Fuga.

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    Dias depois

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    Dias depois.

   Já estamos em casa e arrumando nossas coisas pra sair de madrugada em direção a Minas Gerais.

— Fala pra mamãe que o titio também quer ir! - Pedro falou. - Deixa meu tio ir mamãe. - puxou meu cabelo.

— Para Pedro! - falei seriamente e ele puxou meu cabelo novamente. - Vai perturbar outro! - prendi o cabelo. - E segura ele direito, ele tá forçando a coluna dele! - endireitei o Bento no colo dele.

— Deixa eu ir com você Vívian. - falou quase implorando.

— Vai caçar o que fazer Pedro, eu hein! - falei seria. - Homem Velho querendo ir em viajem de família, família essa que nem é sua. - fechei a mala.

— Mas eu te considero.

— Mas eu não! - coloquei a mala no canto do quarto. - Cadê seu irmão? - abri mais a janela do quarto e o Bento fechou os olhos por conta da claridade. - Fala, o gato comeu sua língua? - fui tirando a roupa do Bento.

— Saiu com o Eduardo. - engoliu seco.

— Pra fazer as merdas de vocês? - ele me olhou espantado. - Ele já me contou tudo.

— Você sente raiva dele? - neguei dando de ombros.

— Acho que nem eu sei, acho que tenho sentimentos maiores por ele.

Tínhamos chego há dois dias da Bahia, os irmãos do Gabriel estacionaram aqui não sei por qual motivo.

— Acha que o Bento de alguma forma segura o relacionamento de vocês? - o olhei fixamente bem surpresa com a resposta.

— Claro que não, criança não segura filho. - tirei a calça do Bento e encostei em algo relativamente duro que estava em sua cintura, levantei a blusa dele rapidamente. - Você está armado? - peguei o Bento do colo dele.

— Foi o Gabriel que pediu. - se explicou. - Eu não estaria aqui se não fosse necessário.

— Sai da minha casa, eu não quero nenhum de vocês perto de mim e muito menos do meu filho. - o empurrei pra fora do quarto. - Caso a bomba de vocês exploda que exploda bem longe da gente. - bati a porta.

Cada dia que passa está pior, eu tento relevar tudo mas parece que piora cada vez mais o que me deixa bem confusa. Me desfoquei de todos os problemas e fui cuidar do Bento, dei um banho nele o arrumei e fui pra cozinha onde dava pra ver as filmagens de todas as câmeras, lá eu pude ver o Pedro na porta da casa mais precisarmente dentro do carro.

— Onde nós metemos meu filho. - Beijei a cabeça do.

Fiquei olhando a câmera e analisando cada movimento que o Pedro fazia dentro do carro, até dado certo momento dois rapazes todo de preto bateram no vidro carro e rendeu o Pedro, eu não pensei duas vezes antes de sair pelos fundo da casa,  eu fiquei muito sentida em ter que deixar os três cachorros ali então eu só peguei a miumiu que é minúscula, chamei um Uber e me mandei pro hotel mais distante que tinha ali.

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