Capítulo XIV - Necessidade do ensinamento, burilar o vaso. Um câncer

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Era novembro, lindas tardes de primavera, Vivian recebia visitas, algumas pessoas visitavam a chácara, eram almas boas que vinham trazer ração para os animais, cobertas e doações, passavam o dia com os animais, eram 16:00, quando seu celular toca:

- Vó, tudo bem ai?

- Oi Breno, tudo bem sim e vocês?

- Vó, vem me buscar?

- Ah agora não posso, pode ser mais tarde? por que você quer que eu vá te buscar, o que houve?

- Vó minha mãe me bateu e me pois para fora de casa...

- O que você aprontou Breno?

-Eu te conto quando você chegar, pode ser?

- Seu avó não esta em casa, preciso que ele volte, além do que estou com visitas, logo vão embora, me espere que vou, lá pelas sete pode ser?

- Vó, ela me colocou na rua, estou com mochila aqui na rua não posso entrar, por isso queria que viesse logo.

- Esta bem vou ver com o vô e te falo, te ligo daqui a pouco, fique ai no portão então, não saia dai, ok?

- Esta bem, eu espero. Vivian liga para Hiroshi:

- Alô, vem pra casa temos problemas. Não demorou muito e o marido chegou, nesse meio tempo as visitas haviam ido embora e Vivian se preparava para ir ate a cidade. O marido ficaria, cuidando de tudo. Ali se revezavam, por causa dos animais, o cuidado dispensado a elas eram de zelo, temiam que pudesse sair brigas. Não demorou muito e a avó chegou, encontrando o garoto na rua.

- Oi, Breno, entra no carro, vou falar com sua mãe. Ele havia colocado na mochila, suas poucas roupas. As brigas também era devido a isso também em vários meses, ele precisava de roupas novas, havia crescido e ela não comprava, o tênis velho nos pés, ele via ela comprando bebidas, e roupas para ela, e ele precisando. Yumi veio atender.

-Oi, Yumi, cadê sua mãe?

-Oi vó, ela esta lá dentro, vou chamar.

-Oi Natália o que houve por aqui?

- Mãe, não quero aquele malcriado aqui, ele quis me bater, mata aula, vai ser reprovado. Nisso saiu um rapaz sorridente de dentro do quarto, vestindo uma camisa.

- Mãe este é o Leonardo. Muito simpático, se cumprimentaram.

- Você não precisava por ele na rua, ele tem apenas 12 anos, esta agindo no nível dele, você e a mãe, tem que ter cabeça para lidar com isso.

- Eu falei pra ela, mas ela não escuta, disse o rapaz.

- Vocês gostam de dar palpite, mas ele levantou a mão para mim.

- Os dois erraram, ele por esquecer que você é mãe dele e você por se nivelar a ele.

- Vou levar ele daqui, aliás você conhece meu ponto de vista, ele não deveria ter saído de casa, vocês nunca se deram, mas foi teimosa e carregou ele, essa história dele repetir de serie, o que foi?

- Então, ele não frequentou as aulas este ano, vivia nas ruas.

- Mas como isso? Estamos no 4 bimestre, e só agora você descobriu isso?

- Não tenho culpa, não tive tempo de ir em reuniões.

- Você nunca foi em nenhuma, porque iria agora não é?

- La vem você me culpar, ele faz tudo errado e você me culpa.

- Crianças não podem ficar a mercê das suas vontades, tem que ser orientados e olho encima.

Lembranças das Minhas Outras Vidas-Livro 1 / 2   /3Onde histórias criam vida. Descubra agora