"'Livro II " Introdução

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Continuação

Continuação

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Introdução

Você pode se perguntar...De que adianta a reencarnação se eu não lembro?

Como vou pagar por algo que não fiz?

Eu vou dizer uma coisa para você: Se eu não acreditasse na reencarnação eu seria ateia.

A mesma energia que eu dispendo propagando o Evangelho e o Espiritismo eu dispenderia propagando o ateísmo. E assim como eu tenho bons argumentos para falar de Evangelho e de Espiritismo, eu teria bons argumentos para destruir as crenças das pessoas e conduzi-las ao ateísmo.

Por quê?

Porque se essa fosse a nossa única vida, se a nossa vida se resumisse a essas poucas décadas que nós vivemos com um corpo de carne, esse mundo seria terrivelmente injusto. E se esse mundo fosse assim tão injusto o seu criador seria terrivelmente cruel.

- Mas que isso: o seu criador seria sádico, cruel e nojento!

Nada, além da reencarnação, pode explicar tanta desigualdade no mundo. Como é que alguém nasce em berço de ouro, com toda comodidade, num corpo bonito, com dinheiro, com carinho da família, tudo de bom; e outro nasce miserável, numa vila, enjeitado pelos pais, se criando ao Deus dará, desnutrido, feio, sem nenhuma perspectiva de melhora na vida.

Hoje é comum as pessoas compartilharem na Internet fotos de crianças com doenças terríveis, totalmente deformadas, às vezes sentindo dor o tempo inteiro.

Um ateu quando vê isso grita de raiva contra Deus. Para ele o culpado é Deus. Por isso ele é ateu. Ele diz que não acredita em Deus porque ele acha que Deus é ruim. É claro que existe o ateu mais bem fundamentado. Esse tipo de ateu deve atribuir tudo isso ao acaso.

Mas o religioso, principalmente o cristão, seja ele católico ou protestante, o religioso que acha que só existe essa vida, que nós não existíamos antes: como é que ele explica isso?

Não explica! O máximo que ele diz é:

- Deus tem um plano para você, meu irmão!

-Mas que plano é esse?

Eles podem argumentar, com muita razão, que essa vida é passageira, que são alguns anos de sofrimento aqui, mas depois tem a eternidade no céu.

Tudo bem. Mas isso não explica as diferenças aqui. Passar a eternidade no céu, tudo bem; mas por que um vive com tudo de bom e o outro com tudo de ruim?

O nosso problema é que nós percebemos uma partícula infinitamente pequena da criação e fazemos os nossos julgamentos em cima disso. Por exemplo: nós observamos o momento presente e vemos sofrimento e desigualdades - mas se nós conseguirmos ampliar a nossa compreensão; se nós tornarmos a nossa visão da vida mais abrangente; nós seremos capazes de perceber que para tudo existem causas; que essas causas evidentemente remontam ao passado; e o que não pode ser explicado levando em conta apenas a existência atual pode ser explicado se considerarmos que nós já existíamos antes, que nós já tivemos muitas existências, que nós cometemos erros e acertos em todas as nossas existências, e que esses erros e acertos geram resultados.

Nós não pagamos por nossos erros do passado - não se trata de pagamento porque não se trata de dívida. Mas todos os nossos atos geram consequências.

Se formos mesmo todos reencarnados, por que não nos lembramos das existências passadas?

É uma questão intrigante, causa mesmo de dúvidas em muita gente. O esquecimento do passado (existências anteriores) indica a sabedoria de Deus. A lembrança viva de episódios vividos anteriormente traria vários inconvenientes, entre os quais traria desequilíbrios.

Estaríamos o tempo todo nos sentindo humilhados, pela lembrança desagradável de muitos deslizes morais, especialmente quando envolvendo terceiros; nos sentiríamos exaltados de orgulho e da prepotência, por causa de posições de destaque no passado. E quando diversos traumas continuariam impedindo condições de felicidade e progresso; e ódios e vinganças estariam minando os relacionamentos e provocando novos agravamentos.

Entretanto, ele nos deu as inumeráveis vantagens, fruto da Sabedoria Divina, a oportunidade de recomeço, sem lembranças perturbadoras; o progresso efetuado permite-lhe, agora com mais lucidez, optar por novos aprendizados; reconciliação com antigos adversários sem que necessariamente haja o constrangimento das recordações que a poderiam impedir; superação de traumas passados em circunstâncias ora renovadas; novas vivências e aprendizados sem que o passado venha a importunar; aquisição de novas experiências sem qualquer ligação com o passado.

Os que desconhecem o processo alegam que o esquecimento seria impeditivo para a reconstrução do próprio caminho, quando na verdade este o apagar das lembranças significa verdadeira benção. Deus nos beneficia com o esquecimento, colocando como que um véu em nossa memória para que os erros e equívocos do passado não sejam amarras ou pesos que nos impeçam de construir ou reconstruir a própria felicidade.

Por outro lado, se quisermos saber o que fomos ou fizemos antes desta existência, basta observar com atenção nossas tendências, habilidades, quedas morais, laços que nos ligam a certas pessoas e poderemos avaliar que tipo de procedimento ou vivência adotamos nas existências anteriores.

Trazer lembranças do passado do homem, pois nem tudo nós podemos saber. Sem o véu que lhe encobre certas coisas, o homem ficaria ofuscado como aquele que passa sem transição da obscuridade para a luz. Pelo esquecimento do passado, ele é mais ele mesmo. Se pudesse lembrar-se daquilo que as atraiu mas desde que não se recorda, cada existência é para ele como se fosse a primeira, e é assim que ele está sempre a recomeçar

A cada nova existência o homem tem mais inteligência e pode melhor distinguir o bem e o mal. Onde estaria o seu mérito se ele se recordasse de todo o passado?

Quando o Espírito entra na sua vida de origem (a vida espírita) toda a sua vida passada se desenrola diante dele; vê as faltas cometidas e que são causa do seu sofrimento, bem como aquilo que poderia tê-lo impedido de cometê-las; compreende a justiça da posição que lhe é dada e procura então a existência necessária a reparar o que acaba de escoar-se. Procura provas semelhantes àquelas por que passou, ou as lutas que acredita apropriadas ao seu adiantamento e pede aos Espíritos que lhe são superiores para o ajudarem na nova tarefa a empreender, porque sabe que o Espírito que lhe será dado por guia nessa nova existência procurará fazê-lo reparar suas faltas, dando-lhe uma espécie de intuição das que ele cometeu.

Essa mesma intuição é o pensamento, o desejo criminoso que frequentemente vos assalta e ao qual resistis instintivamente, atribuindo a vossa resistência, na maioria das vezes, aos princípios que recebestes de vossos pais, enquanto é a voz da consciência que vos fala e essa voz e a recordação do passado, voz que lhe adverte para que não caia nas faltas anteriormente cometidas.

Nessa nova existência, se o Espírito sofrer as suas provas com coragem e souber resistir, eleva-se a si próprio e ascenderá na hierarquia dos Espíritos, quando voltar para o meio deles.

Bem vindos, a mais um livro, continuando a saga de um grupo de espíritos à caminho da evolução.


Bem Vindos ao livro Lembranças das Minhas Outras vidas 2- Honra e Desonra.

Lembranças das Minhas Outras Vidas-Livro 1 / 2   /3Onde histórias criam vida. Descubra agora