A mãe da pequena Vivienne, arrumava os pequenos filhos para irem à escola, quando à menina disse:
—Mamãe, chama a Angeline para ir conosco, chama... A mãe ocupada, não se deu muita conta, falou:
—Quem é ela, uma amiguinha da escola?
—Não mamãe, é aquela moça que sempre está aqui, ela senta aí na poltrona e conversa comigo, vem sempre a noite, ela é sua amiga? A mãe ficou olhando para à menina, e se preocupou, não conhecia ninguém com aquele nome, e desconversou e saíram. Precisava falar com o marido, se reuniram e conversaram sobre isso. Sozinha depois de deixar as crianças na escola, Ivy estava pensativa, tinha algo acontecendo com sua filha e agora não deixaria que nada levasse sua menininha, não passaria por tudo que passou com Saran no passado, sentia que a situação poderia se repetir, então tomaria providências, não podia conversar com qualquer um, as pessoas a achariam louca.
No quarto, Yul estava relembrando o acontecido junto do irmão, sentiam vergonha do acontecido, davam gargalhadas quando o Monge Niin entrou:
—Vocês estão rindo do que?
—Oi monge, nem tinha visto que você tinha entrado, mas é que passamos por um vexame no sábado;
—Sério? me conte...
—Eu e Genghis fomos ao cabaré, você sabe qual é, estávamos doidos para assistir ao espetáculo;
—E vocês gostaram, me contaram que é lindo o show, que tem dançarinas perfeitas;
—Sim, é tudo muito maravilhoso..., mas deixa te contar...
—Estávamos nós esperando o show, algo me chamou atenção, lá tem uma escadaria magnífica, que me fez recordar algo, não entendia bem tudo aquilo, olhei para cima e quando meus olhos chegaram no último andar, senti tonturas e desmaiei, pense numa sensação de morte disse Yul.
—Vocês dois, já pensaram que, em algum tempo atrás, em outra vida você pode ter vivido ali?
—Como assim? seria possível? perguntou Genghis
—Sim, e porque você ficou tão tocado com o lugar? Além do mais, esse cabaré é bem velhinho, pode ter sido na encarnação passada...lembre-se, que Viviane lembra algo de lá. E sabemos que à dona do bistrô foi dançarina lá.
—Nossa, vou pesquisar quando esse cabaré foi fundado, e somar minha idade, vamos ver, talvez tenha razão, disse Yul
—Lembra que falei das vidas que temos, não lembramos por causa das situações que nela existiu, Deus nos protege com o esquecimento. Veja a Viviane, sabe dançar Can can, sem nunca ter feito dança, quem sabe vocês não viveram no mesmo lugar, imagino que vocês tenham ligações de vidas passadas, tem resgate e problemas, que o esquecimento feito benção apagou, mas sensações ficam. Os dois rapazes se entreolharam e ficaram pensativos e foi Yul quem falou.
—Monge, você acha que Viviane pode ser Saran e também Josephine?
—Não sei filho, não tenho essa perfeição da sabedoria, mas te digo, que se for ela, pode ter certeza que estão resgatando algo, faça da vida o melhor, seja o melhor sempre, uns para com os outros. O corpo físico, nas bênçãos da reencarnação, compete-nos zelar por ele qual sagrado depósito, recebido do Tesouro Divino, e do qual daremos contas, em momento oportuno. A doença não é um flagelo, mas, sim, uma resposta, à nossa própria ação, ou à ação estranha que aceitamos sem resistência. Vê-se, portanto, que, em certo sentido, ela é um sinal, para que raciocinemos em buscado equilíbrio da preservação do nosso patrimônio de natureza divina. Livrar os homens de suas enfermidades, de modo generalizado, tão logo apareçam, seria prestar-lhes um desse serviço, porquanto, abrir-lhes-ia as portas da indisciplina e do desregramento, em detrimento da sua educação e da sua marcha evolutiva.
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Lembranças das Minhas Outras Vidas-Livro 1 / 2 /3
SpiritualUma alma com várias vidas. A evolução de um espírito experenciando a vida humana com conflitos, alegrias e tristezas, tudo fazendo parte para a evolução espiritual. Uma alma forjada nos sentimentos mais íntimos, aprendendo muitas vezes sofrendo, lap...