de um beijo - Cheirosa pra caralho!

Belisa: Tô é aliviada, Dani é insuportável, ela faz o clima pesar, mas tô em paz.

Roger: Logo logo tu tá com outro trabalho, inteligência eu sei que tu tem. É só questão de um tempinho, é tipo férias. - passou o braço em volta de mim e acariciou.

Belisa: Não tô deprimida, relaxa. - olhei pra ele e puxei o cabelo dele - Tu sabe que todo mundo reconhece o carro da tua mãe, não sabe?

Roger: Sei, mas não tô nem aí. - me puxou pro colo dele.

Belisa: E aquela parada da tua mãe, se nego descobrir de nós…

Sim, eu e Roger conversávamos diariamente e nem sempre o assunto era sexo. Então eu já sabia que a mãe dele não queria ele jogando graça pra mim por conta do meu pai.

Meu pai também não queria por conta da Babi e pelo histórico do Roger de antigamente. É, na cabeça do meu pai, ele é o satanás! Não que ele não tenha sido, ou ainda não seja, não sei.. Não boto minha mão no fogo por ele, mas o proibido tá gostoso e eu gosto da pegada dele.

Isso que é foda!

Roger: Se ela descobrir por mim tá descoberto, não tô cometendo crime nenhum. - alisou minha perna - Só se tu não quiser continuar, aí te deixo em paz.

Belisa: Não queria uma confusão agora, só isso. - passei meu braço em volta do pescoço dele.

Roger: Esquece isso, Belisa! - aproximou o rosto do meu e me beijou.

Ali a gente já incendiou. Roger reclinou o banco até embaixo, o banco deitou e os amassos dentro do carro se intensificaram.

DO JEITO QUE A VIDA QUER 4Onde histórias criam vida. Descubra agora