Após receber um convite do chá revelação da prima Vívian de ver doida ao ter que reencontrar a família após anos do pior acontecimento de sua vida, ao se ver num beco sem saída ela não tem outra escolher a não ser levar seu vizinho o apresentando co...
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Vívian levou a sério o desafio inocente do sobrinho de quatro anos. Pegou a bola de boliche com confiança, arremessou... e derrubou apenas um pino. Um só.
— Jorge: Se eu acertar dois, eu ganho! — exclamou, saltando como um campeão antecipado.
— Vívian: Acerta primeiro, depois você comemora, — disse, cruzando os braços com um sorriso no canto dos lábios.
Jorge, pequeno e determinado, mal conseguia segurar a bola que parecia pesar mais do que ele. Mas, com esforço e sorte de criança, arremessou — e todos os pinos caíram.
— Jorge: Uhul, ganhei! — Tília correu para pegá-lo no colo.
— Tília: É campeão! — gritava, rodopiando com ele no ar.
Vívian balançou a cabeça, entre rindo e desacreditando.
— Vívian: Não acredito nisso... — riu, rendida.
— Gabriel: É só uma brincadeira, não é, Jorge?
— Jorge: É sim, tia... mas eu derrubei mais do que devia. — disse, meio sério, meio vaidoso.
— Vívian: É, você ganhou. Mas da próxima, me espera.
— Jorge: Tá bom.
Deixamos as crianças jogando e nos afastamos um pouco, observando de longe. O dia começava a escurecer, e então decidimos ir para casa.
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— Jorge: Eu não sei fazer gol... — resmungou.
— Tília: Aperta o quadrado! — gritava da sala, enquanto Vívian arrumava o quarto.
— Tília: Não quero mais esse jogo, é de menino! — emburrou-se.
— Gabriel: Tem outro aqui... mas vocês vão ter que se mexer de verdade.
— Tília: Tá bom!
— Jorge: Esse eu quero!
Coloquei o Kinect Adventures e, em segundos, os dois pulavam como se estivessem em um trampolim invisível.
— Vívian: Nossa, que joguinho divertido! — disse, sentando-se ao meu lado. — O almoço é seu. Já limpei tudo, até o andar de cima, que tava uma bagunça graças aos cachorros.
— Gabriel: Tudo bem.
— Vívian: O feijão tá temperado, o arroz lavado e a carne é só refogar.
— Gabriel: Então, tecnicamente, eu não vou fazer nada.
— Vívian: Eu ia fazer, mas tô numa preguiça... — suspirou, encostando-se em mim.
— Gabriel: Tudo bem, eu faço.
Fui à cozinha, preparei o almoço, cozinhei legumes, coloquei a mesa com cuidado.
