Tóquio.

604 52 1
                                        

Enfim chegamos

Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.


Enfim chegamos. Lancei-me da cama do hotel com uma mistura de alívio e impaciência.

— Finalmente, estamos aqui! — anunciei com um brilho contido nos olhos.

Gabriel, tirando a jaqueta, murmurou com evidente cansaço:

— Confesso que havia esquecido o quanto essa viagem é longa. Estou exausto, nós estamos. — Corrigiu-se, com um leve sorriso cansado. — Mas tenho um lugar especial para te levar. Vamos?

— Somente se for imediatamente! — respondi, levantando-me com agilidade.

Preparei-me rapidamente, optando por deixar meu cabelo ao natural e vestir uma roupa que evocava as cores da bandeira do Brasil, combinada com um salto que acrescentava uma elegância casual.

— Já sabes para onde vamos, não é? — Gabriel perguntou com um sorriso malicioso.

— Para o festival de drift, claro — afirmei, com a empolgação contida na voz.

— Quero dirigir — disse, atrevida.

Ele arregalou os olhos em incredulidade e negou, fazendo-me rir.

No caminho, juntamo-nos a um casal de amigos que nos aguardava no carro. A conversa fluía leve, amenizando o cansaço da longa jornada.

— Primeira vez aqui? — questionou Joaquim, curioso.

— Sim, foram muitas horas de viagem. Não imaginava que o lugar fosse assim — respondi.

— Esta é a pior parte — afirmou Lana, sua esposa. — Quantas escalas fizeram?

— Duas: São Paulo e Doha.

— Para as mulheres, a sensação é pior — comentou Lana. — Tanto tempo sentada...

Ao chegar, deparamos-nos com uma multidão fervilhante e uma impressionante coleção de carros personalizados que chamavam atenção sob a luz do entardecer.

— Veja, Gabriel, aquele carro rosa é magnífico! — apontei, admirada.

Ele abaixou meu braço, sorrindo com uma leve repreensão.

— Lembre-se, aqui não se aponta com o dedo. Apenas com o queixo.

Concordei, envergonhada pela distração, mas logo retomei a compostura.

Enquanto nos posicionávamos para assistir às corridas, Gabriel aproximou-se, envolvendo-me por trás, sua mão deslizando pelo meu quadril até repousar em meu ventre.

— Não sei como você suporta esse salto — sussurrou em meu ouvido, alisando minha perna.

— Estou habituada — respondi, cruzando as pernas e inclinando a cabeça, permitindo-lhe um beijo delicado no pescoço.

Apesar do entusiasmo ao redor, o cansaço fazia-se presente, e acabei por adormecer encostada nele, mesmo de pé.

Mais tarde, ouvi uma jovem pedir um isqueiro, e, antes que Gabriel pudesse responder, intervim de forma firme.

Noivos por acaso.  Onde histórias criam vida. Descubra agora