Após receber um convite do chá revelação da prima Vívian de ver doida ao ter que reencontrar a família após anos do pior acontecimento de sua vida, ao se ver num beco sem saída ela não tem outra escolher a não ser levar seu vizinho o apresentando co...
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— Nem consigo acreditar que finalmente vamos nos mudar.
O pessoal da mudança já estava ali, movendo caixas para o caminhão com a ajuda dos irmãos do Gabriel. Eles chegavam cedo, cheios de energia, chamando pelo Gabriel, depois saíram para tomar um café juntos. Eduardo se ofereceu para levar meu carro ao Rio junto com os cachorros, ele e Pedro — que havia chegado de avião.
— Bora para casa? — disse, colocando as bolsas do Bento na mala.
— Vou sentir saudades daqui... Se eu não tivesse me mudado, talvez nunca teríamos nos encontrado.
— Estava escrito, pode ter certeza. — Falei com firmeza, sentindo a certeza que vinha do fundo do peito. — Era pra ser nós três.
Aproximei-me devagar e dei-lhe um selinho suave.
— Seis, né? — Corrigi, com um sorriso.
— Sete, talvez? Vamos ter a Gabriela? — Ele pousou a mão na minha barriga, mas eu neguei com a cabeça, rindo.
— Não tem Gabriela nenhuma — murmurei contra seus lábios antes de dar um tapa carinhoso na bunda dele.
Entramos no carro e seguimos para o Rio, e eu já sabia que dali em diante começava uma nova vida — um novo ciclo.
— Olha só como ele dirige! — comentei, observando-o pelo retrovisor. — Parece que está sozinho no mundo.
— Rabugento — respondeu, com um sorriso malicioso.
Fizemos o caminho conversando, paramos apenas uma vez. Os irmãos dele, no entanto, pareciam determinados: logo já estavam na nossa frente.
— Você vai ver, eles sempre chegam antes — ele disse, esticando o corpo e fazendo uma careta.
— A idade chegou, Vivi! — brincou.
— Não gosto de apelidos — rebati, cruzando os braços.
— Então me chama de mozinho! — disse ele, toda romântica.
— Mozinho? Ah, para! — respondeu com um bico, juntando nossos lábios num beijo.
— Para com isso! — belisquei-o, sorrindo.
Na parada, saí do carro e fui até o Bento, que dormia tranquilo. Troquei sua roupa com cuidado e o coloquei no meu peito.
— Já está grudado, hein? — Gabriel entregou-me uma garrafinha de água com gás, enquanto eu acariciava o rosto.
— Obrigada... Está com fome? — Perguntei, vendo Bento parar de mamar para encará-lo.
— Já pode comer mingau de arroz! — disse, acariciando minha barriga, que começava a crescer.
— Feijão com abóbora — corrigi, sorrindo.
Coloquei Bento no carrinho e seguimos o caminho. Chegamos à nossa nova casa, e logo todos estavam lá para ajudar a arrumar as coisas da mudança.