"Capítulo XXXVI " Casamento e o presságio de um filho

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Voltando ao passado...a vida em Paris na época do MoulinRouge. Quando Thierry desencarnou daquela forma, caindo do andarsuperior seu espírito vagou pelos campos umbralinos, sua culpanão o deixava em paz. Se via e revia a cena, onde matara Pierre,sentia a culpa dilacerar sua alma, como pôde fazer aquilo.Lembrava de Josephine, ela precisava tanto dele que haviacometido um crime e além de tudo sua vida havia ido embora.Vagou por lugares tenebrosos, até o dia que pediu perdão a Deus,passava uma caravana de espíritos abnegados no bem, ele seajoelhou e pediu perdão, eles o recolheram após longos anos desofrimento, se tornou um trabalhador na pátria espiritual.

 Seu mentor o acompanhava em todos os lugares que tinhapermissão para ir, inclusive visitava sempre sua amada. Tentoupor diversas vezes com imposição das mãos dar passes nela,embutir ideias elevadas, mas o sofrimento que havia abatido ocoração da jovem mulher era impossível transpor a muralha criada  por ela. E com muita dor no coração a viu sucumbir sozinha emcasa. Viu seu corpo começar a apodrecer. Viu que sofreu de umengano terrível, acreditava que Pierry amava ela, mas ele nutriapor ela um sentimento de amigos ou pai, se enganou com tudo. Pierre, recebeu ajuda de imediato que aceitou de coração e foipara uma colônia se refazer. De onde estava emanava energiaspara sua pupila e com sentimento de um pai, tentou várias vezesajudar Josephine, mas foi em vão, e Thierry se sentia culpado pelasua morte. Se maltratava até o dia que viu ele se recuperando. 

 —Olá Thierry, se sente melhor? 

 —Oi Pierre, me perdoa, fui um ignorante achava que você aamava, e fiz da vida dela um inferno. 

 —Eu entendo, mas quero te contar uma coisa, eu estavamorrendo não ia demorar muito na terra, você aliviou momentosde dor que passaria, eu tinha uma doença que iria judiar de mim. —Mas não justifica, pelo que aprendi, cada um tem hora e diada morte, ninguém tem o direito de intrometer os planos de Deus. 

 —Eu entendo você, mas veja nunca te culpei e quero que fiqueciente disso. 

 —Sei disso, mas quero de alguma forma compensar isso. 

 —Vamos entregar nas mãos de Deus tudo isso e vamos verJosephine, fiquei sabendo que ela não está bem, tenho ido visitá-la, e você? 

 —Sim, eu também temo por ela, e a irmã dela tem feito coisashorríveis na vida dela, me enganei com ela. Nos últimos temposela não saia do cabaré se fazia de amiga, mas agora sei que fuiingênuo. Sem contar que me sinto culpado por várias outrascoisas, traia meu amor por sexo. Espero que ela um dia me perdoe. 

 —Angeline, era amante do nosso patrão, conheci ela logo quecomeçara a ter um caso, o que ela fez com Josephine foi detamanha malvadeza, praticamente expulsou do trabalho e issolevou nossa amiga a essa situação, e não feliz ainda ateou fogo nonovo trabalho de Josephine. Você vai corrigir tudo na hora certa,não se amargure e nem se culpe, a corrigenda não faltará. Vou verJosephine amanhã, quer ir comigo? E a partir desse dia, setornaram companheiros unidos por Josephine. O tempo levaria aunião de todos, as leis do carma incidem sobre todos, ninguémdeixaria dívidas para outra ocasião. Lembrava de Hiroshi e o queria trucidar, se sentia enganada, eaté nojo sentia dele, no telefone quando ele ligava ficava fria, davapouca atenção e apenas nas cartas foi que pôde abrir o que estavaacontecendo, claro que ele se defendeu, dizendo" que ele erahomem e como não mantinha relações sexuais com ele na épocado acontecido tinha que extravasar... 

 Extravasar? E ela? Também tinha que extravasar? E o amor?Que amor? Sentia seu coração despedaçado, fragmentos dele,jogados ao chão. O Sangue fervia dentro das suas veias, queriamexplodir para fora, ela tinha sentimentos confusos nesse momento,ódio se misturavam com amor, borbulhavam dentro dela. Elenunca imaginou que se ela descobrisse que o que eu fazia quandoa deixava em casa depois dos passeios com ela, iria deixá-la tãobrava. 

Lembranças das Minhas Outras Vidas-Livro 1 / 2   /3Onde histórias criam vida. Descubra agora