Acidente.

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    Dois dias depois

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    Dois dias depois.

   Já estávamos em casa e hoje é dia de médico pro Bento, fomos em cinco médicos diferentes e o último é o fonoaudiólogo que é o amigo do Gabriel.

— Que orelha grande, puxou o pai! - eles riram. -  vai na festa de formatura? - foi neste exato momento que lembrei que a Yandra me convidou pra a festa de formatura dela.

— Ela me falou mas não estou com cabeça pra ir e também não dá mais tempo falta uma semana.

— Eu disse a ela que ia. - Gabriel me olhou sem entender. - Encontrei com ela na padaria e confirmei que iria então não tem nem pra onde correr.

— Ela tá afastada de todo mundo, não tá mais namorando o Fábio.

— Eles estão anos juntos também né, estudavam juntos trabalhavam juntos. - negou. - Estava na cara que não ia dar certo durante muito tempo.

Eles ficaram fofocando enquanto o amigo examinava o Bento, quando a fofoca se encerrou ele fez umas perguntas e o Gabriel respondeu a maioria, a consulta foi excelente e o Bento estava dentro do esperado então estava ótimo.

— Estava falando bem hoje hein! - Coloquei o cinto.

— Queria que eu calasse a boca? - falou cheio de gracinha.

— Tem dias que você quase não fala. - Ele sorriu. - O problema sou eu mesmo! - fiz drama e ele estalou os lábios.

— Só fiquei feliz de encontrar um amigo! - tirou o encosto do braço que era a nossa divisória ali do carro, ele aproximou o rosto do meu me cheirando e beijando meu pescoço. - Queria sair pra jantar a trois! - beijou minha mão. - Eu, tu e o empata foda!

— Não fala assim dele. - Gabriel sorriu. - Nem me falou como foi na consulta mais cedo.

     Gabriel saiu na parte da manhã hoje pra ir no urologista, como seria nos horários diferente dos médicos do Bento ele saiu mais cedo e nós buscou depois.

— Normal, gozei no potinho. - arregalei os olhos. - Um sacrifício, toda hora a enfermeira colocava a cara na salinha pra ver se eu tinha terminado.

— O que? - faltei dar um grito.

— Quando eu estava quase ela entrava pra ver se eu tinha terminado aí eu brochava.

— Por que que ele entrava? - juntei as mãos me encostando no banco e encarei ele. - Você não falou que não queria que ela entrasse.

— Falei mas ela não ligou muito! - falou sem se importar. - Virei de costas pra ela e fiquei lá ordenhando. - falou com sotaque paulista.

— Ela é uma safada! - ele me olhou. - Estava querendo ver o que não devia.

— Se queria não viu que eu me cobria. - sorriu.  - Achei que era coisa da minha cabeça mas depois eu vi que ela estava mesmo querendo me ver por que tinha um cara que também estava fazendo coleta e a enfermeira que estava com ele estava sentada mexendo no telefone.

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