VERSÃO ANTIGA

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AVISO!

Em respeito aos meus leitores, aviso que este capítulo  possui conteúdo erótico e não é aconselhável para menores de idade. Sua leitura não é obrigatória. O capítulo 11, que será postado na próxima quarta-feira, também possui conteúdo semelhante. Os leitores que optarem por pular esses dois capítulos, poderão saber do ocorrido através de um breve resumo ao início do capítulo 12, que será postado daqui a uma semana.

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O dia estava sendo bastante conturbado. Começou com um agradável passeio ao lado da Nayara, que rapidamente virou algo mais, que foi interrompido de forma abrupta e cruel. Eu não estava pronto para me decepcionar. De novo. Mas algo me dizia que as coisas com Marcela seriam diferentes. Se ela sabia sobre mim e ainda parecia interessada, não havia o que temer.

Seus lábios continuaram ali, muito, muito próximos dos meus. Afastados por um centímetro de hesitação. Eu tentava decifrar o que me diziam seus olhos, mas Marcela tem um ar todo enigmático. Fiquei pensando se deveria tomar a iniciativa... Como já mencionei, ela me intimida, mas algo dentro de mim dizia que eu precisava tomar as rédeas pela primeira vez.

− Fofo é apenas uma das minhas muitas qualidades – devolvi, tentando abandonar meu lado de menino amedrontado. – Quer conhecer todas as outras? – perguntei, aproximando meu rosto do seu e roçando nossos lábios por uma fração mínima de segundo.

Ela deveria ter dito sim, mas apenas passou a língua por onde meus lábios acabaram de tocar. E, bom, eu não precisava de mais nada. Aquele pequeno gesto foi o sim pelo qual esperei. Eu me levantei da cadeira, carregando-a no colo. Ela riu de um jeito descontraído e não questionou sobre a direção que eu estava tomando.

− Estou com as mãos ocupadas – lembrei-a assim que paramos na frente da porta do meu quarto.

Marcela estendeu uma das mãos livres até a maçaneta e finalmente abriu a porta do meu refúgio. Eu deveria ter ficado um pouco constrangido pela bagunça, mas não tive tempo para isso. Coloquei Marcela na minha cama com toda delicadeza que pode se esperar de um cavalheiro. A questão é que ela, de delicada, não tem nada. Ela enlaçou o meu pescoço e me puxou para si, me fazendo cair sobre seu corpo magro. Temi tê-la machucado, mas seu sorriso me dizia que o sentimento que lhe tomava o corpo era outro completamente diferente.

− Desde que te vi pela primeira vez, na portaria desse prédio, anseio por esse momento – confessou-me como se tivesse esperado por uma agonizante eternidade.

− Faz apenas poucos dias – justifiquei.

− Poucos dias desperdiçados, ainda assim – essa conversa se seguiria pelos próximos minutos se eu não a tivesse interrompido. Se havíamos perdido muito tempo, eu estava pronto para compensá-lo.

Finalmente.

Finalmente uni meus lábios aos dela. Minha língua percorreu cada centímetro de sua boca e era tudo tão avassalador! Nenhuma das mulheres com quem fiquei era tão intensa quanto ela. E embora fosse assustador e intimidante, também era delicioso. Nós nos beijamos por incontáveis minutos, até que nossas bocas ficassem dormentes. Paramos por um breve segundo e eu me permiti admirá-la de cima. Seu sorriso frouxo era inebriante e chegava aos olhos com inacreditável facilidade. Seu cabelo castanho cobria todo o meu travesseiro de uma forma quase poética. Levei uma das mãos até seu rosto, contornando-o com uma recém-descoberta admiração. Marcela apenas fechou os olhos e se permitiu o toque e as sensações que o acompanhavam. Curvei-me sobre ela e lhe beijei o pescoço, que me foi cedido de imediato.

SINGULAR (degustação)Onde histórias criam vida. Descubra agora