Após receber um convite do chá revelação da prima Vívian de ver doida ao ter que reencontrar a família após anos do pior acontecimento de sua vida, ao se ver num beco sem saída ela não tem outra escolher a não ser levar seu vizinho o apresentando co...
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Sai do banheiro ainda com os óleos corporais dela espalhando aquele cheiro doce pela casa.
— Eu só queria o tete da minha mãe — murmurou, manhosa, e por um segundo me peguei sorrindo sozinho com a cena. - Só isso! - sorriu o Bento.
— Cadê o seu perfume? — perguntei, franzindo o nariz.
— Escondi. — Tália riu atrás dela. — Você sempre fala que ele é forte... agora nem um centímetro de perfume tem.
— Eu compro três pra você depois. — Ela balançou a cabeça como quem não acreditava.
— Depois que casa não pode ter nem o próprio perfume... O perfume tá no mesmo lugar de sempre.
— Nem vi. Quase dentro da minha cara.
— Segura ele firme, Tília! — Vívian quase gritou. Eu também já estava vendo o Bento se espatifar no chão se aquela menina não firmasse melhor os braços.
— Toma, tio! — ela me entregou o bebê cheia de medo. — Ele tá se mexendo!
Peguei o Bento no colo com firmeza.
— Conforme ele for crescendo, você aprende a pegar ele. — disse, ajeitando o pequeno no meu peito.
— Vamos ter a noite em claro pra treinar — Gustavo provocou.
— Ele não vai passar a noite em claro. Vai dormir, como sempre dorme com o papai e a mamãe. — Tália acariciou o Bento com um carinho que só quem é mãe reconhece.
— A história não é bem assim — murmurei, tentando sorrir sem parecer abatido. — Queria eu que ele dormisse a noite toda...
— Essa noite foi um olho aberto e outro fechado — Vívian completou.
A verdade é que os últimos dias tinham sido mais difíceis. Bento não era mais aquele recém-nascido calmo. E por mais que a gente tentasse manter a leveza, o cansaço nos roía pelas beiradas.
— Vou me trocar. Já está arrumado? — ela perguntou.
— Não... mas já vou. Só quero mais uns minutos com ele.
Ela assentiu e sumiu no corredor.
— Depois de um mês em casa, saindo juntos pela primeira vez — Túlio comentou, me olhando como quem entende.
— Tem um pouco mais de um mês que não saímos juntos. Mas agora... a realidade é outra. — Disse, enquanto o Bento fazia uma careta engraçada. — Esvaziou a bexiga? — ele virou o rostinho, levantando o pescoço.
— Como pode ele ser tão esperto? Nem parece que tá fazendo um mês hoje — Gustavo admirou.
— Acho normal — ri sem jeito. — Mas você deve ter uma percepção melhor... já teve dois filhos.