O espírito é condicionado ao corpo físico para que assim possa ter uma existência física no orbe terrestre e realizar todas suas funções e missões, porém esse espírito acaba sendo "contaminado" por todos os apegos físicos e sentimentais que o rodeiam enquanto encarnado. Muitas pessoas ao desencarnar sentem muito essa situação, isso porque o espírito quando desencarna está justamente seguindo seu destino, ou seja, está livre, está apto para continuar seu caminho, mas agora o mundo é outro, o que era praticamente material passa a ser energético, fluídico e muitas vezes não palpável. Aqueles que em vida mantinham um grande apego por objetos ou pessoas acabam entrando numa prisão autolimitada que gera um freio enorme no seu próprio desenvolvimento.
As famosas histórias que escutamos de casas e lugares mal-assombrados, ou objetos que tinham um grande valor por parte de seus donos e que após falecerem se tornam detentores de acontecimentos paranormais, são exemplos claros de apego material em que o espírito envolvido fica preso a tais objetos/lugares e acabam não seguindo seu verdadeiro caminho... Além dos apegos por parte do espírito há outro ainda mais comum e com maiores consequências, é o apego dos que ficaram na terra para com aqueles que se foram. Como exemplo a dor uma mãe que acaba de perder um filho, ela entra numa onda de sentimentos e acontecimentos enormemente traumáticos para ambos, para ela por perder o que tinha de mais valioso, e para a criança porque acaba sentindo profundamente toda a saudade e a dor que ficou com a separação, isso não deve ser confundido com saudade que é totalmente natural, mas o apego intenso de quem ficou acorrentando o espírito desencarnado, principalmente se essa pessoa mantém todos os objetos e pertences de quem faleceu, muitas vezes até mesmo mantendo o quarto ou a casa do mesmo jeito que a pessoa gostava, isso faz com que seja emanada uma sequência de vibrações negativas ao espírito, por mais que a pessoa que o faça pense que estará confortando ou sendo confortada com tal hábito, se torna um peso para ambos os lados.
A importância disso é tão grande que há inúmeras equipes espirituais que visa justamente o controle e o corte dessa ligação, para que assim o espírito possa ser amparado e possa seguir seu caminho no plano espiritual. Ressalvo novamente que é distinto sentir saudades de uma pessoa querida que se foi do que ter uma rotina cheia de apego por ela.
A saudade é uma maneira de recordar sentimentalmente dessa pessoa, relembrando momentos da trajetória juntos, já o apego vai mais além, é uma forma de tentar manter uma pessoa que já não mais pertence ao mesmo orbe. Isso, portanto não significa que a comunicação entre um espírito desencarnado com um familiar seja negativa ou traga problemas, muito pelo contrário, quando o espírito esteja numa situação onde ele já tenha o controle e principalmente a aceitação de sua condição, certamente será dado uma oportunidade de comunicação, seja através da psicografia ou de outro método que melhor convenha, até mesmo sonhos são forma de contato, isso geralmente é permitido para que seja passada mensagens para consolo e carinho recíproco, alimentando melhor o entendimento das situações que levaram tal desencarne e consequentemente uma maior paz espiritual. Acredito que nem tudo fica guardado na memória. A mente humana funciona mais como um disco rígido falho do que como um motor de carro novo. Mas apesar das lacunas, sejam causadas pela ausência natural do registro ou pelo tempo que o relógio passa, certos momentos são gravados na retina do tempo. Dos curiosos e que vieram à mente nesta semana, está o meu primeiro contato com a morte.
Quando pequeno, é verdadeiramente difícil compreender a gravidade do que está acontecendo ao seu redor. A sensação é como a de acordar de um longo sono no meio de uma festa. Sabemos que há barulho, há música, há pessoas, mas não temos muita certeza de como tudo isso aconteceu – ou, porque aconteceu. Para muitos esses temas ainda parecem ser um tabu, mas não devemos esquecer que uma vez desencarnado o espírito obrigatoriamente deve seguir seu caminho em busca da evolução, e quaisquer contradições a essa lei trará consequências negativas tanto ao espírito que se foi como também aos que ficaram na terra. A Bíblia diz que nós fomos feitos do pó da terra. A mesma proporção de água que existe na terra também existe no nosso corpo (70%). E também semelhante à água do mar, as nossas lágrimas e o nosso suor são salgados. E todos os elementos minerais e químicos que encontramos no corpo humano encontramos também na terra. Quero citar apenas alguns: oxigênio, carbono, hidrogênio, nitrogênio, cálcio, potássio, enxofre, sódio, magnésio, ferro... fósforo. Cada elemento tem uma função, o fósforo é importante para o bom funcionamento do cérebro, e é até comum se dizer: "a sua memória está fraca, você está precisando de fósforo!", segundo os especialistas, porque o fósforo é um ativador das funções cerebrais. Mas veja, o texto diz que Deus soprou. E soprou o quê?
O fôlego de vida, só Deus pode dar Vida, porque Ele é Fonte da Vida, só Ele é Doador e Mantenedor da Vida. Lucas, que foi um médico, é o escritor do evangelho de Lucas e também do livro de Atos. Veja o que o Dr. Lucas nos diz no livro de Atos 17:28 "Porque nele vivemos, e nos movemos e existimos..."
A Bíblia diz que Deus soprou o Fôlego de Vida no boneco de barro e o boneco de barro foi feito alma vivente. A Bíblia diz que o Homem passou a ser uma alma e não que passou a ter uma Alma. Então você não tem uma alma, você é uma Alma. Talvez isso que você está ouvindo seja uma surpresa, e talvez você até esteja um pouco confuso, mas para facilitar a compreensão eu quero ilustrar. A flauta é um instrumento de sopro. Bem, se eu pegar um instrumento e soprar o som que vai sair é o que chamamos de música! Bem, a pergunta que eu quero fazer é para onde foi a música no instante que eu parei de tocar? Ela foi parar em algum lugar? Ou ela simplesmente desapareceu? Deixou de existir? A música simplesmente deixou de existir! Mas para que exista música da flauta, você precisa ter três coisas:
-1º) O Instrumento
- 2º) O Músico
- 3º) O Fôlego.
Comparando a música com a vida. Então podemos dizer que: O Instrumento é você, o Músico é Deus. Assim como para existir a música são necessárias três partes. O Instrumento, o músico e o fôlego do músico. Para que exista vida, para que você seja um ser vivente, você precisa de Deus. O fôlego que existe em você é procedência de Deus, o fôlego de vida provém de Deus. Dentro de cada ser vivo existe o fôlego de vida que provém de Deus.
Bem então o que é morte? O que acontece com a alma no momento em que a pessoa morre? A morte nada mais é do que o processo contrário da criação.
Você se lembra? Na criação havia o boneco de barro, ou o corpo, ou a matéria. Mas não era um ser vivo. Não tinha vida.
Deus então soprou no ser humano o fôlego de vida. Concedeu ao ser humano, aquilo que só Deus pode dar: Vida, fôlego de vida, energia vital. E o ser humano passou a ser uma Alma Vivente.
Ah! e vamos ser sinceros, viver é maravilhoso, eu amo minha vida!
Continua...
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Lembranças das Minhas Outras Vidas-Livro 1 / 2 /3
SpiritualUma alma com várias vidas. A evolução de um espírito experenciando a vida humana com conflitos, alegrias e tristezas, tudo fazendo parte para a evolução espiritual. Uma alma forjada nos sentimentos mais íntimos, aprendendo muitas vezes sofrendo, lap...