Após receber um convite do chá revelação da prima Vívian de ver doida ao ter que reencontrar a família após anos do pior acontecimento de sua vida, ao se ver num beco sem saída ela não tem outra escolher a não ser levar seu vizinho o apresentando co...
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— Que roupa eu escolho agora? — murmurei, encarando o guarda-roupa como quem procura um destino em meio às gavetas. — São só dois dias... mas dois dias exigem escolhas.
— Acho bom, viu — provocou Giulia, sentada no canto da cama, com um ar maroto —, num dia você vai toda comportadinha... e no outro, mais periguete.
— Que periguete o quê! — protestei, pegando uma minissaia e girando com ela nas mãos. — Vou estar com os sogros! Mas que dava vontade de me fantasiar de boiadeira pro meu maridex, ah, isso dava.
A pose cômica, com as mãos nos joelhos e o quadril rebolando até o chão, arrancou gargalhadas.
— Gabriel com aquela carinha de santo... mas no fundo, ele acabava com você, né não? — disse Tália, com um sorriso travesso.
— Acabava mesmo — respondi, caindo sentada na cama como quem se rende à lembrança. — Mas também não ficava atrás, viu?
— E o Bruno? — perguntou Giulia, arqueando a sobrancelha. — Dava no coro? Tenho minhas dúvidas... cara de playboy demais.
— Dava sim, ué — dei de ombros. — Era... normal. Nada de virar o olho, aquelas loucuras de filme. Mas, olha, deve ter melhorado com tanta troca de mulher.
Cocei o nariz, disfarçando.
O assunto escorregou para o sexo, como sempre acontecia quando estávamos sozinhas e leves. A liberdade entre nós era mais doce do que qualquer pudor.
— Eu gosto é de uma loucura. Já usei até algema — disse Giulia, e eu arregalei os olhos.
— A coisa mais diferente que usei foi uma camisinha que brilha no escuro... parecia show pirotécnico! — rimos alto, quase derrubando a pilha de roupas.
— Meu marido é da moda antiga — disse Tália, ajeitando a blusa —, mas trabalha muito bem, obrigada.
— Teve um dia que o Gabriel me pegou ali, naquele banheiro — mostrei com o queixo. — Assim ó! — empurrei Giulia de leve, inclinando-a para frente.
— Ai, para! Parece que vou cair! — protestou ela, entre caretas. — Eu hein... você confia demais no Gabriel. O Ítalo, se fosse ele, me soltava depois que gozasse!
— Gustavo me jogava longe — completou Tália, rindo.
E seguimos, entre risadas e provocações, enquanto eu ainda tentava decidir o que vestir. Mais tarde, saímos para jantar com o pessoal. A mesa estava cheia de conversas cruzadas e taças erguidas.
— Estava falando com sua mãe sobre passarmos o Réveillon em Copacabana — disse Helena, entre goles de vinho. — Ia ser lindo.
— Sair um pouco da confusão daqui — completou Vanessa, e todos concordaram.
Confusão, sim, mas não de brigas. Era a movimentação intensa, o burburinho das ruas, o calor dos encontros.
— Por mim, perfeito! O show pirotécnico lá é maravilhoso! — disse Tília, animada.